quarta-feira, 11 de abril de 2012

Apocalipse - Interlinear grego-português - Gilberto Pickering


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C. G. Jung - Psicologia e Religio[1]




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Willian Hendriksen - A Vida Futura Segundo a Bíblia


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terça-feira, 10 de abril de 2012

milenismo


pós-milenismo é a escola escatológica que defende que Cristo virá pela segunda vez, ao término do Milênio. Muitos pós-milenistas crêem que a era Milenar iniciou-se quando Cristo foi assunto ao céu, e outros crêem que ela surgirá quando o Evangelho houver sido pregado em toda terra, promovendo uma Era Áurea de Justiça e Paz para a humanidade.
O pós-milenismo espera que a grande maioria da população mundial se converterá à Cristo antes de Seu retorno glorioso. Compete à igreja cristã divulgar Seus ensinamentos, discipulando as nações, ensinando seus povos a aplicar os princípios do Reino de Deus em cada área da vida humana.
O pós-milenismo defende uma interpretação preterista das profecias apocalípticas, e crê que o sermão profético de Jesus, narrado em Mateus 24, cumpriu-se ainda naquela geração, com a queda de Jerusalém pelas mãos dos romanos.
Muitos pregadores e teólogos de renome foram pós-milenistas, entre eles, Agostinho, Calvino, a maioria dos Puritanos, Jonathan Edwards, John Owen, Charles Hodge, Robert L. Dabney, W. G. T. Sheed, Benjamim B. Warfield, Oswald T. Allis, J. Marcellus Kik e muitos outros.[carece de fontes?]
O pós-milenismo foi descartado por muitos crentes após as duas grandes guerras.[carece de fontes?] Mas está sendo retomado por muitos teólogos e pensadores cristãos.
No Brasil, enquanto a maioria das igrejas adota o pré-milenismo e o amilenismo, surgem novas igrejas, como a REINA - Igreja do Futuro, que resgatam a crença na expansão do Reino de Deus e no futuro promissor da raça humana.
O amilenismo, ou amilenianismo, na escatologia cristã, crê que o milênio de Apocalipse 20 deve ser interpretado simbolicamente. Ao contrário do que a palavra deixa a entender, sendo ausência de milênio, o amilenismo crê num milênio, porém não da forma literal como os pré-tribulacionistas ou os pós-tribulacionistas. O amilenismo clássico crê num milênio que iniciou-se com a primeira Vinda de Cristo, representando o período do Evangelho, que segue entre a Ressurreição de Cristo e a Segunda Vinda de Cristo. Entende, assim, a primeira ressurreição de modo espiritual: se a segunda morte é a separação de Deus no lago de fogo, a primeira ressurreição é a união com Cristo até a resurreição dos justos, para o juízo final. Logo, espiritualmente, os mortos em Cristo já estariam participando do milênio no Paraíso, encontrado no Terceiro Céu, onde Deus habita. Durante esse período, Satanás estaria preso der modo não total, ficando inerte, mas teria seu poder limitado com a morte e ressurreição de Cristo, de modo que não pode impedir o crescimento do Evangelho.
De modo geral, o Milênio, na visão amilenista, seria o período da Dispensação da Graça, onde os justos falecidos habitariam com Deus e Satanás teria seu poder limitado, culminando com a Volta de Cristo e com o Juízo Final e único, iniciando a Eternidade.



por Mike Warren
Muitos cristãos verdadeiros sustentaram e sustentam as outras três visões (amilenismo, pré-milenismo e dispensacionalismo); contudo, irei defender a posição pós-milenista primariamente por causa de duas coisas sobre as quais penso a Bíblia ser muito clara:
a) A vitória da Igreja. (e.g. Mt 16.18; 28.18-20; Ef 1.20-21; Ef 2.6; Lucas 10.17-18; 1 João 3.8; 4.4; 5.4-5; Fp 4.13; 2Co 2.14; Ef 3.20; Rm 5.17,20; 8.31-32,37).
b) A interpretação preterista da Grande Tribulação. Jesus disse que a Tribulação ocorreria por volta de 70 d.C. (Mt 24.34).
A visão preterista não é essencial à defesa do pós-milenismo. Alguns pós-milenistas têm ensinado a visão historicista da Igreja. [21] Mas colocar no passado a maioria das passagens pessimistas, que falam de uma rebelião generalizada contra Deus, certamente ajuda o pós-milenista a estabelecer que o evangelho terá sucesso mundial.
O que distingue o pós-milenismo de todas as outras visões é o seu otimismo com respeito ao sucesso do evangelho na Era da Igreja. [22] Haverá paz, prosperidade e reavivamento espiritual numa escala universal? A Igreja cumprirá a Grande Comissão? As nações servirão ao Senhor Jesus? (Não todo indivíduo, mas cada nação como um todo). O evangelho prevalecerá? Sim!, diz o pós-milenista. O Espírito Santo tem esse poder. O evangelho tem esse poder.  Deus está disposto. Ele prometeu, e as suas promessas não podem falhar.
A visão pós-milenista das últimas coisas começa com Gênesis. Ao primeiro Adão ordenou-se que ele governasse sobre a Terra sob Deus, mas ele perdeu esse domínio por causa do seu pecado. O Último Adão, Jesus, veio para restaurar o domínio àqueles que se submetem a Deus. Dessa forma, de acordo com o pós-milenismo, Cristo estabeleceu o seu reino em sua primeira vinda. Ele triunfou sobre Satanás, subiu ao céu à destra de Poder, acima de todo governo e autoridade nos céus e na terra, e enviou o seu Espírito a fim de equipar a sua Igreja para discipular as nações. Os incrédulos entre os judeus e o governo de Roma foram grandes empecilhos à igreja primitiva, mas Jesus destruiu Jerusalém e o Templo em 70 d.C., terminando para sempre o sistema cerimonial do Antigo Testamento. O Império Romano foi eventualmente derrotado também. Cristo continua a governar sobre as nações, avançando gradualmente o seu reino até os fins da terra. Seus inimigos são destruídos ou convertidos pelo evangelho.
O objetivo não é meramente testemunhar ou pregar a todas as nações, mas discipular todas as nações. Nem é o objetivo meramente discipular indivíduos dentro das nações. As “nações” (grego: ethnos - Mt 28.19) refere-se à cultura inteira. Ela começa com o coração dos indivíduos, mas abrange tudo da vida: sistemas econômicos, estruturas familiares e estruturas políticas. Cultura é religião externalizada. Deus governa sobre tudo da vida. O reino de Deus não diz respeito apenas ao espiritual ou material; é um reino do espiritual sobre o material. A ressurreição e ascensão física de Cristo ao reino celestial foi os primeiros frutos da restauração de toda a criação (Rm 8.19-22). O jardim cultivado no começo da história (Gn 2.15) torna-se uma cidade deslumbrante no final (Ap 21). O evangelho traz progresso histórico na cultura. Os servos de Deus devem construir uma civilização cristã em conjunção com a preparação de suas almas para o céu.
Quando a vasta maioria das nações tiver sido convertida a Cristo, haverá um grande reavivamento entre os judeus, que trará bênçãos como o mundo jamais viu (Rm 11.12,15). Após um longo e imprevisto período de tempo de obediência a Cristo e de bênçãos, Satanás terá a permissão de enganar as nações uma última vez, por um breve período de tempo (Ap 20.3, 7-10). O povo de Satanás lançará um ataque suicida contra o povo de Deus. Mas antes de poderem fazer qualquer dano, eles serão destruídos por Cristo. Cristo então retorna corporalmente. Os injustos são ressuscitados e enviados para o lago de fogo e enxofre, por toda a eternidade. Os justos são ressuscitados e recebidos nos novos céus e nova terra consumados.

NOTAS:
[21] – R.J. Rushdoony, Thy Kingdom Come: Studies in Daniel and Revelation (Tyler, TX: Thoburn Press, [1970] 1978).
[22] – Greg Bahnsen, “The Prima Facie Acceptability of Postmillennialism”,  Journal of Christian Reconstruction, Vol. III, No. 2, (Winter, 1976-77) 68.



Pós-milenialismo, ou pós-milenismo, é uma interpretação do capítulo 20 do livro de Apocalipse que vê a segunda vinda de Cristo como ocorrendo depois (latin pós) o milênio, o qual será a era de prosperidade e domínio Cristãos. O termo inclui várias opiniões semelhantes do fim dos tempos, e existe em contraste ao pré-milenismo (a opinião de que a segunda vinda de Cristo vai ocorrer antes do reino milenar, e que o reino milenar será um reino literal de 1000 anos) e em menor contraste ao amilenismo (não vai existir um milênio literal).

O pós-milenialismo se refere a uma crença de que Cristo vai retornar depois de um período de tempo, mas não necessariamente 1000 anos. Aqueles que defendem essa opinião não interpretam literalmente as profecias ainda não cumpridas. Eles acreditam que Apocalipse 20:4-6 não deve ser interpretado literalmente. Eles acreditam que 1000 anos simplesmente significa um longo período de tempo. Além disso, o prefixo “pós” em pós-milenialismo denota que Cristo vai retornar depois que os Cristãos (não Cristo) estabelecerem o reino na terra.

Aqueles que defendem o pós-milenialismo acreditam que o mundo vai ficar melhor e melhor – apesar de toda a evidência de que o contrário está acontecendo - com o mundo inteiro eventualmente se tornando Cristão. Depois que isso acontece, Cristo vai retornar. No entanto, essa não é a visão do mundo no fim dos tempos que a Bíblia apresenta. No livro de Apocalipse, é fácil ver que o mundo vai ser um lugar horrível durante aquele tempo futuro. Além disso, em 2 Timóteo 3:1-7 Paulo descreve os últimos dias como “tempos terríveis”.

Aqueles que defendem o pós-milenialismo usam um método não literal de interpretar profecias ainda não cumpridas, dando um significado diferente às palavras. O problema com isso é que quando você começa a dar significados diferentes a palavras além do seu sentido normal, uma pessoa pode decidir que uma palavra, frase ou sentença significa qualquer coisa que queira que signifique. Toda a objetividade em relação ao sentido das palavras é perdido. Quando palavras perdem o seu significado, comunicação cessa. No entanto, não foi assim que Deus quis que linguagem e comunicação fossem. Deus se comunica conosco através de Sua palavra escrita, dando significado objetivo às palavras para que as idéias e pensamentos pudessem ser comunicados.

Uma interpretação normal e literal das Escrituras rejeita pós-milenialismo e defende uma interpretação normal de todas as Escrituras, incluindo profecias ainda não cumpridas. Em relação à interpretação de profecias, temos centenas de exemplos das Escrituras de profecias que já foram cumpridas. Por exemplo, as profecias sobre Cristo no Velho Testamento. Aquelas profecias foram cumpridas literalmente. Considere o nascimento virgem de Cristo (Isaías 7:14; Mateus 1:23). Novamente, considere Sua morte pelos nossos pecados (Isaías 53:4-9; 1 Pedro 2:24). Elas também foram cumpridas literalmente. Isso é motivo suficiente para acreditarmos que Deus vai continuar no futuro a literalmente cumprir Sua palavra e Suas profecias de futuros eventos.




O Erro Pós-Milenista ou
A Idade Dourada da Justiça e da Paz
por Rev. D. H. Kuiper

A importância do retorno de Jesus Cristo para a Igreja dificilmente poderá ser superenfatizada. Ele é um aspecto da promessa que espera cumprimento. É a final e coroadora obra no processo completo da redenção. É, portanto, o objeto de desejo de esperança que existe em todo santo. O retorno de Cristo: a ressurreição do corpo ... e o julgamento final..a renovação de todas as coisas ... a glória eterna!
Falando de uma forma geral, há três visões que buscam apresentar a verdade das Escrituras sobre a segunda vinda de Jesus e o reino que Ele aperfeiçoará. Estas visões diferem de acordo com a interpretação dada à palavra milênio (do latin milleniummille, mil; e annum, ano). Esta palavra ocorre apenas seis vezes nas Escrituras e todas no capítulo 20 de Apocalipse, uma porção admitidamente difícil e simbólica da Palavra. À palavra milênio são adicionados vários prefixos (pós-, pré- e a-), e dessa forma, designando uma visão particular com respeito aos mil anos. O pré-milenismo toma o milênio literalmente e mantém que Cristo voltará e então reinará sobre esta terra por exatamente mil anos. O pós-milenismo toma a palavra figurativamente, denotando um longo período de tempo pertencente à parte final desta era Cristã, e imediatamente antes do aparecimento de Cristo. O amilenismo também interpreta o milênio simbolicamente; só que ele mantém que o mesmo se refere a toda a era Cristã. Nos propomos chamar vossa atenção a estas posições nesta série de três artigos, sujeitado-os à luz da Escritura, na esperança de que sejam construtivos à nossa fé e esperança. Começaremos com uma consideração do pós-milenismo.
Faremos bem em deixar que um pós-milenista defina sua própria posição: “Pós-Milenismo é aquela visão das últimas coisas que sustenta que o Reino de Deus está sendo agora estendido no mundo através da pregação do Evangelho e da obra salvadora do Espírito Santo; que o mundo será finalmente Cristianizado, e que o retorno de Cristo ocorrerá no término de um longo período de justiça e paz freqüentemente chamado o Milênio” (Loraine Boettner – ver livro online aqui). Esta definição é representativa daqueles que sustentam esta visão. Desejamos desenvolver alguns de seus elementos para que suas implicações estejam claramente diante de nós.
Sem qualquer hesitação, o pós-milenismo declara que a maioria da humanidade será salva em Jesus Cristo. Se isto não foi verdade nos tempos do Antigo Testamento, se isto não foi verdade nos tempos dos apóstolos, certamente não será verdade durante a era final do milênio. O pós-milenismo baseia esta alegação em passagens da Escrituras que falam da universalidade da salvação (Salmos 97:5; Malaquias 1:11; Atos 13:17), o mundo como o objeto da redenção em Cristo (João 1:29 e 3:16; 1 João 2:2), especialmente sobre Mateus 28:18-20, onde Cristo diz: “É-me dado todo o poder no céu e na terra. Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinado-os a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias até a consumação dos séculos.” Neste texto o pós-milenismo vê que Cristo tem tanto a capacidade como o direito de Cristianizar o mundo inteiro. Por causa desta promessa de Cristo, o número dos redimidos será aumentado até que sobrepuje o número dos perdidos.
Novamente, sem hesitação, o pós-milenismo declara que o mundo está se tornando melhor; existem períodos curtos durante os quais pode parecer que as forças do mal estão ganhando, porém, se olharmos para trás, através do estender-se da história, veremos inequivocamente progresso e melhoramento espiritual. Sempre o pecado será encontrado no mundo, até mesmo no fim do tempo. Mas sua influência será diminuída, e os ímpios serão a minoria. Os princípios e as condutas Cristãs se tornarão os padrões aceitáveis, tanto para a vida púbica como para a privada. A educação, os negócios, o governo, a indústria e toda a sociedade estarão sob o domínio da vida e do pensamento Cristão. Isso não pode ser já observado? A escravidão e a poligamia são praticamente inexistentes. A função das mulheres e das crianças melhorou grandemente neste século. As nações têm começado a cooperar de maneira que a arbitração substitui a guerra e o derramamento de sangue. A Bíblia, em outro tempo de preservação privada do clero, tem sido traduzida, e impressa em centenas de línguas nativas. Aproximadamente dez milhões de cópias são vendidas anualmente, de forma que noventa e oito por cento das pessoas do mudo a têm em suas casas. A obra missionária floresce: o Cristianismo está a ponto de se tornar A religião mundial. E se o progresso não tem sido tão rápido ou extensivo como poderíamos desejar, a culpa deve ser posta na Igreja por não lutar seriamente para evangelizar o mundo em resposta ao mandamento de Cristo.
Em lealdade, deve ser também mencionado que o pós-milenismo crê que estas mudanças acontecerão, não naturalmente, nem devido a algum processo evolucionário operando na raça humana, mas pela pregação do Evangelho de Jesus Cristo e a poderosa obra do Espírito nos corações dos homens. Esse evangelho deve ser pregado. Então, o futuro mostrará que o melhor está por vir; guerra e derramamento de sangue cessarão (Isaías 2:4), a corrupção desaparecerá e um longo período de justiça e paz (o milênio) virá a este mundo! Sua vontade será feita na terra assim como no céu. Cristo retornará ao mundo nessa condição dourada. Ele trará um fim a esta presente era, e os reinos deste mundo serão o reino de Cristo (Apocalipse 11:15).
Estamos convencidos de que o que foi dito anteriormente não é a verdade da Escritura. Embora o pós-milenismo creia que a Bíblia é a Palavra de Deus, não obstante, ele erra grandemente na interpretação de muitas passagens das Escrituras e, portanto, também cai em erro com respeito ao milênio. No restante deste artigo, mostraremos este erro.
Estranhamente pode ser mostrado a partir dos jornais diários o oposto exato do pós-milenismo; alguém não lê de nações resolvendo disputas por meio da arbitragem. Os Estados Unidos já provou ser uma farsa esta esperança. As guerras continuam, e ainda aumentam! Alguém lê de crimes aumentando geometricamente, de modo que incontáveis áreas desta terra [UE] (supostamente a mais avançada e Cristã, levará outros a Cristo) são inseguras para a vida normal. Os anúncios de filmes e as análises de livros, os atos públicos de violência e desordem estudantis; tudo isto, mostra que a Cristianização destas áreas não começou. Nem jamais passará perto dos níveis otimistas descritos acima. As guerras mundiais passadas mais as numerosas guerras restritas deveriam demolir tal otimismo. Estes eventos continuam a ser assim diariamente. O tempo presente não se compara tão favoravelmente com a Idade Média. O pecado aumentou, embora tenha, talvez, tomado uma forma mais sutil e “refinada.” A civilização não pode ser erroneamente tomada como fruto do evangelho.
O decisivo para o Cristão é o que a Palavra de Deus diz das realidades concernentes à salvação, ao pecado, ao milênio e às últimas coisas. O pós-milenismo ou ignora certas passagens da Escritura ou lhes dá um significado muito forçado e não natural. Certamente Deus revelou Sua vontade de salvar em Jesus Cristo um número relativamente pequeno de homens, enquanto o resto d humanidade perece. O exército de redimidos constituirá uma vasta multidão, não há dúvida; porém, comparado com os perdidos, deve ser chamada uma minoria. Mateus 22:14 declara que muitos são chamados, mas poucos escolhidos. Muitos, nem sequer todos os homens, ouvem a pregação da Palavra, mas poucos são escolhidos para serem salvos pela Palavra para glória. Para a maioria a pregação é meramente um testemunho que lhes deixa sem escusa. A Igreja de Cristo é chamada de um pequeno rebanho (Lucas 12:32) e de uma cabana na vinha (Isaías 1:8). Estes termos nos proíbem dizer que a maioria dos homens será salva, em qualquer era.
Em segundo lugar, há o tremendo testemunho do capítulo 24 de Mateus. Ninguém pode crer nestas palavras e ainda manter uma idade dourada de justiça e paz, a qual será obtida justamente antes do retorno de Cristo. Jesus nos diz aqui que o sinal de Sua vinda e do fim do mundo (eventos simultâneos) envolverá um aumento na guerra, nos distúrbios étnicos, nas fomes, pestilências e terremotos. Em vez de uma influência universal da verdade e da paz, haverá falsos profetas e a iniqüidade abundará. A tribulação será a porção da Igreja naqueles dias. A verdadeira religião estará quase extinta. Quando Jesus retornar, achará fé na terra? (Lucas 18:8). A resposta não é um “sim” ressoante como muitos responderiam; nem é “não”; mas a resposta é um quieto e hesitante “sim, Deus preservará Sua igreja em fé” Mas isto requererá Sua graciosa abreviação daqueles dias.
Rogamos que estudem Mateus 24 e Apocalipse 20, além de outras porções relevantes das Escrituras. Coloque de lado todas opiniões privadas, e se deixem ser guiados pelo Espírito e pela Palavra. Faça isto somente depois de ter orado. Cremos que vocês verão que vivemos perto do final do milênio, esse período de tempo que se estreita desde a primeira vinda de Cristo até o Seu retorno. Nesta era deve ser observado um desenvolvimento duplo: o mundo aumenta em pecado e impiedade até que o Anticristo seja revelado e estiver maduro para a destruição; a Igreja será reunida e salva; todos, até o último dos escolhidos! Então Cristo virá. E com Ele o fim!









PRÉ-MILENISMO

O pré-milenismo, ou pré-milenarismo, é a visão de que a segunda vinda de Cristo irá ocorrer antes de Seu Reino Milenar, e que o Reino Milenar é um reinado de um período literal de 1000 anos. Para que possamos compreender e interpretar as passagens nas Escrituras que lidam com os eventos do fim dos tempos, há duas coisas que precisamos claramente entender: (1) um método próprio de interpretar as Escrituras, e (2) a distinção entre Israel (os judeus) e a Igreja (o corpo de todos os crentes em Jesus Cristo).

Primeiramente, um método próprio de interpretação das Escrituras requer que estas sejam interpretadas de uma forma que seja consistente com seu contexto. Isto significa que a passagem deve ser interpretada de forma consistente com o público para a qual foi escrita, aqueles de quem se escreve, por quem foi escrita, etc. É de crítica importância conhecer o autor, o público alvo e o contexto histórico da passagem interpretada. O pano de fundo histórico e cultural freqüentemente revela o significado real da passagem. É importante também não esquecer que as Escrituras interpretam as próprias Escrituras. Ou seja, freqüentemente uma passagem cobrirá um tópico ou assunto que também o é em outra parte da Bíblia. É importante interpretar todas estas passagens de forma consistente umas com as outras.

Finalmente, e mais importante, as passagens devem ser sempre vistas em seu significado normal, regular, simples e literal, a não ser que o contexto da passagem indique que esta se dá de forma figurativa por natureza. Uma interpretação literal não elimina a possibilidade do uso de figuras de linguagem. Ao contrário, encoraja o intérprete a não ler linguagem figurativa no significado de uma passagem a não ser que seja apropriado para aquele contexto. É crucial que nunca se busque um significado “mais profundo, mais espiritual” do que o que é apresentado. Isto é perigoso, porque quando acontece, a base da interpretação exata é colocada na mente do leitor, ao invés de vir direto das próprias Escrituras. Neste caso, não haverá qualquer padrão objetivo de interpretação, mas ao invés disso, as Escrituras se tornam sujeitas à impressão própria de cada pessoa a respeito do que significa. II Pedro 1:20-21 nos lembra: “Sabendo primeiramente isto: que nenhuma profecia da Escritura é de particular interpretação. Porque a profecia nunca foi produzida por vontade de homem algum, mas os homens santos de Deus falaram inspirados pelo Espírito Santo.”

Ao aplicar estes princípios de interpretação bíblica, devemos ver que Israel (os descendentes físicos de Abraão) e a Igreja (todos os crentes) são dois grupos distintos. É crucial reconhecer e compreender que Israel e a Igreja são distintos, pois se isto for mal compreendido, a Escritura será mal interpretada. Especificamente, as passagens que lidam com promessas feitas a Israel (tanto as cumpridas quanto as não-cumpridas) tendem a ser mal compreendidas e mal interpretadas ao se tentar fazer com que se apliquem à Igreja, e vice versa. Lembre-se que o contexto da passagem irá determinar a quem se dirige e irá mostrar qual a interpretação mais correta!

Tendo em mente tais conceitos, daremos uma olhada em várias passagens da Escritura que lidam com a visão pré-milenar. Comecemos com Gêneses capítulo 12 versos 1-3. Esta passagem diz: “Ora, o Senhor disse a Abrão: Sai-te da tua terra, da tua parentela e da casa de teu pai, para a terra que eu te mostrarei. E far-te-ei uma grande nação, e abençoar-te-ei e engrandecerei o teu nome; e tu serás uma bênção. E abençoarei os que te abençoarem, e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; e em ti serão benditas todas as famílias da terra.”

Aqui, Deus promete três coisas a Abraão: que Abraão teria muitos descendentes, que sua nação teria posse e ocuparia a terra e que uma bênção universal viria a toda a humanidade, fora da linha de descendência de Abraão (os judeus). Em Gênesis 15:9-17, Deus confirma Seu pacto com Abraão. Da forma que isto é feito, Deus toma sobre Si toda a responsabilidade pelo pacto. Ou seja, não há nada que Abraão pudesse ou não fazer que invalidasse o pacto feito por Deus. Também nesta passagem, as fronteiras são estabelecidas para a terra que os judeus um dia ocupariam. Para uma lista detalhada das fronteiras, veja Deuteronômio 34. Outras passagens que lidam com a promessa da terra: Deuteronômio 30:3-5 e Ezequiel 20:42-44.

II Samuel capítulo 7 lida com o reinado de Cristo durante o milênio. II Samuel 7 versículos 11-17 registra uma promessa feita por Deus ao Rei Davi. Aqui, Deus promete a Davi que ele terá descendentes, e destes descendentes Deus estabelecerá um reino eterno. Isto se refere ao reinado de Cristo durante o Milênio, e para sempre. É importante ter em mente que esta promessa deve ser cumprida literalmente, e ainda não o foi. Alguns creriam que o reinado de Salomão foi o cumprimento literal desta profecia, mas há um problema com isto: O território sobre o qual Salomão reinou não pertence a Israel hoje, e Salomão tampouco reina sobre Israel hoje! Lembre-se de que Deus prometeu a Abraão que sua descendência teria posse da terra para sempre, o que ainda não aconteceu. Além disso, II Samuel 7 diz que Deus estabeleceria um Rei que reinaria pela eternidade. Por isto, Salomão não poderia ser um cumprimento da promessa feita a Davi. Sendo assim, esta é uma promessa que ainda não foi cumprida!

Agora, com tudo isto em mente, examine o que está registrado em Apocalipse 20:1-7: “E vi descer do céu um anjo, que tinha a chave do abismo, e uma grande cadeia na sua mão. Ele prendeu o dragão, a antiga serpente, que é o Diabo e Satanás, e amarrou-o por mil anos. E lançou-o no abismo, e ali o encerrou, e pôs selo sobre ele, para que não mais engane as nações, até que os mil anos se acabem. E depois importa que seja solto por um pouco de tempo. E vi tronos; e assentaram-se sobre eles, e foi-lhes dado o poder de julgar; e vi as almas daqueles que foram degolados pelo testemunho de Jesus, e pela palavra de Deus, e que não adoraram a besta, nem a sua imagem, e não receberam o sinal em suas testas nem em suas mãos; e viveram, e reinaram com Cristo durante mil anos. Mas os outros mortos não reviveram, até que os mil anos se acabaram. Esta é a primeira ressurreição. Bem-aventurado e santo aquele que tem parte na primeira ressurreição; sobre estes não tem poder a segunda morte; mas serão sacerdotes de Deus e de Cristo, e reinarão com ele mil anos. E, acabando-se os mil anos, Satanás será solto da sua prisão.”

Os mil anos que são repetidamente mencionados em Apocalipse 20:1-7 correspondem ao reinado literal de 1000 anos de Cristo sobre a terra. Lembre-se de que a promessa feita a Davi a respeito do que reinaria tinha que ser cumprida literalmente, e ainda não o foi. O Pré-milenialismo vê esta passagem como descrevendo o futuro cumprimento daquela promessa com Cristo no trono. Deus faz pactos incondicionais tanto com Abraão e Davi. Nenhum destes pactos foi ainda completamente ou permanentemente cumprido. Um reinado físico e literal de Cristo é a única maneira para que os pactos sejam compridos, da forma que Deus prometeu que seriam.

A aplicação de um método literal de interpretação da Escritura resulta nas peças do quebra-cabeça se juntando. Todas as profecias do Velho Testamento que tratavam da primeira vinda de Jesus foram literalmente cumpridas. Por isto, devemos esperar que as profecias a respeito de Sua segunda vinda sejam também cumpridas literalmente. O Pré-milenialismo é o único sistema que concorda com uma interpretação literal dos pactos de Deus e profecia do fim dos tempos.



O ERRE DO PRÉ-MILENISMO
Como uma pessoa vê os eventos que cercam o retorno de Jesus Cristo em glória é determinado largamente pela interpretação dada ao termo milênio (mil anos – veja Apocalipse 20:1-7). Como foi apontado no artigo prévio, há três interpretações: pós-, pré- e a-milenismo. Temos visto que pós-milenismo é aquela visão otimista que sustenta que Cristo retornará depois do milênio (um longo período de tempo, não necessariamente de mil anos exatos), e encontrará o mundo completamente Cristianizado com somente uns poucos vestígios de pecado remanescente. Será uma era dourada de justiça e paz, a maioria da humanidade será salva, e as guerras desaparecerão da face da terra. Foi mostrado que tal conceito não pode ser harmonizado com muitas porções das Sagradas Escrituras e, portanto, deve ser rejeitado.
Considerando o pré-milenismo, a primeira dica que alguém recebe de que esta visão não pode ser o ensino da Palavra de Deus é a assombrosa falta de acordo entre os próprios pré-milenistas. Se as Escrituras apresentam as últimas coisas como esta visão insiste, não deveria haver unanimidade em tudo, exceto, talvez, em alguns pontos menores? Mas este não é o caso. A definição que ofereceremos não é, portanto, representativa de todos pré-milenistas, mas é suficientemente geral para incluir a maioria: o pré-milenismo histórico é a visão das últimas coisas que sustenta que a segunda vinda de Cristo será seguida por um período de paz (exatamente mil anos) durante o qual tempo Cristo reinará sobre esta terra num reino terreno; então, virá o fim. Uma forma mais radical desta visão é o dispensacionalismo. Os dispensacionalistas dividem a história da humanidade em sete períodos ou dispensações distintas, e ensinam que Deus trata com a raça humana durante cada período de acordo com um princípio distinto: inocência, consciência, governo humano, promessa, lei, graça e reino. Além do mais, esta visão insiste que a Igreja será removida da terra antes da grande tribulação (veja Mateus 24:29). Esta última visão, desenvolvida por John N. Darby na Inglaterra por volta de 1830, e disseminada neste país pela Bíblia de Referência Scofield, é realmente o fenômeno único chamado Pré-Milenismo Americano. Ele não é ensinado na Bíblia, mas na Bíblia de Referência Scofield. Não confundam as duas. A Bíblia é a infalível Palavra de Deus; a Bíblia de Referência Scofield é um comentário enganoso que contém “notas explicativas” na mesma página do texto da Escritura. O Pré-Milenismo nunca foi incorporado em nenhum dos credos, mas é uma interpretação privada de indivíduos de muitas denominações. Nunca foi mantido por teólogos destacados, nem ensinado em seminários onde a erudição e a exegese são proeminentes, mas por vários grupos Pentecostais e de Santidade, e Institutos Bíblicos. Hoje, isto parece ter mudado um pouco. O Pré-Milenismo parece estar invadindo aos poucos a comunidade Reformada. E é para contra-atacar esta tendência, e para oferecer ao povo de Deus algumas diretrizes escriturísticas para julgamento, que examinaremos brevemente esta visão errônea.
Tenhamos claramente em mente o seguinte. Seus principais distintivos são: 1. Os judeus são originalmente o povo de Deus, pelo qual Deus se interessou; eles são Seu povo do Reino. A eles Deus falou o Antigo Testamento inteiro e a eles Ele prometeu o Messias. 2. Quando Cristo veio, Ele não foi reconhecido nem crido pela maioria dos judeus. Esta contingência não tinha sido prevista pelos profetas, nem era o plano original de Deus. Contudo, visto que Israel, as dozes tribos, rejeitou o Cristo, como um expediente Ele lançou mão dos gentios, cujo povo constitui a Igreja em distinção do Reino. Dessa forma, a Igreja é um parêntese na história. Ela começou na cruz e terminará no começo do milênio. Além do mais, isto implica que a Escritura foi escrita para dois receptores distintos. Parte é para os judeus – o Antigo Testamento inteiro, a maior parte dos Evangelhos e especialmente o Sermão do Monte, e partes do Apocalipse. As epístolas mais outras partes do livro de Apocalipse são para a Igreja. 3. Em qualquer momento, sem sinais ou anúncio, haverá um Rapto. Veja 1 Tessalonicenses 4:13-17, Mateus 24:40-41 e Mateus 25:13. Por Rapto se quer dizer a vinda súbita e secreta de Cristo para tomar para Si, nos ares, os corpos dos santos vivos e ressuscitados. Os ímpios permanecerão no túmulo. Esta é a segunda vinda de Cristo para os Seus santos e é conhecida como a primeira ressurreição. 4. Depois se segue um período de sete anos chamado a Tribulação (a septuagésima semana de Daniel 9:24-27). Durante este tempo todos os eventos de Apocalipse 4:9 e Mateus 24 acontecerão. A Igreja, contudo, não estará sob a tribulação, mas estará com seu Senhor nos ares. 5. Então Cristo virá com os Seus santos para esta terra novamente na Revelação [Manifestação]. Neste tempo há uma segunda ressurreição daqueles santos que morreram durante a tribulação. A segunda vinda de Cristo introduz o Milênio. 6. Com o advento do Milênio, os tempos proféticos retornam, pois Deus se volta para o Seu povo favorecido, os judeus. Cristo vem para esta terra e reina num reino terreno de paz e prosperidade, um reino que tem o seu centro em Jerusalém. Os judeus são restaurados a Palestina, e à vista do Messias se voltam para Ele numa grande conversão nacional. No princípio deste período Satanás é amarrado, e Cristo destrói o Anticristo na batalha do Armagedon. A maldição é removida da natureza: os desertos florescem e os animais selvagens são amansados. Grandes números de gentios são também convertidos e incorporados a este Reino. 7. No final do Milênio, Satanás é solto por um pouco de tempo. 8. Então acontece a terceira ressurreição, a dos ímpios no final do mundo. Eles são julgados com o Diabo e seus anjos, achados em falta e designados a sentir para sempre o aguilhão do inferno. 9. Finalmente, o estado eterno com toda a plenitude do céu e a ausência do inferno é introduzido. Alguns dizem que todos os redimidos são reunidos num Novo Céu e Nova Terra. Outros mantêm que o Reino e a Igreja estarão separados para sempre; um na Palestina terrena, e a outra no céu.
O exposto acima é uma apresentação altamente condensada e grandemente simplificada do assunto. Alguns autores listam até 22 eventos separados. Muitos pregadores pré-milenistas devem utilizar quadros complicados espalhados na fachada do edifício da igreja para estarem seguros de que eles estão sendo seguidos. Um catálogo curto dos pontos importantes do pré-milenismo é o seguinte: sete dispensações, oito pactos, duas segundas vindas, três ou quatro ressurreições, e pelo menos quatro julgamentos. É difícil conceber isto como sendo o ensino da Bíblia, que foi escrita numa linguagem simples para pessoas simples; sim, para crianças. Agora, nos dirigiremos à refrescante, não complicada e clara Palavra de Deus, para obter luz nestes assuntos.
Como fundamento para todo pensamento Pré-Milenista, está a separação feita entre a velha dispensação de Israel e a nova dispensação da Igreja. A questão é: Israel é o povo do Reino de Deus e os gentios Sua igreja? Ou Israel é um conceito espiritual, de forma que Israel é a Igreja e a Igreja é Israel? Se a unidade básica do pacto da graça pode ser estabelecida; se Abraão, por exemplo, e os gentios do Novo Testamento são um aos olhos de Deus; se Deus trata com Seu povo em todas as épocas de acordo com um mesmo princípio – fé, então o Pré-Milenismo cai, e pode somente ser chamado de um engenhoso mal-uso das Escrituras. Com aquele homem de Fé, Abraão, a quem os judeus orgulhosamente traçam sua ancestralidade, Deus estabeleceu Seu pacto eterno de graça. Gênesis 17:7. Esse pacto foi estabelecido mais adiante com a descendência de Abraão. Gênesis 22:17. O Senhor deixa claro que em Sua semente (Cristo) todas as nações da terra serão benditas. Gênesis 22:18. No livro de Gálatas, Paulo (o apóstolo dos gentios), toma o exemplo de Abraão quando repreende os insensatos gálatas por sua tentativa de justiça pelas obras. Ao deixar claro que Deus toma a fé em Cristo por justiça, o apóstolo fala estas maravilhosas palavras: “Sabei, pois, que os que são da fé são filhos de Abraão” (Gálatas 3:7). Mais tarde escreve: “Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se maldição por nós; porque está escrito: Maldito todo aquele que for pendurado no madeiro; para que a benção de Abraão chegasse aos gentios por Jesus Cristo”. Ele concluiu este capítulo com as palavras: “Não há judeu nem grego; não há servo nem livre; não há macho nem fêmea; porque todos vós sois um em Cristo Jesus. E, se sois de Cristo, então sois descendência de Abraão, e herdeiros conforme a promessa” (Gálatas 3:28-29). Pode alguém deixar de nota a unidade da obra de redenção de Deus? A semente de Abraão, o verdadeiro Israel espiritual, é composta de todos aqueles a quem foi dado fé em Seu Filho amado. Em íntima conexão com o acima exposto está o fato que Paulo também enfatizou a unidade da Igreja de todas as eras em passagens tais como Romanos 9:6-9, Efésios 2:19-22, Efésios 4:4-6 e Colossenses 1:16-20. O próprio Jesus como o Bom Pastor estava intensamente consciente da unidade daqueles que Deus lhe havia dado para redimir; Ele disse aos judeus no pórtico de Salomão: “Ainda tenho outras ovelhas que não são deste aprisco; também me convém agregar estas, e elas ouvirão a minha voz, e haverá um rebanho e um Pastor” (João 10:16).

Em segundo lugar, o texto mais referido pelos Pré-Milenistas, 1 Tessalonicenses 4:13-17, simplesmente não prova um “rapto” súbito e silencioso e uma ressurreição separada dos justos e ímpios. Em vez disso ensina: um retorno visível e notável (grito, voz, trombeta) de Cristo; a ressurreição dos corpos dos santos mortos seguida imediatamente pela translação daqueles que estiverem vivos na vinda de Cristo, sem dizer nada sobre os ímpios; que os santos estarão para sempre com o Senhor deles, sugerindo não que eles retornem a esta terra mundana novamente em seus corpos glorificados, espirituais e incorruptíveis, mas que eles permanecerão com Cristo em glória celestial! Além do mais, o próprio Cristo deixa claro que haverá apenas uma ressurreição: “Não vos maravilheis disto; porque vem a hora em que todos os que estão nos sepulcros ouvirão a sua voz. E os que fizeram o bem sairão para a ressurreição da vida; e os que fizeram o mal para a ressurreição da condenação” (João 5:28,29). As Escrituras revelam UMA segunda vinda de Cristo, UMA ressurreição em Sua vinda e UM julgamento.
O método de interpretação seguido pelos aderentes deste sistema é um defeituoso. Uma regra saída é que as passagens difíceis da Palavra, e certamente Apocalipse 20 o é, devem ser explicada à luz de textos mais simples. Contudo, alguém não pode escapar do sentimento de que com esta visão, uma teoria preconcebida é trazida à Escritura, passagens difíceis são apeladas como prova e então, se tenta fazer com que as passagens mais simples se encaixem com a teoria. O resultado é uma divisão violenta da Palavra e, portanto, da obra redentora de Deus! Sua Palavra é uma (apresentada em dois testamentos, profecia e cumprimento), e a redenção de Jesus Cristo é uma!
Positivamente, vivemos perto do fim do que Apocalipse chama de “mil anos”. Este milênio começou em Pentecostes e terminará quando o tempo e a história terminarem. Cristo retornará pessoalmente e visivelmente, chamará os mortos dos sepulcros e dos mares, julgará todos os homens de acordo com suas obras, e colocará Suas ovelhas num só rebanho, a casa celestial com muitas moradas! Que a verdade Reformada continue sendo proclamada que “o Filho de Deus reúne, protege e conserva, dentre todo o gênero humano, sua comunidade eleita para a vida eterna. Isto Ele fez por seu Espírito e sua Palavra, na unidade da verdadeira fé, desde o princípio do mundo até o fim” (Catecismo de Heidelberg, Domingo XXI). Benditos aqueles são membros vivos dela!




AMILENISMO

O Erro Pós-Milenista ou
A Idade Dourada da Justiça e da Paz
por Rev. D. H. Kuiper

A importância do retorno de Jesus Cristo para a Igreja dificilmente poderá ser superenfatizada. Ele é um aspecto da promessa que espera cumprimento. É a final e coroadora obra no processo completo da redenção. É, portanto, o objeto de desejo de esperança que existe em todo santo. O retorno de Cristo: a ressurreição do corpo ... e o julgamento final..a renovação de todas as coisas ... a glória eterna!
Falando de uma forma geral, há três visões que buscam apresentar a verdade das Escrituras sobre a segunda vinda de Jesus e o reino que Ele aperfeiçoará. Estas visões diferem de acordo com a interpretação dada à palavra milênio (do latin milleniummille, mil; e annum, ano). Esta palavra ocorre apenas seis vezes nas Escrituras e todas no capítulo 20 de Apocalipse, uma porção admitidamente difícil e simbólica da Palavra. À palavra milênio são adicionados vários prefixos (pós-, pré- e a-), e dessa forma, designando uma visão particular com respeito aos mil anos. O pré-milenismo toma o milênio literalmente e mantém que Cristo voltará e então reinará sobre esta terra por exatamente mil anos. O pós-milenismo toma a palavra figurativamente, denotando um longo período de tempo pertencente à parte final desta era Cristã, e imediatamente antes do aparecimento de Cristo. O amilenismo também interpreta o milênio simbolicamente; só que ele mantém que o mesmo se refere a toda a era Cristã. Nos propomos chamar vossa atenção a estas posições nesta série de três artigos, sujeitado-os à luz da Escritura, na esperança de que sejam construtivos à nossa fé e esperança. Começaremos com uma consideração do pós-milenismo.
Faremos bem em deixar que um pós-milenista defina sua própria posição: “Pós-Milenismo é aquela visão das últimas coisas que sustenta que o Reino de Deus está sendo agora estendido no mundo através da pregação do Evangelho e da obra salvadora do Espírito Santo; que o mundo será finalmente Cristianizado, e que o retorno de Cristo ocorrerá no término de um longo período de justiça e paz freqüentemente chamado o Milênio” (Loraine Boettner – ver livro online aqui). Esta definição é representativa daqueles que sustentam esta visão. Desejamos desenvolver alguns de seus elementos para que suas implicações estejam claramente diante de nós.
Sem qualquer hesitação, o pós-milenismo declara que a maioria da humanidade será salva em Jesus Cristo. Se isto não foi verdade nos tempos do Antigo Testamento, se isto não foi verdade nos tempos dos apóstolos, certamente não será verdade durante a era final do milênio. O pós-milenismo baseia esta alegação em passagens da Escrituras que falam da universalidade da salvação (Salmos 97:5; Malaquias 1:11; Atos 13:17), o mundo como o objeto da redenção em Cristo (João 1:29 e 3:16; 1 João 2:2), especialmente sobre Mateus 28:18-20, onde Cristo diz: “É-me dado todo o poder no céu e na terra. Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinado-os a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias até a consumação dos séculos.” Neste texto o pós-milenismo vê que Cristo tem tanto a capacidade como o direito de Cristianizar o mundo inteiro. Por causa desta promessa de Cristo, o número dos redimidos será aumentado até que sobrepuje o número dos perdidos.
Novamente, sem hesitação, o pós-milenismo declara que o mundo está se tornando melhor; existem períodos curtos durante os quais pode parecer que as forças do mal estão ganhando, porém, se olharmos para trás, através do estender-se da história, veremos inequivocamente progresso e melhoramento espiritual. Sempre o pecado será encontrado no mundo, até mesmo no fim do tempo. Mas sua influência será diminuída, e os ímpios serão a minoria. Os princípios e as condutas Cristãs se tornarão os padrões aceitáveis, tanto para a vida púbica como para a privada. A educação, os negócios, o governo, a indústria e toda a sociedade estarão sob o domínio da vida e do pensamento Cristão. Isso não pode ser já observado? A escravidão e a poligamia são praticamente inexistentes. A função das mulheres e das crianças melhorou grandemente neste século. As nações têm começado a cooperar de maneira que a arbitração substitui a guerra e o derramamento de sangue. A Bíblia, em outro tempo de preservação privada do clero, tem sido traduzida, e impressa em centenas de línguas nativas. Aproximadamente dez milhões de cópias são vendidas anualmente, de forma que noventa e oito por cento das pessoas do mudo a têm em suas casas. A obra missionária floresce: o Cristianismo está a ponto de se tornar A religião mundial. E se o progresso não tem sido tão rápido ou extensivo como poderíamos desejar, a culpa deve ser posta na Igreja por não lutar seriamente para evangelizar o mundo em resposta ao mandamento de Cristo.
Em lealdade, deve ser também mencionado que o pós-milenismo crê que estas mudanças acontecerão, não naturalmente, nem devido a algum processo evolucionário operando na raça humana, mas pela pregação do Evangelho de Jesus Cristo e a poderosa obra do Espírito nos corações dos homens. Esse evangelho deve ser pregado. Então, o futuro mostrará que o melhor está por vir; guerra e derramamento de sangue cessarão (Isaías 2:4), a corrupção desaparecerá e um longo período de justiça e paz (o milênio) virá a este mundo! Sua vontade será feita na terra assim como no céu. Cristo retornará ao mundo nessa condição dourada. Ele trará um fim a esta presente era, e os reinos deste mundo serão o reino de Cristo (Apocalipse 11:15).
Estamos convencidos de que o que foi dito anteriormente não é a verdade da Escritura. Embora o pós-milenismo creia que a Bíblia é a Palavra de Deus, não obstante, ele erra grandemente na interpretação de muitas passagens das Escrituras e, portanto, também cai em erro com respeito ao milênio. No restante deste artigo, mostraremos este erro.
Estranhamente pode ser mostrado a partir dos jornais diários o oposto exato do pós-milenismo; alguém não lê de nações resolvendo disputas por meio da arbitragem. Os Estados Unidos já provou ser uma farsa esta esperança. As guerras continuam, e ainda aumentam! Alguém lê de crimes aumentando geometricamente, de modo que incontáveis áreas desta terra [UE] (supostamente a mais avançada e Cristã, levará outros a Cristo) são inseguras para a vida normal. Os anúncios de filmes e as análises de livros, os atos públicos de violência e desordem estudantis; tudo isto, mostra que a Cristianização destas áreas não começou. Nem jamais passará perto dos níveis otimistas descritos acima. As guerras mundiais passadas mais as numerosas guerras restritas deveriam demolir tal otimismo. Estes eventos continuam a ser assim diariamente. O tempo presente não se compara tão favoravelmente com a Idade Média. O pecado aumentou, embora tenha, talvez, tomado uma forma mais sutil e “refinada.” A civilização não pode ser erroneamente tomada como fruto do evangelho.
O decisivo para o Cristão é o que a Palavra de Deus diz das realidades concernentes à salvação, ao pecado, ao milênio e às últimas coisas. O pós-milenismo ou ignora certas passagens da Escritura ou lhes dá um significado muito forçado e não natural. Certamente Deus revelou Sua vontade de salvar em Jesus Cristo um número relativamente pequeno de homens, enquanto o resto d humanidade perece. O exército de redimidos constituirá uma vasta multidão, não há dúvida; porém, comparado com os perdidos, deve ser chamada uma minoria. Mateus 22:14 declara que muitos são chamados, mas poucos escolhidos. Muitos, nem sequer todos os homens, ouvem a pregação da Palavra, mas poucos são escolhidos para serem salvos pela Palavra para glória. Para a maioria a pregação é meramente um testemunho que lhes deixa sem escusa. A Igreja de Cristo é chamada de um pequeno rebanho (Lucas 12:32) e de uma cabana na vinha (Isaías 1:8). Estes termos nos proíbem dizer que a maioria dos homens será salva, em qualquer era.
Em segundo lugar, há o tremendo testemunho do capítulo 24 de Mateus. Ninguém pode crer nestas palavras e ainda manter uma idade dourada de justiça e paz, a qual será obtida justamente antes do retorno de Cristo. Jesus nos diz aqui que o sinal de Sua vinda e do fim do mundo (eventos simultâneos) envolverá um aumento na guerra, nos distúrbios étnicos, nas fomes, pestilências e terremotos. Em vez de uma influência universal da verdade e da paz, haverá falsos profetas e a iniqüidade abundará. A tribulação será a porção da Igreja naqueles dias. A verdadeira religião estará quase extinta. Quando Jesus retornar, achará fé na terra? (Lucas 18:8). A resposta não é um “sim” ressoante como muitos responderiam; nem é “não”; mas a resposta é um quieto e hesitante “sim, Deus preservará Sua igreja em fé” Mas isto requererá Sua graciosa abreviação daqueles dias.
Rogamos que estudem Mateus 24 e Apocalipse 20, além de outras porções relevantes das Escrituras. Coloque de lado todas opiniões privadas, e se deixem ser guiados pelo Espírito e pela Palavra. Faça isto somente depois de ter orado. Cremos que vocês verão que vivemos perto do final do milênio, esse período de tempo que se estreita desde a primeira vinda de Cristo até o Seu retorno. Nesta era deve ser observado um desenvolvimento duplo: o mundo aumenta em pecado e impiedade até que o Anticristo seja revelado e estiver maduro para a destruição; a Igreja será reunida e salva; todos, até o último dos escolhidos! Então Cristo virá. E com Ele o fim!

COMENTÁRIO PÓS-MILENISTA

peço desculpa,mas me parece que o pré-milenismo não histórico e o dispensacionalismo são as posições mais longe da verdade bíblica,apoiando-se mais em fição criada por homens e em insights de "profetas" que não teem a menor noção de como se deve intrepretar a Escritura...as 7 igrejas da Ásia são 7 igrejas ao longo do tempo?Quem é a besta?hitler?bush?bill gates?a internet (www...) o papa? por favor..se os irmãos forem sinceros verão por quantas alterações este sistema escatológico tem sofrido, como tem sido alterado pelos homens ao longo dos tempos,adaptando os acontecimentos a Escritura e não o contrário..sou pós milenista e preterista não por achar que "convém" mas sim porque estas posições se embasam em verdade bíblica,promessas ao longo do A.T. e N.T.e num estudo profundo e seguindo os principios "a Escritura intrepreta a própria Escritura",sendo a posição ortodoxa do cristianismo primitivo e da Igreja pós-reforma 1525,para além de que os maiores teologos que existiram eram pós milenistas (agostinho,calvino,os puritanos,john owen,spurgeon,só para citar alguns)..e se a Igreja não foi criada pelo Senhor Jesus para influenciar o mundo, ser sal da Terra..então para que estamos aqui??não seria mais fácil irmos diretos ao Céu assim que nos convertessemos?em relaçao a apostasia que acontece hoje em dia,de relembrar que os grandes avivamentos espirituais sempre são precedentes de alturas em que o pecado e a impiedade parecem governar..não foi assim nos dias de Cristo? e na Reforma Protestante? sobre o Cristianismo, ele tem crescido em número SIM ao longo dos tempos,basta ver onde ele começou, naquele pequeno país chamado Israel e onde hoje ele se encontra espalhado..consideram-se poucos os salvos hoje me dia? e depois? não será Deus poderoso para despertar um avivamento jamais visto em todo o mundo?nao sera ele poderoso para salvar nações inteiras e TODOS os individuos ai habitantes?Ele não faz o que lhe aprouve e quem lhe pode questionar (dan 4.35)? eu creio no seu poder salvifico que a obra de Jesus não foi assim tão em vão como a querem fazer e que o grande acontecimento que mudará a história do mundo não sera a vinda do anti-cristo e a segunda vinda do Senhor..na verdade,foi a vinda do Senhor..mas a primeira quando ele venceu a morte e disse "ide"..ai a nossa vitoria foi consumada e as trevas começaram a ser dissipadas.se o mundo hoje nao esta como desejamos,e porque a Igreja nao tem exercido o dominio e a sua influencia que lhe cabe..ao fim de contas,todo o poder nos foi dado,mat 28:18-20,nao e verdade?

Estudo bíblico sobre a lepra


Estudo bíblico sobre a lepra




Doença designada na Bíblia pelo termo hebraico tsará‛ath e pela palavra grega lepra. A pessoa afligida por ela é chamada de leprosa.

Nas Escrituras, “lepra” não se restringe à doença conhecida hoje por esse nome, pois ela podia atingir não só os humanos, mas também roupas e casas. (Lv 14:55) No capítulo treze de levítico podemos perceber vários tipos de lepra, ou a lepra em vários níveis. A lepra da atualidade é também conhecida como mal de Hansen (hanseníase), assim chamada porque o Dr. Gerhard A. Hansen descobriu o bacilo que, em geral, é considerado o causador dessa moléstia. Contudo, embora
 tsará‛ath se aplique a mais do que à lepra atual, não há dúvida de que a lepra humana, agora chamada de mal de Hansen, estava em evidência no Oriente Médio nos tempos bíblicos.

I. As Variedades, com Seus Efeitos:  Atualmente, a lepra ou mal de Hansen, que é apenas moderadamente contagiosa, manifesta-se em três variedades básicas. Uma delas, o tipo nodular, resulta num espessamento da pele, e na formação de nódulos, primeiro na pele da face, e daí em outras partes do corpo. Também produz efeitos degenerativos nas membranas mucosas do nariz e da garganta da vítima. Esta é conhecida como lepra negra. Outro tipo é a lepra anestésica, às vezes chamada de lepra branca. Não é tão grave quanto a lepra negra, e, basicamente, atinge os nervos periféricos. Pode manifestar-se na pele, que se torna dolorida ao toque, embora possa também resultar em insensibilidade. O terceiro tipo de lepra, uma espécie mista, combina os sintomas de ambas as formas que acabamos de descrever.

À medida que a lepra progride para seu estágio avançado, as lesões que inicialmente se desenvolveram soltam pus, talvez caiam os cabelos da cabeça e das sobrancelhas, as unhas podem soltar-se, decompor-se e cair. Daí, os dedos, os membros, o nariz ou os olhos da vítima podem ir lentamente se consumindo. Por fim, nos casos mais graves, segue-se a morte. Que a “lepra” bíblica certamente incluía tal doença grave é evidente na referência feita por Arão a ela como sendo um mal em que a carne é “metade consumida”. — Nm 12:12.

Esta descrição ajuda a pessoa a avaliar melhor as referências bíblicas a este temível mal, e as funestas conseqüências do ato presunçoso de Uzias em tentar oferecer incenso indevidamente, no templo de Yehowah. — 2Rs 15:5; 2Cr 26:16-23.

II. Diagnóstico:  Por meio da Lei mosaica, Jeová supriu a Israel informações que habilitavam o sacerdote a diagnosticar a lepra e a distingui-la de outras doenças da pele menos graves. À base do registro em Levítico 13:1-46, vê-se que a lepra talvez começasse com uma erupção, uma escara, uma mancha, um furúnculo, ou uma cicatriz na carne, resultante duma queimadura. Às vezes, os sintomas eram claríssimos. Os pêlos na área afetada haviam-se embranquecido, e podia-se notar que a moléstia era mais do que algo superficial. Por exemplo, uma erupção branca da pele podia tornar brancos os pêlos, e a carne viva aparecer na erupção. Isto indicava que a pessoa tinha lepra e devia ser declarada impura. No entanto, noutros casos, o mal não era senão superficial, e impunha-se um período de quarentena, com a subseqüente inspeção pelo sacerdote, que dava o veredicto final quanto ao que se tratava.

Reconhecia-se que a lepra podia atingir um estágio em que não mais era contagiosa. Quando se tinha espalhado pelo corpo inteiro, todo ele tendo ficado esbranquiçado, e não havia carne viva à mostra, isso era sinal de que a fase crítica da doença já passara e que apenas restavam as suas marcas. O sacerdote então declarava limpa a vítima, o mal não representando mais perigo algum para quem quer que fosse. — Lv 13:12-17.

Se a moléstia do leproso já o houvesse deixado e ele estivesse curado, faziam-se arranjos pelos quais ele poderia purificar-se cerimonialmente, o que incluía a oferta dum sacrifício em favor dele, feita pelo sacerdote. (Lv 14:1-32) Mas se o sacerdote declarava impuro o leproso não-curado, as roupas dele eram rasgadas, seus cabelos devendo ficar desgrenhados, e ele devia cobrir o bigode ou lábio superior, e devia bradar: “Impuro, impuro!” Tinha de morar num local isolado, fora do acampamento (Lv 13:43-46) tudo isso era para que todos soubessem que ele estava leproso e pra que ninguém tocasse nele senão seria considerado impuro, medida que se adotava para que o leproso não contaminasse aqueles no meio dos quais Jeová residia. (Nm 5:1-4). Essa era uma das doenças mais temidas do mundo antigo.  Parece que, nos tempos bíblicos, os leprosos se associavam uns com os outros ou viviam em grupos, tornando possível se ajudarem mutuamente. — 2Rs 7:3-5; Lc 17:12.

III. Nas roupas e nas casas:  A lepra também podia atingir roupas de lã ou de linho, ou um artigo de pele. A praga talvez desaparecesse com a lavagem, e havia arranjos para se isolar tal artigo. Mas, nos casos em que persistisse esta praga verde-amarelada ou avermelhada, a lepra maligna se fazia presente, e o artigo devia ser queimado. (Lv 13:47-59) Se, na parede duma casa, surgissem depressões verde-amareladas ou avermelhadas, o sacerdote impunha uma quarentena à casa. Talvez fosse preciso remover as pedras atingidas e mandar que se raspasse o interior da casa, as pedras e a argamassa raspada sendo então lançadas num lugar impuro, fora da cidade. Se a praga retornasse, a casa era declarada impura e era derrubada, e seus materiais eram lançados num local impuro. Mas, para a casa que fosse declarada pura (limpa) havia um arranjo de purificação. (Lv 14:33-57) Tem-se sugerido que a lepra que atingia roupas ou casas era um tipo de bolor ou fungo; no entanto, existe incerteza quanto a isto.

IV. Como Sinal:  Um dos sinais que Yehowah capacitou Moisés a realizar, a fim de provar aos israelitas que Deus o havia enviado, envolvia a lepra. Conforme instruído, Moisés enfiou a mão na dobra superior de sua roupa e, ao retirá-la, “sua mão estava atacada de lepra semelhante à neve”. Ela foi restaurada, “igual ao resto da sua carne”, por ele colocá-la novamente na dobra superior de sua roupa e retirá-la outra vez. (Ex 4:6, 7) Miriã foi atacada de “lepra branca como a neve”, como ato divino, por ela ter falado contra Moisés. Este suplicou a Deus que a curasse, o que foi feito, mas ela ficou de quarentena, fora do acampamento, por sete dias.— Nm 12:1, 2, 9-15.
E disse o SENHOR a Moisés: Se seu pai cuspira em seu rosto, não seria envergonhada sete dias? Esteja fechada sete dias fora do arraial, e depois a recolham.Assim Miriã esteve fechada fora do arraial sete dias, e o povo não partiu, até que recolheram a Miriã. (vs. 14,15)

V. Nos dias de Eliseu:  Naamã, o sírio, era “valente, poderoso, embora fosse leproso [ou: atacado duma doença da pele]”. (2Rs 5:1 n) Seu orgulho quase o fez perder a oportunidade de ser curado, mas, por fim, ele fez conforme Eliseu o instruíra, mergulhando no Jordão sete vezes, e “lhe voltou a carne como a carne dum pequeno rapaz e ele ficou limpo”. (2Rs 5:14) Em resultado disso, tornou-se adorador de Yehowah. Naamã é um exemplo dos vários tipos de lepras que existiam, embora leproso, vivia na corte, e desempenhava os deveres de um general. A sua doença, então, não devia ser aquela é dolorosamente conhecida no Oriente. Não obstante, Geazi, ajudante de Eliseu, obteve gananciosamente um presente de Naamã em nome do profeta, representando assim mal a seu amo, e, na verdade, transformando a benignidade imerecida de Deus em meio de ganho material. Por este erro, Geazi foi afligido de lepra por Deus, e tornou-se “leproso tão branco como a neve”, tanto nessa passagem como na de miriã a lepra aparece como meio de punição e no caso de Geazi, não só ele, mas toda sua descendência foram punidos. Portanto a lepra de Naamã se pegará a ti e à tua descendência para sempre. Então saiu de diante dele leproso, branco como a neve. 2Reis 5:27 — 2Rs 5:20-27.

Que havia vários leprosos em Israel nos dias de Eliseu é indicado pela presença de quatro leprosos israelitas do lado de fora dos portões de Samaria, enquanto Eliseu estava na cidade. (2Rs 7:3) Mas, havia da parte dos israelitas uma generalizada falta de fé nesse homem do verdadeiro Deus, assim como os judeus no território de Jesus não o queriam aceitar. Por isso, Cristo disse: “Havia também muitos leprosos em Israel, no tempo de Eliseu, o profeta, contudo, nenhum deles foi purificado, a não ser Naamã, o homem da Síria”.— Lc 4:27.

VI. Curados por Jesus e Seus Discípulos:  Jesus, durante seu ministério Galileu, curou um leproso, descrito por Lucas como “homem cheio de lepra”. Jesus ordenou-lhe que não o contasse a ninguém, e disse: “Mas vai e mostra-te ao sacerdote, e faze uma oferta em conexão com a tua purificação, assim como Moisés determinou, em testemunho para eles”.— Lc 5:12-16; Mt 8:2-4; Mc 1:40-45.

Quando Cristo enviou os 12 apóstolos, ele lhes disse, entre outras coisas: “Tornai limpos os leprosos”.(Mt 10:8) Mais tarde, quando percorria a Samaria e a Galiléia, Jesus curou dez leprosos num certo povoado. Apenas um deles, um samaritano, “voltou, glorificando a Deus com voz alta”, e se lançou ao solo diante dos pés de Jesus, agradecendo o que ele tinha feito em seu favor. (Lu 17:11-19) Deve-se também notar que Cristo estava em Betânia, na casa de Simão, o leproso (a quem Jesus talvez tivesse curado), quando Maria ungiu Jesus com o custoso óleo perfumado, poucos dias antes de Sua morte. — Mt 26:6-13; Mc 14:3-9; Jo 12:1-8. Em Lucas 5:14, Jesus havia dito a outro leproso: “Vai... mostra-se ao sacerdote e oferece, pela tua purificação, o sacrifício que Moisés determinou, para servir de testemunho ao povo” (Lucas 5:14).
Ora, nenhum leproso podia simplesmente voltar para casa, para a igreja ou seu sindicato. Havia algumas coisas que ele tinha de fazer.Deveria ir no limite do arraial e chamar o sacerdote para examina-lo Lv: 14.1-3, depois ele teria de ser declarado purificado por um sacerdote - e isso obrigava a um cerimonial muito elaborado e detalhado, que durava oito dias. Tinha de ter todos os pelos raspados, ser banhado e examinado. Após isto, viriam os sacrifícios, o espargir do sangue e do óleo, unções, ofertórios Lv 14:1-32. E depois de tudo isto, ele teria de esperar mais oito dias antes de poder ser devolvido à família e aos seus direitos. Contando tudo, o processo levava dezesseis dias de atividades religiosas incríveis!Estas cerimônias altamente religiosas eram todas simbólicas - tipos usados para ensinar as pessoas a respeito da glória do Messias. Está tudo descrito em Levíticos 14 - e foi isso que o dez leproso voltaram para fazer na cidade.Nestas alturas Jesus e os apóstolos provavelmente já tinham comido alguma coisa e estavam na estrada, bem adiante da aldeia. Porém, de repente, ouviram uma algazarra atrás deles. Quando se viraram para olhar, viram um homem correndo para eles - gritando e agitando os braços! Um dos discípulos disse: “É um dos dez leprosos da cidade”. E quando ele se aproximou, ouviram-no gritando: “Glória - glória a Jesus! Louvado seja!” Era o samaritano! Quando chegou até Jesus, prostrou-se aos Seus pés - e explodiu em louvor e ações de graças! Do íntimo do seu ser jorrou adoração ao Filho do Deus vivo: “Tu és Deus! Não conseguirias fazer isso a menos que fosses o Filho de Deus. Louvado seja Deus! Glória!”.
Jesus baixou Seu olhar para ele e disse: “Não eram dez os que foram curados? Onde estão os nove?” (Lucas 17:17). Ele estava perguntando: “Por que apenas você? Onde estão seus amigos, os outros que Eu curei?”.
Quando esse homem viu Jesus pela primeira vez, precisou ficar de longe, porque assim determinava a lei de Moisés (Lc17. 2). Os leprosos eram afastados de suas famílias, de seus trabalhos, amigos, do convívio social. Os casados não viam mais suas esposas seus filhos, pai, mãe, irmão, amigos o lazer e os passeios nem pensar. Seus sonhos e projetos tudo por água abaixo. E ainda tinham os seus cabelos bagunçados, suas barbas cobertas, roupas rasgadas de luto e como não se bastasse tinham que andar gritando “imundo! Imundo!”, para que todos soubessem que estava leproso. Tudo isso sem prescrição médica, por tempo indeterminado, além de tudo isso uma das coisas que mais atormentavam eles, era o fato de não poderem adorar a Deus em seu templo. Pra quem ficava nesse estado, só lhe restava esperar a morte. Em Lucas 17. V15-18 esse leproso vem correndo atrás de Jesus e gritando “Glória a Deus”. Ele não perdeu a oportunidade, antes não podia chegar nem perto, mais agora prontamente se jogou aos pés de Jesus. Imagine a auto-estima desse homem ao pensar.’Estou livre do leprosário, Jesus me devolveu a vida os meus sonhos, minha família, posso voltar pra minha casa e dar continuidade a minha vida’. Certamente depois que Jesus restituiu a vida desse homem ele se tornou mais um seguidor do mestre e um grande propagador do evangelho. Deus está convocando pessoas pra restituir a vida daqueles que estão nos leprosários das trevas, prostituições, vícios, misérias e de todas as sortes de males oferecidos pelo inimigo de nossas almas.
Dando graças ao Pai que nos fez idôneos para participar da herança dos santos na luz;
O qual nos tirou da potestade das trevas, e nos transportou para o reino do Filho do seu amor;
Em quem temos a redenção pelo seu sangue, a saber, a remissão dos pecados; 
Colossenses 1:12-14. pense nisso.
Amado, esta é a questão que Jesus ainda está perguntando hoje! Das tantas multidões que tornou limpas e preenchidas, só um remanescente é atraído a Ele! Então, onde estão os outros? Eu lhe digo - eles estão no mesmo lugar onde foram acabar os nove leprosos curados: perdidos na igreja - engolidos pela religião!
Eu creio nas estatísticas da Bíblia. E se a estatística dessa história no evangelho de Lucas está certa, então 90 por cento daqueles que são tocados por Jesus acabam voltando à uma igreja morta, árida. Nunca chegam a Jesus - porque ficam perdidos na religião!
Ora, estes nove leprosos estavam ansiosos para retomarem suas vidas. Disseram: “Preciso voltar para minha esposa e para minha família. Quero de novo o meu respeito próprio. Quero voltar à sinagoga e estudar sobre a vinda do Messias!”.
Alguém poderá dizer: “O que há de errado nisto? Ao homem não é ordenado prover o sustento para os seus? E Davi não fala de se meditar nas coisas profundas de Deus? Não devem os cristãos estar motivados para trabalhar com diligência - fazer exatamente o que os nove leprosos fizeram? E Jesus não lhes disse para irem diretamente ao sacerdote?”
Sim, tudo isso é verdade - mas fica sem significado se primeiro, não se conhece a Jesus! Vamos sair desse bairrismo eclesiástico de pensarmos que a obra de Deus está limitada a quatro paredes de nossas igrejas.
Como Deus ungiu a Jesus de Nazaré com o Espírito Santo e com virtude; o qual andou fazendo bem, e curando a todos os oprimidos do diabo, porque Deus era com ele. 
Atos 10:38.

Prbruno_Gomes@hotmail.com

RELIGIÃO E SAUDE MENTAL


FACULDADE APLICADA DE TEOLOGIA E FILOSOFIA











TEMA: Religião e saúde mental







Por







Bruno Gomes de Oliveira





Trabalho apresentado em cumprimento às exigências da disciplina PSICOLOGIA II do curso Bacharel em Teologia








TRABALHO de PSICOLOGIA II : livro psicologia da religião



TEMA: RELIGIÃO E SAÚDE MENTAL

É de suma importância para a sociedade amostra que, historicamente a religião exerce um papel importante e fundamental na saúde mental de cada indivíduo e conseqüentemente no comportamento deste no ceio da sociedade.


Definição de religião e saúde mental;

RELIGIÃO: Do latim reli gare, significando religação do homem com o divino.
Muitas religiões têm narrativas, símbolos, tradições e histórias sagradas que se destinam a dar sentido à vida. Elas tendem a derivar em moralidade, ética, leis religiosas ou em um estilo de vida.

SAÚDE MENTAL: A saúde mental (ou sanidade mental) é um termo usado para descrever um nível de qualidade de vida cognitiva ou emocional ou a ausência de uma doença  mental. A saúde mental pode incluir a capacidade de um indivíduo de apreciar a vida e procurar um equilíbrio entre as atividades e os esforços para atingir a resiliência psicológica.

Precisamos esclarecer alguns pontos quando falamos de religião e saúde mental.
O primeiro deles é que, o ministro de religião não pode de maneira alguma, ultrapassar o seu limite do campo religioso, e entrar no campo clínico a ponto de receitar algum tipo de medicamento, a menos é claro que ele tenha a devida formação acadêmica e esteja em local adequado para isso.
Segundo: o ministro religioso não deve usar de práticas psicoterapêuticas como alguns erroneamente tem usado a prática da regressão psicológica. Primeiramente, é preciso ficar bem claro que a regressão é prática psicoterapêutica e não um meio espiritual de libertação. De forma simples, pode se dizer que a prática da regressão, como terapia, nada mais é do que evocar sentimentos, traumas, tensões, que ficam retidos no inconsciente.A explicação para isso é que, a cada experiência forte por que passamos (traumas, perdas, tensões) despendemos energia (libido), mas em função do mecanismo de defeso denominado por Freud de repressão ser acionado, essa energia é retida.É justamente para evitar que esses sentimentos venham a público de forma irracional e descontrolada que a regressão é praticada, para digamos que dá alívio às tensões, mas de forma controlada e orientada.Por isso mesmo, que ninguém tem o direito de fazer desse momento delicado por que passa uma pessoa, uma experiência religiosa ou algum tipo de teste de espiritualidade. Associar esse tipo de sentimentos retidos com o pecado do qual precisamos nos libertar é um erro grotesco, imaturo e infantil. Freud deu início a esse tipo de terapia através da hipnose, onde o paciente, uma vez inconsciente, é conduzido a uma viagem insólita e extremamente perigosa ao seu passado, perigosa porque, quando lidamos com a mente humana, estamos lidando com um campo absolutamente misterioso. Um dos riscos permanentes da regressão feita por pessoas que, cientificamente falando não sabem discernir entre a mão direita e a mão esquerda, é que a pessoa regredida pode ficar “presa” ao passado e não querer nem poder retornar mais ao presente, digo isso porque já ocorreram tais fatos. Isso posto, o pai da psicanálise passou a utilizar um método diferente e menos perigoso, Freud começou a chamada regressão consciente, essa por sua vez teve resultados mais eficientes e satisfatório. A regressão, tanto inconsciente quanto consciente, é prática puramente psicoterapêutica e só deve ser feita por profissionais da área. Nenhum neófito deve se atrever a fazê-la nem associá-la ao pecado. Ora se  Freud o pai da psicanálise, o descobridor da regressão, se recusou a dar continuidade a essa prática visto o risco que levaria a seus pacientes, será um ato de pura irresponsabilidade de qualquer ministro religioso brincar com o que não conhece e fazer das pessoas cobaias, em seus complicados brinquedos espirituais. Tais pessoas deveriam ser responsabilizadas e punidas por todos os danos psíquicos que possa vir a causar.
Traumas devem ser tratados sim, mas com psicoterapeutas, psicólogos formados, que sabem o que estão fazendo porque estudaram e se prepararam para isso.

A religião sempre contribuiu com o bom funcionamento do homem e seu equilíbrio. Isto é verdade particularmente no que tange à saúde mental. Podemos dizer que os ministros religiosos foram os primeiros psicoterapeutas.
Alguns argumentam que a religião é um mal para a saúde física e mental, como Freud que comparou a religião com neurose obsessiva.
Albert Ellis (1983), criador da terapia racional emotiva, afirmou
precipitadamente ser a religião causadora de patologia e neuroses.
Posteriormente, Malony (1988) mostrou que os religiosos
apresentavam maior progresso e saúde.

Os principais argumentos dos que afirmam que a religião é prejudicial são os seguintes:

. Gera níveis patológicos de culpa;
. Cria ansiedade e medo através de crenças punitivas (por exemplo,
Inferno, pecado original, ect.);
. Encoraja a visão de que o mundo é dividido entre "santos" e
"pecadores", o que aumenta a intolerância e a hostilidade em relação
"aos de fora";
. Cria a paranóia com a idéia de que forças malévolas ameaçam
Nossa integridade moral;

Os argumentos dos que consideram a religião um impacto positivo sobre a saúde física e psicológica:

. Reduz a ansiedade existencial ao oferecer uma estrutura cognitiva
que ordena e explica um mundo que parece caótico;
. Oferece esperança, sentido, significado e sensação de bem-estar
emocional;
. Ajuda as pessoas a enfrentarem melhor a dor e o sofrimento,
através de um fatalismo reassegurador;;
. Fornece soluções para uma grande variedade de conflitos
emocionais e situacionais;
. Soluciona o problema perturbador da morte, através da crença na
continuidade da vida;
. Dá as pessoas uma sensação de poder e controle, através da
associação com uma força onipotente;
. Estabelece uma orientação moral que suprime práticas e estilos de
vida autodestrutivos;
. Promove a coesão social;
. Fornece identidade, satisfazendo a necessidade de pertencimento,
ao unir as pessoas em torno de uma compreensão comum;
. Fornece as bases para um ritual catártico coletivo.
Assim, pois, ao invés de ser interpretada como neurose obsessiva, a religião sadia pode ser, na realidade, fator de grande importância no equilíbrio emocional do homem. Ela é sem sombra de dúvida, fator importantíssimo para a sobrevivência do indivíduo face as grandes crises da vida. Em relação a saúde mental, notou-se um maior ajustamento pessoal, bem como menos dias de internação em clínicas psiquiátricas.
Hoje outras doenças são prioritárias, muitas delas relacionadas aos
estilos de vida contemporâneos (estresse, dependência de
substancias, alimentação excessiva, comportamento sexual). Estes
podem ser vistos como violações de leis e práticas espirituais, que
prescrevem moderação no comportamento sexual e alimentar,
advertem contra beber excessivamente, contra o perseguir
incessante do dinheiro e poder, a competição, a emoções negativas
(hostilidade, raiva, ressentimento e culpa), narcisismo e
incapacidade de amar. Há um apelo claro à moderação, com
implicações importantes para a saúde.
Apoio Social e religioso, Pertencer a um grupo religioso e participar dele pode trazer conseqüências psicossociais saudáveis que influenciam positivamentea saúde.
. A comunhão regular com os demais é característica importante de
muitos sistemas religiosos, sendo fundamental em momentos de
solidão, depressão e morte de entes queridos;
. O processamento cognitivo e as crenças influenciam o modo de lidar
com o estresse, ou seja, as crenças das pessoas e suas
interpretações em relação ao sofrimento e à vida são cruciais para a
maneira de lidar com as dificuldades;
. A experiência religiosa e o companheirismo, talvez por vias
Psiconeuroendocrinológicas sirvam para bloquear ou inibir o impacto
de emoções deletérias, como a ansiedade e anomia.

Sistema de Crenças

As crenças religiosas podem gerar tanto paz, autoconfiança e
sensação de propósito na vida, quanto culpa, depressão e dúvidas. O
efeito benéfico da religião pode advir de o indivíduo perdoar a si
mesmo e aos outros, desenvolver autoconceitos emocionais mais
saudáveis e doar-se de modo não-egoísta.
Evidências empíricas da psiquiatria e da medicina de cuidados primários mostram que os rituais estão invariavelmente associados com o benefício. Os rituais religiosos públicos e privados são métodos poderosos para manter a saúde mental e para prevenir o início ou a progressão de distúrbios psicológicos.
A liturgia apropriada no momento de vida da congregação ou da família facilita a catarse emocional.


Conclusão:
Afirmar como Freud que a religião é uma neurose obsessiva é um grave erro, principalmente não tendo provas. Talvez seja mais honesto dizer, que há algumas formas imaturas de religião que podem afetar a personalidade do indivíduo religioso, porém a imaturidade religiosa de alguns não pode e nem deve descredibilizar a experiência religiosa de outro que tem atingido alto nível de eficiência de sua crença e experiência religiosa.
Tanto a religião como psicoterapia procuram ensinar formas mais adequadas de comportamento e uma visão do universo que o leva a uma vida mais criativa e ao melhor ajustamento com seu mundo.
A religião sadia pode contribuir para o equilíbrio mental do indivíduo, dá ao homem a segurança cósmica, motivação para viver e lhe oferece estabilidade emocional em momentos de crise.
Tanto o psicoterapeuta como o ministro de religião procura ensinar ao homem as formas mais adequadas de comportamento, para que ele venha funcionar adequadamente na sociedade.






BIBLIOGRAFIA: Revista Brasileira de Psiquiatria
 Livro Psicologia da Religião de MERVAL ROSA.



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