quarta-feira, 24 de outubro de 2012

TRABALHOS DO PASTOR BRUNO GOMES PARA BAIXAR

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INDICO O FILME " OS CORAJOSOS"  DO MESMO DIRETOR DO FILME EVANGELICO
A VIRADA ,  E DESAFIANDO GIGANTES.

VEJA UMA PARTE NO ITEM ABAIXO

https://www.youtube.com/watch?v=4JAK_o6MvXM

Resenha do filme Mãos Talentosas



Resenha do filme Mãos Talentosas


Mãos Talentosas retrata a vida de Ben, um menino pobre, negro, que não tinha muita chance de crescer na vida, ou seja, de se tornar um homem bem sucedido. Ben sempre tirava notas muito baixas na escola e por conta disto era altamente criticado pelos colegas, fazendo com que ele se sentisse como uma pessoa burra, e assim desenvolvendo um temperamento muito agressivo.
A mãe de Ben sempre acreditou no potencial de seu filho, incentivando-o a estudar, a trocar a TV por bons livros, a não desistir, pois acreditava que o filho teria um futuro totalmente diferente do seu.
Através do esforço, incentivo e dedicação da mãe, Ben chegou a ser o melhor aluno da sala. Cresceu e conseguiu alcançar o seu objetivo, não só se tornou médico, mas o melhor neurocirurgião do mundo. Esse menino tinha o objetivo de ser um médico, cresceu e conseguiu atingir seu propósito tornando-se o melhor neurocirurgião do mundo, isso aconteceu graças a duas cirurgias realizadas com sucesso. A primeira foi realizada numa menina que apresentava convulsões por ter parte do cérebro lesionada, nesse caso, ele removeu esse pedaço e conseguiu assim controlar as convulsões. A segunda, mais brilhante ainda, aconteceu quando o neurocirurgião Ben Carson separou, pela primeira vez na história, dois bebês gêmeos siameses. A cirurgia demorou exatamente 22 horas, mas ele conseguiu realizar esse milagre da separação, sem que um deles entrasse em óbito.
Ben Carson criou um centro de operações neurológicas e pelo seu trabalho foi aplaudido e reconhecido nos Estados Unidos.
Quando analisamos o filme, logo podemos perceber o poder da Programação Mental Positiva, exercida pela mãe de Ben, que o ensinava todo o tempo a materialização dos seus pensamentos, ou seja, fazendo com que ele acreditasse que pensar positivamente o levaria a uma realidade de sucesso, amor e paz.
A mãe de Ben trabalhava em seu filho a Lei da Atenção Concentrada, esta lei dispõe que quando uma pessoa concentra a sua atenção numa idéia, esta se concretiza por si mesma. Ela fez com que ele acreditasse que podia fazer tudo o que as outras pessoas faziam, mas sempre de uma forma melhor. Ajudou-o a expandir sua inteligência e sua crença em Deus e em si mesmo.
Ben foi ajudado por sua mãe a quebrar crenças limitantes e potencializar a sua auto-estima, despertando e aumentando a consciência do seu poder pessoal. Ben passou a caminhar para a evolução do seu eu. Sua fé o levou a perseguir e a alcançar o seu sonho de se tornar um dos mais importantes neurocirurgiões do mundo.

CONCLUSÃO:


"Mãos Talentosas" conta essa história de superação de dificuldades a partir do apoio de uma devotada mãe. A senhora Carson insistiu para que os filhos tivessemoportunidades que ela não teve. Ajudou-os a expandir a imaginação, inteligência, confiança em si mesmo e em Deus, acima de tudo. É um desses exemplos de vida que merece ser divulgado.

O Fazendeiro e Deus


O Fazendeiro e Deus


Africa do Sul - Angus Buchan é um fazendeiro de origem escocesa, muito trabalhadora, dedicada à mulher e aos filhos, mas violento diante das contrariedades. Quando a situação em Zâmbia fica perigosa, ele decide mudar-se para KwaZulu Natal e recomeçar do zero. Morando num trailer, com a ajuda de Simeon Bhengu, um zulu que se oferece para o trabalho, a família Buchan luta para instalar-se nesta nova terra. À medida que as dificuldades se avolumam, Angus mergulham num misto de medo, furia e desespero. Neste momento ele é convidado para uma reunião de agricultores na Igreja Metodista local. Como consequência, em vez de riqueza, o fazendeiro passa a buscar Deus, e encontra a felicidade, a paz e o sucesso.

"O Fazendeiro e Deus" baseia-se na história real de Angus Buchan, que se tornou um pregador da palavra de Deus ao redor do mundo, enquanto sua família e Simeon Bhengu tocam a bem-sucedida fazenda Shalom, na África do Sul. Angus compara a fé em Deus à cultura de batatas, que permanecem invisíveis até o momento da colheita.
Ele era um fazendeiro fracassado de origem escocesa que se mudou para a África do Sul com a família e sofreu uma série de perdas que o deixaram depressivo, agressivo e sem esperança.

Homem rude e grosseiro, ele se converte, descobre o propósito divino de sua vida e usa seu “jeitão” para testemunhar de sua nova fé.
É uma historia comovente a respeito da simplicidade e firmeza da verdadeira fé.
Retendo o que é bom: há apenas uma cena questionável do ponto de vista doutrinário, onde a doutrina da imortalidade incondicional da alma é sugerida.


CONCLUSÃO:

Quem planta batatas investe em raízes invisíveis cujos resultados só se tornam visíveis na hora da colheita. Você as coloca no solo, cobre com terra e ora por chuva. Ao contrario de outras plantações, você não tem indicação visível do que ocorre silenciosamente embaixo da terra. Você vive na esperança de uma boa colheita.
Plantar batatas simboliza o viver pela fé. Por isso, o titulo original faz mais sentido (Fé como batatas).

O MILENISMO E SUAS INTERPRETAÇÕES


O MILENISMO E SUAS INTERPRETAÇÕES
pós-milenismo é a escola escatológica que defende que Cristo virá pela segunda vez, ao término do Milênio. Muitos pós-milenistas crêem que a era Milenar iniciou-se quando Cristo foi assunto ao céu, e outros crêem que ela surgirá quando o Evangelho houver sido pregado em toda terra, promovendo uma Era Áurea de Justiça e Paz para a humanidade.
O pós-milenismo espera que a grande maioria da população mundial se converterá à Cristo antes de Seu retorno glorioso. Compete à igreja cristã divulgar Seus ensinamentos, discipulando as nações, ensinando seus povos a aplicar os princípios do Reino de Deus em cada área da vida humana.
O pós-milenismo defende uma interpretação preterista das profecias apocalípticas, e crê que o sermão profético de Jesus, narrado em Mateus 24, cumpriu-se ainda naquela geração, com a queda de Jerusalém pelas mãos dos romanos.
Muitos pregadores e teólogos de renome foram pós-milenistas, entre eles, AgostinhoCalvino, a maioria dos Puritanos, Jonathan Edwards, John Owen, Charles Hodge, Robert L. Dabney, W. G. T. Sheed, Benjamim B. Warfield, Oswald T. Allis, J. Marcellus Kik e muitos outros.[carece de fontes?]
O pós-milenismo foi descartado por muitos crentes após as duas grandes guerras.[carece de fontes?] Mas está sendo retomado por muitos teólogos e pensadores cristãos.
No Brasil, enquanto a maioria das igrejas adota o pré-milenismo e o amilenismo, surgem novas igrejas, como a REINA - Igreja do Futuro, que resgatam a crença na expansão do Reino de Deus e no futuro promissor da raça humana.
amilenismo, ou amilenianismo, na escatologia cristã, crê que o milênio de Apocalipse 20 deve ser interpretado simbolicamente. Ao contrário do que a palavra deixa a entender, sendo ausência de milênio, o amilenismo crê num milênio, porém não da forma literal como os pré-tribulacionistas ou os pós-tribulacionistas. O amilenismo clássico crê num milênio que iniciou-se com a primeira Vinda de Cristo, representando o período do Evangelho, que segue entre a Ressurreição de Cristo e a Segunda Vinda de Cristo. Entende, assim, a primeira ressurreição de modo espiritual: se a segunda morte é a separação de Deus no lago de fogo, a primeira ressurreição é a união com Cristo até a resurreição dos justos, para o juízo final. Logo, espiritualmente, os mortos em Cristo já estariam participando do milênio no Paraíso, encontrado no Terceiro Céu, onde Deus habita. Durante esse período, Satanás estaria preso der modo não total, ficando inerte, mas teria seu poder limitado com a morte e ressurreição de Cristo, de modo que não pode impedir ocrescimento do Evangelho.
De modo geral, o Milênio, na visão amilenista, seria o período da Dispensação da Graça, onde os justos falecidos habitariam com Deus e Satanás teria seu poder limitado, culminando com a Volta de Cristo e com o Juízo Final e único, iniciando a Eternidade.



por Mike Warren
Muitos cristãos verdadeiros sustentaram e sustentam as outras três visões (amilenismo, pré-milenismo e dispensacionalismo); contudo, irei defender a posição pós-milenista primariamente por causa de duas coisas sobre as quais penso a Bíblia ser muito clara:
a) A vitória da Igreja. (e.g. Mt 16.18; 28.18-20; Ef 1.20-21; Ef 2.6; Lucas 10.17-18; 1 João 3.8; 4.4; 5.4-5; Fp 4.13; 2Co 2.14; Ef 3.20; Rm 5.17,20; 8.31-32,37).
b) A interpretação preterista da Grande Tribulação. Jesus disse que a Tribulação ocorreria por volta de 70 d.C. (Mt 24.34).
A visão preterista não é essencial à defesa do pós-milenismo. Alguns pós-milenistas têm ensinado a visão historicista da Igreja. [21] Mas colocar no passado a maioria das passagens pessimistas, que falam de uma rebelião generalizada contra Deus, certamente ajuda o pós-milenista a estabelecer que o evangelho terá sucesso mundial.
O que distingue o pós-milenismo de todas as outras visões é  o seu otimismo com respeito ao sucesso do evangelho na Era da Igreja. [22] Haverá paz, prosperidade e reavivamento espiritual numa escala universal? A Igreja cumprirá a Grande Comissão? As nações servirão ao Senhor Jesus? (Não todo indivíduo, mas cada nação como um todo). O evangelho prevalecerá? Sim!, diz o pós-milenista. O Espírito Santo tem esse poder. O evangelho tem esse poder.  Deus está disposto. Ele prometeu, e as suas promessas não podem falhar.
A visão pós-milenista das últimas coisas começa com Gênesis. Ao primeiro Adão ordenou-se que ele governasse sobre a Terra sob Deus, mas ele perdeu esse domínio por causa do seu pecado. O Último Adão, Jesus, veio para restaurar o domínio àqueles que se submetem a Deus. Dessa forma, de acordo com o pós-milenismo, Cristo estabeleceu o seu reino em sua primeira vinda. Ele triunfou sobre Satanás, subiu ao céu à destra de Poder, acima de todo governo e autoridade nos céus e na terra, e enviou o seu Espírito a fim de equipar a sua Igreja para discipular as nações. Os incrédulos entre os judeus e o governo de Roma foram grandes empecilhos à igreja primitiva, mas Jesus destruiu Jerusalém e o Templo em 70 d.C., terminando para sempre o sistema cerimonial do Antigo Testamento. O Império Romano foi eventualmente derrotado também. Cristo continua a governar sobre as nações, avançando gradualmente o seu reino até os fins da terra. Seus inimigos são destruídos ou convertidos pelo evangelho.
O objetivo não é meramente testemunhar ou pregar a todas as nações, mas discipular todas as nações. Nem é o objetivo meramente discipular indivíduos dentro das nações. As “nações” (grego: ethnos - Mt 28.19) refere-se à cultura inteira. Ela começa com o coração dos indivíduos, mas abrange tudo da vida: sistemas econômicos, estruturas familiares e estruturas políticas. Cultura é religião externalizada. Deus governa sobre tudo da vida. O reino de Deus não diz respeito apenas ao espiritual ou material; é um reino do espiritual sobre o material. A ressurreição e ascensão física de Cristo ao reino celestial foi os primeiros frutos da restauração de toda a criação (Rm 8.19-22). O jardim cultivado no começo da história (Gn 2.15) torna-se uma cidade deslumbrante no final (Ap 21). O evangelho traz progresso histórico na cultura. Os servos de Deus devem construir uma civilização cristã em conjunção com a preparação de suas almas para o céu.
Quando a vasta maioria das nações tiver sido convertida a Cristo, haverá um grande reavivamento entre os judeus, que trará  bênçãos como o mundo jamais viu (Rm 11.12,15). Após um longo e imprevisto período de tempo de obediência a Cristo e de bênçãos, Satanás terá a permissão de enganar as nações uma última vez, por um breve período de tempo (Ap 20.3, 7-10). O povo de Satanás lançará um ataque suicida contra o povo de Deus. Mas antes de poderem fazer qualquer dano, eles serão destruídos por Cristo. Cristo então retorna corporalmente. Os injustos são ressuscitados e enviados para o lago de fogo e enxofre, por toda a eternidade. Os justos são ressuscitados e recebidos nos novos céus e nova terra consumados.

NOTAS:

[21] – R.J. Rushdoony, Thy Kingdom Come: Studies in Daniel and Revelation (Tyler, TX: Thoburn Press, [1970] 1978).
[22] – Greg Bahnsen, “The Prima Facie Acceptability of Postmillennialism”,  Journal of Christian Reconstruction, Vol. III, No. 2, (Winter, 1976-77) 68.



Pós-milenialismo, ou pós-milenismo, é uma interpretação do capítulo 20 do livro de Apocalipse que vê a segunda vinda de Cristo como ocorrendo depois (latin pós) o milênio, o qual será a era de prosperidade e domínio Cristãos. O termo inclui várias opiniões semelhantes do fim dos tempos, e existe em contraste ao pré-milenismo (a opinião de que a segunda vinda de Cristo vai ocorrer antes do reino milenar, e que o reino milenar será um reino literal de 1000 anos) e em menor contraste ao amilenismo (não vai existir um milênio literal).

O pós-milenialismo se refere a uma crença de que Cristo vai retornar depois de um período de tempo, mas não necessariamente 1000 anos. Aqueles que defendem essa opinião não interpretam literalmente as profecias ainda não cumpridas. Eles acreditam que Apocalipse 20:4-6 não deve ser interpretado literalmente. Eles acreditam que 1000 anos simplesmente significa um longo período de tempo. Além disso, o prefixo “pós” em pós-milenialismo denota que Cristo vai retornar depois que os Cristãos (não Cristo) estabelecerem o reino na terra.

Aqueles que defendem o pós-milenialismo acreditam que o mundo vai ficar melhor e melhor – apesar de toda a evidência de que o contrário está acontecendo - com o mundo inteiro eventualmente se tornando Cristão. Depois que isso acontece, Cristo vai retornar. No entanto, essa não é a visão do mundo no fim dos tempos que a Bíblia apresenta. No livro de Apocalipse, é fácil ver que o mundo vai ser um lugar horrível durante aquele tempo futuro. Além disso, em 2 Timóteo 3:1-7 Paulo descreve os últimos dias como “tempos terríveis”.

Aqueles que defendem o pós-milenialismo usam um método não literal de interpretar profecias ainda não cumpridas, dando um significado diferente às palavras. O problema com isso é que quando você começa a dar significados diferentes a palavras além do seu sentido normal, uma pessoa pode decidir que uma palavra, frase ou sentença significa qualquer coisa que queira que signifique. Toda a objetividade em relação ao sentido das palavras é perdido. Quando palavras perdem o seu significado, comunicação cessa. No entanto, não foi assim que Deus quis que linguagem e comunicação fossem. Deus se comunica conosco através de Sua palavra escrita, dando significado objetivo às palavras para que as idéias e pensamentos pudessem ser comunicados.

Uma interpretação normal e literal das Escrituras rejeita pós-milenialismo e defende uma interpretação normal de todas as Escrituras, incluindo profecias ainda não cumpridas. Em relação à interpretação de profecias, temos centenas de exemplos das Escrituras de profecias que já foram cumpridas. Por exemplo, as profecias sobre Cristo no Velho Testamento. Aquelas profecias foram cumpridas literalmente. Considere o nascimento virgem de Cristo (Isaías 7:14; Mateus 1:23). Novamente, considere Sua morte pelos nossos pecados (Isaías 53:4-9; 1 Pedro 2:24). Elas também foram cumpridas literalmente. Isso é motivo suficiente para acreditarmos que Deus vai continuar no futuro a literalmente cumprir Sua palavra e Suas profecias de futuros eventos.





O Erro Pós-Milenista ou
A Idade Dourada da Justiça e da Paz

por Rev. D. H. Kuiper 

A importância do retorno de Jesus Cristo para a Igreja dificilmente poderá ser superenfatizada. Ele é um aspecto da promessa que espera cumprimento. É a final e coroadora obra no processo completo da redenção. É, portanto, o objeto de desejo de esperança que existe em todo santo. O retorno de Cristo: a ressurreição do corpo ... e o julgamento final..a renovação de todas as coisas ... a glória eterna!
Falando de uma forma geral, há três visões que buscam apresentar a verdade das Escrituras sobre a segunda vinda de Jesus e o reino que Ele aperfeiçoará. Estas visões diferem de acordo com a interpretação dada à palavra milênio (do latin millenium – mille, mil; eannum, ano). Esta palavra ocorre apenas seis vezes nas Escrituras e todas no capítulo 20 de Apocalipse, uma porção admitidamente difícil e simbólica da Palavra. À palavra milênio são adicionados vários prefixos (pós-, pré- e a-), e dessa forma, designando uma visão particular com respeito aos mil anos. O pré-milenismo toma o milênio literalmente e mantém que Cristo voltará e então reinará sobre esta terra por exatamente mil anos. O pós-milenismo toma a palavra figurativamente, denotando um longo período de tempo pertencente à parte final desta era Cristã, e imediatamente antes do aparecimento de Cristo. O amilenismo também interpreta o milênio simbolicamente; só que ele mantém que o mesmo se refere a toda a era Cristã. Nos propomos chamar vossa atenção a estas posições nesta série de três artigos, sujeitado-os à luz da Escritura, na esperança de que sejam construtivos à nossa fé e esperança. Começaremos com uma consideração do pós-milenismo.
Faremos bem em deixar que um pós-milenista defina sua própria posição: “Pós-Milenismo é aquela visão das últimas coisas que sustenta que o Reino de Deus está sendo agora estendido no mundo através da pregação do Evangelho e da obra salvadora do Espírito Santo; que o mundo será finalmente Cristianizado, e que o retorno de Cristo ocorrerá no término de um longo período de justiça e paz freqüentemente chamado o Milênio” (Loraine Boettner – ver livro online aqui). Esta definição é representativa daqueles que sustentam esta visão. Desejamos desenvolver alguns de seus elementos para que suas implicações estejam claramente diante de nós.
Sem qualquer hesitação, o pós-milenismo declara que a maioria da humanidade será salva em Jesus Cristo. Se isto não foi verdade nos tempos do Antigo Testamento, se isto não foi verdade nos tempos dos apóstolos, certamente não será verdade durante a era final do milênio. O pós-milenismo baseia esta alegação em passagens da Escrituras que falam da universalidade da salvação (Salmos 97:5; Malaquias 1:11; Atos 13:17), o mundo como o objeto da redenção em Cristo (João 1:29 e 3:16; 1 João 2:2), especialmente sobre Mateus 28:18-20, onde Cristo diz: “É-me dado todo o poder no céu e na terra. Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinado-os a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias até a consumação dos séculos.” Neste texto o pós-milenismo vê que Cristo tem tanto a capacidade como o direito de Cristianizar o mundo inteiro. Por causa desta promessa de Cristo, o número dos redimidos será aumentado até que sobrepuje o número dos perdidos.
Novamente, sem hesitação, o pós-milenismo declara que o mundo está  se tornando melhor; existem períodos curtos durante os quais pode parecer que as forças do mal estão ganhando, porém, se olharmos para trás, através do estender-se da história, veremos inequivocamente progresso e melhoramento espiritual. Sempre o pecado será encontrado no mundo, até mesmo no fim do tempo. Mas sua influência será diminuída, e os ímpios serão a minoria. Os princípios e as condutas Cristãs se tornarão os padrões aceitáveis, tanto para a vida púbica como para a privada. A educação, os negócios, o governo, a indústria e toda a sociedade estarão sob o domínio da vida e do pensamento Cristão. Isso não pode ser já observado? A escravidão e a poligamia são praticamente inexistentes. A função das mulheres e das crianças melhorou grandemente neste século. As nações têm começado a cooperar de maneira que a arbitração substitui a guerra e o derramamento de sangue. A Bíblia, em outro tempo de preservação privada do clero, tem sido traduzida, e impressa em centenas de línguas nativas. Aproximadamente dez milhões de cópias são vendidas anualmente, de forma que noventa e oito por cento das pessoas do mudo a têm em suas casas. A obra missionária floresce: o Cristianismo está a ponto de se tornar A religião mundial. E se o progresso não tem sido tão rápido ou extensivo como poderíamos desejar, a culpa deve ser posta na Igreja por não lutar seriamente para evangelizar o mundo em resposta ao mandamento de Cristo.
Em lealdade, deve ser também mencionado que o pós-milenismo crê  que estas mudanças acontecerão, não naturalmente, nem devido a algum processo evolucionário operando na raça humana, mas pela pregação do Evangelho de Jesus Cristo e a poderosa obra do Espírito nos corações dos homens. Esse evangelho deve ser pregado. Então, o futuro mostrará que o melhor está por vir; guerra e derramamento de sangue cessarão (Isaías 2:4), a corrupção desaparecerá e um longo período de justiça e paz (o milênio) virá a este mundo! Sua vontade será feita na terra assim como no céu. Cristo retornará ao mundo nessa condição dourada. Ele trará um fim a esta presente era, e os reinos deste mundo serão o reino de Cristo (Apocalipse 11:15).
Estamos convencidos de que o que foi dito anteriormente não  é a verdade da Escritura. Embora o pós-milenismo creia que a Bíblia é a Palavra de Deus, não obstante, ele erra grandemente na interpretação de muitas passagens das Escrituras e, portanto, também cai em erro com respeito ao milênio. No restante deste artigo, mostraremos este erro.
Estranhamente pode ser mostrado a partir dos jornais diários o oposto exato do pós-milenismo; alguém não lê de nações resolvendo disputas por meio da arbitragem. Os Estados Unidos já provou ser uma farsa esta esperança. As guerras continuam, e ainda aumentam! Alguém lê de crimes aumentando geometricamente, de modo que incontáveis áreas desta terra [UE] (supostamente a mais avançada e Cristã, levará outros a Cristo) são inseguras para a vida normal. Os anúncios de filmes e as análises de livros, os atos públicos de violência e desordem estudantis; tudo isto, mostra que a Cristianização destas áreas não começou. Nem jamais passará perto dos níveis otimistas descritos acima. As guerras mundiais passadas mais as numerosas guerras restritas deveriam demolir tal otimismo. Estes eventos continuam a ser assim diariamente. O tempo presente não se compara tão favoravelmente com a Idade Média. O pecado aumentou, embora tenha, talvez, tomado uma forma mais sutil e “refinada.” A civilização não pode ser erroneamente tomada como fruto do evangelho.
O decisivo para o Cristão é o que a Palavra de Deus diz das realidades concernentes à salvação, ao pecado, ao milênio e às últimas coisas. O pós-milenismo ou ignora certas passagens da Escritura ou lhes dá um significado muito forçado e não natural. Certamente Deus revelou Sua vontade de salvar em Jesus Cristo um número relativamente pequeno de homens, enquanto o resto d humanidade perece. O exército de redimidos constituirá uma vasta multidão, não há dúvida; porém, comparado com os perdidos, deve ser chamada uma minoria. Mateus 22:14 declara que muitos são chamados, mas poucos escolhidos. Muitos, nem sequer todos os homens, ouvem a pregação da Palavra, mas poucos são escolhidos para serem salvos pela Palavra para glória. Para a maioria a pregação é meramente um testemunho que lhes deixa sem escusa. A Igreja de Cristo é chamada de um pequeno rebanho (Lucas 12:32) e de uma cabana na vinha (Isaías 1:8). Estes termos nos proíbem dizer que a maioria dos homens será salva, em qualquer era.
Em segundo lugar, há o tremendo testemunho do capítulo 24 de Mateus. Ninguém pode crer nestas palavras e ainda manter uma idade dourada de justiça e paz, a qual será obtida justamente antes do retorno de Cristo. Jesus nos diz aqui que o sinal de Sua vinda e do fim do mundo (eventos simultâneos) envolverá um aumento na guerra, nos distúrbios étnicos, nas fomes, pestilências e terremotos. Em vez de uma influência universal da verdade e da paz, haverá falsos profetas e a iniqüidade abundará. A tribulação será a porção da Igreja naqueles dias. A verdadeira religião estará quase extinta. Quando Jesus retornar, achará fé na terra? (Lucas 18:8). A resposta não é um “sim” ressoante como muitos responderiam; nem é “não”; mas a resposta é um quieto e hesitante “sim, Deus preservará Sua igreja em fé” Mas isto requererá Sua graciosa abreviação daqueles dias.
Rogamos que estudem Mateus 24 e Apocalipse 20, além de outras porções relevantes das Escrituras. Coloque de lado todas opiniões privadas, e se deixem ser guiados pelo Espírito e pela Palavra. Faça isto somente depois de ter orado. Cremos que vocês verão que vivemos perto do final do milênio, esse período de tempo que se estreita desde a primeira vinda de Cristo até o Seu retorno. Nesta era deve ser observado um desenvolvimento duplo: o mundo aumenta em pecado e impiedade até que o Anticristo seja revelado e estiver maduro para a destruição; a Igreja será reunida e salva; todos, até o último dos escolhidos! Então Cristo virá. E com Ele o fim!









PRÉ-MILENISMO

O pré-milenismo, ou pré-milenarismo, é a visão de que a segunda vinda de Cristo irá ocorrer antes de Seu Reino Milenar, e que o Reino Milenar é um reinado de um período literal de 1000 anos. Para que possamos compreender e interpretar as passagens nas Escrituras que lidam com os eventos do fim dos tempos, há duas coisas que precisamos claramente entender: (1) um método próprio de interpretar as Escrituras, e (2) a distinção entre Israel (os judeus) e a Igreja (o corpo de todos os crentes em Jesus Cristo).

Primeiramente, um método próprio de interpretação das Escrituras requer que estas sejam interpretadas de uma forma que seja consistente com seu contexto. Isto significa que a passagem deve ser interpretada de forma consistente com o público para a qual foi escrita, aqueles de quem se escreve, por quem foi escrita, etc. É de crítica importância conhecer o autor, o público alvo e o contexto histórico da passagem interpretada. O pano de fundo histórico e cultural freqüentemente revela o significado real da passagem. É importante também não esquecer que as Escrituras interpretam as próprias Escrituras. Ou seja, freqüentemente uma passagem cobrirá um tópico ou assunto que também o é em outra parte da Bíblia. É importante interpretar todas estas passagens de forma consistente umas com as outras.

Finalmente, e mais importante, as passagens devem ser sempre vistas em seu significado normal, regular, simples e literal, a não ser que o contexto da passagem indique que esta se dá de forma figurativa por natureza. Uma interpretação literal não elimina a possibilidade do uso de figuras de linguagem. Ao contrário, encoraja o intérprete a não ler linguagem figurativa no significado de uma passagem a não ser que seja apropriado para aquele contexto. É crucial que nunca se busque um significado “mais profundo, mais espiritual” do que o que é apresentado. Isto é perigoso, porque quando acontece, a base da interpretação exata é colocada na mente do leitor, ao invés de vir direto das próprias Escrituras. Neste caso, não haverá qualquer padrão objetivo de interpretação, mas ao invés disso, as Escrituras se tornam sujeitas à impressão própria de cada pessoa a respeito do que significa. II Pedro 1:20-21 nos lembra: “Sabendo primeiramente isto: que nenhuma profecia da Escritura é de particular interpretação. Porque a profecia nunca foi produzida por vontade de homem algum, mas os homens santos de Deus falaram inspirados pelo Espírito Santo.”

Ao aplicar estes princípios de interpretação bíblica, devemos ver que Israel (os descendentes físicos de Abraão) e a Igreja (todos os crentes) são dois grupos distintos. É crucial reconhecer e compreender que Israel e a Igreja são distintos, pois se isto for mal compreendido, a Escritura será mal interpretada. Especificamente, as passagens que lidam com promessas feitas a Israel (tanto as cumpridas quanto as não-cumpridas) tendem a ser mal compreendidas e mal interpretadas ao se tentar fazer com que se apliquem à Igreja, e vice versa. Lembre-se que o contexto da passagem irá determinar a quem se dirige e irá mostrar qual a interpretação mais correta!

Tendo em mente tais conceitos, daremos uma olhada em várias passagens da Escritura que lidam com a visão pré-milenar. Comecemos com Gêneses capítulo 12 versos 1-3. Esta passagem diz: “Ora, o Senhor disse a Abrão: Sai-te da tua terra, da tua parentela e da casa de teu pai, para a terra que eu te mostrarei. E far-te-ei uma grande nação, e abençoar-te-ei e engrandecerei o teu nome; e tu serás uma bênção. E abençoarei os que te abençoarem, e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; e em ti serão benditas todas as famílias da terra.”

Aqui, Deus promete três coisas a Abraão: que Abraão teria muitos descendentes, que sua nação teria posse e ocuparia a terra e que uma bênção universal viria a toda a humanidade, fora da linha de descendência de Abraão (os judeus). Em Gênesis 15:9-17, Deus confirma Seu pacto com Abraão. Da forma que isto é feito, Deus toma sobre Si toda a responsabilidade pelo pacto. Ou seja, não há nada que Abraão pudesse ou não fazer que invalidasse o pacto feito por Deus. Também nesta passagem, as fronteiras são estabelecidas para a terra que os judeus um dia ocupariam. Para uma lista detalhada das fronteiras, veja Deuteronômio 34. Outras passagens que lidam com a promessa da terra: Deuteronômio 30:3-5 e Ezequiel 20:42-44.

II Samuel capítulo 7 lida com o reinado de Cristo durante o milênio. II Samuel 7 versículos 11-17 registra uma promessa feita por Deus ao Rei Davi. Aqui, Deus promete a Davi que ele terá descendentes, e destes descendentes Deus estabelecerá um reino eterno. Isto se refere ao reinado de Cristo durante o Milênio, e para sempre. É importante ter em mente que esta promessa deve ser cumprida literalmente, e ainda não o foi. Alguns creriam que o reinado de Salomão foi o cumprimento literal desta profecia, mas há um problema com isto: O território sobre o qual Salomão reinou não pertence a Israel hoje, e Salomão tampouco reina sobre Israel hoje! Lembre-se de que Deus prometeu a Abraão que sua descendência teria posse da terra para sempre, o que ainda não aconteceu. Além disso, II Samuel 7 diz que Deus estabeleceria um Rei que reinaria pela eternidade. Por isto, Salomão não poderia ser um cumprimento da promessa feita a Davi. Sendo assim, esta é uma promessa que ainda não foi cumprida!

Agora, com tudo isto em mente, examine o que está registrado em Apocalipse 20:1-7: “E vi descer do céu um anjo, que tinha a chave do abismo, e uma grande cadeia na sua mão. Ele prendeu o dragão, a antiga serpente, que é o Diabo e Satanás, e amarrou-o por mil anos. E lançou-o no abismo, e ali o encerrou, e pôs selo sobre ele, para que não mais engane as nações, até que os mil anos se acabem. E depois importa que seja solto por um pouco de tempo. E vi tronos; e assentaram-se sobre eles, e foi-lhes dado o poder de julgar; e vi as almas daqueles que foram degolados pelo testemunho de Jesus, e pela palavra de Deus, e que não adoraram a besta, nem a sua imagem, e não receberam o sinal em suas testas nem em suas mãos; e viveram, e reinaram com Cristo durante mil anos. Mas os outros mortos não reviveram, até que os mil anos se acabaram. Esta é a primeira ressurreição. Bem-aventurado e santo aquele que tem parte na primeira ressurreição; sobre estes não tem poder a segunda morte; mas serão sacerdotes de Deus e de Cristo, e reinarão com ele mil anos. E, acabando-se os mil anos, Satanás será solto da sua prisão.”

Os mil anos que são repetidamente mencionados em Apocalipse 20:1-7 correspondem ao reinado literal de 1000 anos de Cristo sobre a terra. Lembre-se de que a promessa feita a Davi a respeito do que reinaria tinha que ser cumprida literalmente, e ainda não o foi. O Pré-milenialismo vê esta passagem como descrevendo o futuro cumprimento daquela promessa com Cristo no trono. Deus faz pactos incondicionais tanto com Abraão e Davi. Nenhum destes pactos foi ainda completamente ou permanentemente cumprido. Um reinado físico e literal de Cristo é a única maneira para que os pactos sejam compridos, da forma que Deus prometeu que seriam.

A aplicação de um método literal de interpretação da Escritura resulta nas peças do quebra-cabeça se juntando. Todas as profecias do Velho Testamento que tratavam da primeira vinda de Jesus foram literalmente cumpridas. Por isto, devemos esperar que as profecias a respeito de Sua segunda vinda sejam também cumpridas literalmente. O Pré-milenialismo é o único sistema que concorda com uma interpretação literal dos pactos de Deus e profecia do fim dos tempos.




O ERRE DO PRÉ-MILENISMO
Como uma pessoa vê os eventos que cercam o retorno de Jesus Cristo em glória é determinado largamente pela interpretação dada ao termo milênio (mil anos – veja Apocalipse 20:1-7). Como foi apontado no artigo prévio, há três interpretações: pós-, pré- e a-milenismo. Temos visto que pós-milenismo é aquela visão otimista que sustenta que Cristo retornará depois do milênio (um longo período de tempo, não necessariamente de mil anos exatos), e encontrará o mundo completamente Cristianizado com somente uns poucos vestígios de pecado remanescente. Será uma era dourada de justiça e paz, a maioria da humanidade será salva, e as guerras desaparecerão da face da terra. Foi mostrado que tal conceito não pode ser harmonizado com muitas porções das Sagradas Escrituras e, portanto, deve ser rejeitado.
Considerando o pré-milenismo, a primeira dica que alguém recebe de que esta visão não pode ser o ensino da Palavra de Deus é  a assombrosa falta de acordo entre os próprios pré-milenistas. Se as Escrituras apresentam as últimas coisas como esta visão insiste, não deveria haver unanimidade em tudo, exceto, talvez, em alguns pontos menores? Mas este não é o caso. A definição que ofereceremos não é, portanto, representativa de todos pré-milenistas, mas é suficientemente geral para incluir a maioria: o pré-milenismo histórico é a visão das últimas coisas que sustenta que a segunda vinda de Cristo será seguida por um período de paz (exatamente mil anos) durante o qual tempo Cristo reinará sobre esta terra num reino terreno; então, virá o fim. Uma forma mais radical desta visão é o dispensacionalismo. Os dispensacionalistas dividem a história da humanidade em sete períodos ou dispensações distintas, e ensinam que Deus trata com a raça humana durante cada período de acordo com um princípio distinto: inocência, consciência, governo humano, promessa, lei, graça e reino. Além do mais, esta visão insiste que a Igreja será removida da terra antes da grande tribulação (veja Mateus 24:29). Esta última visão, desenvolvida por John N. Darby na Inglaterra por volta de 1830, e disseminada neste país pela Bíblia de Referência Scofield, é realmente o fenômeno único chamado Pré-Milenismo Americano. Ele não é ensinado na Bíblia, mas na Bíblia de Referência Scofield. Não confundam as duas. A Bíblia é a infalível Palavra de Deus; a Bíblia de Referência Scofield é um comentário enganoso que contém “notas explicativas” na mesma página do texto da Escritura. O Pré-Milenismo nunca foi incorporado em nenhum dos credos, mas é uma interpretação privada de indivíduos de muitas denominações. Nunca foi mantido por teólogos destacados, nem ensinado em seminários onde a erudição e a exegese são proeminentes, mas por vários grupos Pentecostais e de Santidade, e Institutos Bíblicos. Hoje, isto parece ter mudado um pouco. O Pré-Milenismo parece estar invadindo aos poucos a comunidade Reformada. E é para contra-atacar esta tendência, e para oferecer ao povo de Deus algumas diretrizes escriturísticas para julgamento, que examinaremos brevemente esta visão errônea.
Tenhamos claramente em mente o seguinte. Seus principais distintivos são: 1. Os judeus são originalmente o povo de Deus, pelo qual Deus se interessou; eles são Seu povo do Reino. A eles Deus falou o Antigo Testamento inteiro e a eles Ele prometeu o Messias. 2. Quando Cristo veio, Ele não foi reconhecido nem crido pela maioria dos judeus. Esta contingência não tinha sido prevista pelos profetas, nem era o plano original de Deus. Contudo, visto que Israel, as dozes tribos, rejeitou o Cristo, como um expediente Ele lançou mão dos gentios, cujo povo constitui a Igreja em distinção do Reino. Dessa forma, a Igreja é um parêntese na história. Ela começou na cruz e terminará no começo do milênio. Além do mais, isto implica que a Escritura foi escrita para dois receptores distintos. Parte é para os judeus – o Antigo Testamento inteiro, a maior parte dos Evangelhos e especialmente o Sermão do Monte, e partes do Apocalipse. As epístolas mais outras partes do livro de Apocalipse são para a Igreja. 3. Em qualquer momento, sem sinais ou anúncio, haverá um Rapto. Veja 1 Tessalonicenses 4:13-17, Mateus 24:40-41 e Mateus 25:13. Por Rapto se quer dizer a vinda súbita e secreta de Cristo para tomar para Si, nos ares, os corpos dos santos vivos e ressuscitados. Os ímpios permanecerão no túmulo. Esta é a segunda vinda de Cristo para os Seus santos e é conhecida como a primeira ressurreição. 4. Depois se segue um período de sete anos chamado a Tribulação (a septuagésima semana de Daniel 9:24-27). Durante este tempo todos os eventos de Apocalipse 4:9 e Mateus 24 acontecerão. A Igreja, contudo, não estará sob a tribulação, mas estará com seu Senhor nos ares. 5. Então Cristo virá com os Seus santos para esta terra novamente na Revelação [Manifestação]. Neste tempo há uma segunda ressurreição daqueles santos que morreram durante a tribulação. A segunda vinda de Cristo introduz o Milênio. 6. Com o advento do Milênio, os tempos proféticos retornam, pois Deus se volta para o Seu povo favorecido, os judeus. Cristo vem para esta terra e reina num reino terreno de paz e prosperidade, um reino que tem o seu centro em Jerusalém. Os judeus são restaurados a Palestina, e à vista do Messias se voltam para Ele numa grande conversão nacional. No princípio deste período Satanás é amarrado, e Cristo destrói o Anticristo na batalha do Armagedon. A maldição é removida da natureza: os desertos florescem e os animais selvagens são amansados. Grandes números de gentios são também convertidos e incorporados a este Reino. 7. No final do Milênio, Satanás é solto por um pouco de tempo. 8. Então acontece a terceira ressurreição, a dos ímpios no final do mundo. Eles são julgados com o Diabo e seus anjos, achados em falta e designados a sentir para sempre o aguilhão do inferno. 9. Finalmente, o estado eterno com toda a plenitude do céu e a ausência do inferno é introduzido. Alguns dizem que todos os redimidos são reunidos num Novo Céu e Nova Terra. Outros mantêm que o Reino e a Igreja estarão separados para sempre; um na Palestina terrena, e a outra no céu.
O exposto acima é uma apresentação altamente condensada e grandemente simplificada do assunto. Alguns autores listam até  22 eventos separados. Muitos pregadores pré-milenistas devem utilizar quadros complicados espalhados na fachada do edifício da igreja para estarem seguros de que eles estão sendo seguidos. Um catálogo curto dos pontos importantes do pré-milenismo é o seguinte: sete dispensações, oito pactos, duas segundas vindas, três ou quatro ressurreições, e pelo menos quatro julgamentos. É difícil conceber isto como sendo o ensino da Bíblia, que foi escrita numa linguagem simples para pessoas simples; sim, para crianças. Agora, nos dirigiremos à refrescante, não complicada e clara Palavra de Deus, para obter luz nestes assuntos.
Como fundamento para todo pensamento Pré-Milenista, está a separação feita entre a velha dispensação de Israel e a nova dispensação da Igreja. A questão é: Israel é o povo do Reino de Deus e os gentios Sua igreja? Ou Israel é um conceito espiritual, de forma que Israel é a Igreja e a Igreja é Israel? Se a unidade básica do pacto da graça pode ser estabelecida; se Abraão, por exemplo, e os gentios do Novo Testamento são um aos olhos de Deus; se Deus trata com Seu povo em todas as épocas de acordo com um mesmo princípio – fé, então o Pré-Milenismo cai, e pode somente ser chamado de um engenhoso mal-uso das Escrituras. Com aquele homem de Fé, Abraão, a quem os judeus orgulhosamente traçam sua ancestralidade, Deus estabeleceu Seu pacto eterno de graça. Gênesis 17:7. Esse pacto foi estabelecido mais adiante com a descendência de Abraão. Gênesis 22:17. O Senhor deixa claro que em Sua semente (Cristo) todas as nações da terra serão benditas. Gênesis 22:18. No livro de Gálatas, Paulo (o apóstolo dos gentios), toma o exemplo de Abraão quando repreende os insensatos gálatas por sua tentativa de justiça pelas obras. Ao deixar claro que Deus toma a fé em Cristo por justiça, o apóstolo fala estas maravilhosas palavras: “Sabei, pois, que os que são da fé são filhos de Abraão” (Gálatas 3:7). Mais tarde escreve: “Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se maldição por nós; porque está escrito: Maldito todo aquele que for pendurado no madeiro; para que a benção de Abraão chegasse aos gentios por Jesus Cristo”. Ele concluiu este capítulo com as palavras: “Não há judeu nem grego; não há servo nem livre; não há macho nem fêmea; porque todos vós sois um em Cristo Jesus. E, se sois de Cristo, então sois descendência de Abraão, e herdeiros conforme a promessa” (Gálatas 3:28-29). Pode alguém deixar de nota a unidade da obra de redenção de Deus? A semente de Abraão, o verdadeiro Israel espiritual, é composta de todos aqueles a quem foi dado fé em Seu Filho amado. Em íntima conexão com o acima exposto está o fato que Paulo também enfatizou a unidade da Igreja de todas as eras em passagens tais como Romanos 9:6-9, Efésios 2:19-22, Efésios 4:4-6 e Colossenses 1:16-20. O próprio Jesus como o Bom Pastor estava intensamente consciente da unidade daqueles que Deus lhe havia dado para redimir; Ele disse aos judeus no pórtico de Salomão: “Ainda tenho outras ovelhas que não são deste aprisco; também me convém agregar estas, e elas ouvirão a minha voz, e haverá um rebanho e um Pastor” (João 10:16).

Em segundo lugar, o texto mais referido pelos Pré-Milenistas, 1 Tessalonicenses 4:13-17, simplesmente não prova um “rapto” súbito e silencioso e uma ressurreição separada dos justos e ímpios. Em vez disso ensina: um retorno visível e notável (grito, voz, trombeta) de Cristo; a ressurreição dos corpos dos santos mortos seguida imediatamente pela translação daqueles que estiverem vivos na vinda de Cristo, sem dizer nada sobre os ímpios; que os santos estarão para sempre com o Senhor deles, sugerindo não que eles retornem a esta terra mundana novamente em seus corpos glorificados, espirituais e incorruptíveis, mas que eles permanecerão com Cristo em glória celestial! Além do mais, o próprio Cristo deixa claro que haverá apenas uma ressurreição: “Não vos maravilheis disto; porque vem a hora em que todos os que estão nos sepulcros ouvirão a sua voz. E os que fizeram o bem sairão para a ressurreição da vida; e os que fizeram o mal para a ressurreição da condenação” (João 5:28,29). As Escrituras revelam UMA segunda vinda de Cristo, UMA ressurreição em Sua vinda e UM julgamento.

O método de interpretação seguido pelos aderentes deste sistema é um defeituoso. Uma regra saída é que as passagens difíceis da Palavra, e certamente Apocalipse 20 o é, devem ser explicada à luz de textos mais simples. Contudo, alguém não pode escapar do sentimento de que com esta visão, uma teoria preconcebida é trazida à Escritura, passagens difíceis são apeladas como prova e então, se tenta fazer com que as passagens mais simples se encaixem com a teoria. O resultado é uma divisão violenta da Palavra e, portanto, da obra redentora de Deus! Sua Palavra é uma (apresentada em dois testamentos, profecia e cumprimento), e a redenção de Jesus Cristo é uma!
Positivamente, vivemos perto do fim do que Apocalipse chama de “mil anos”. Este milênio começou em Pentecostes e terminará quando o tempo e a história terminarem. Cristo retornará pessoalmente e visivelmente, chamará os mortos dos sepulcros e dos mares, julgará todos os homens de acordo com suas obras, e colocará Suas ovelhas num só rebanho, a casa celestial com muitas moradas! Que a verdade Reformada continue sendo proclamada que “o Filho de Deus reúne, protege e conserva, dentre todo o gênero humano, sua comunidade eleita para a vida eterna. Isto Ele fez por seu Espírito e sua Palavra, na unidade da verdadeira fé, desde o princípio do mundo até o fim” (Catecismo de Heidelberg, Domingo XXI). Benditos aqueles são membros vivos dela!




AMILENISMO

O Erro Pós-Milenista ou
A Idade Dourada da Justiça e da Paz

por Rev. D. H. Kuiper 

A importância do retorno de Jesus Cristo para a Igreja dificilmente poderá ser superenfatizada. Ele é um aspecto da promessa que espera cumprimento. É a final e coroadora obra no processo completo da redenção. É, portanto, o objeto de desejo de esperança que existe em todo santo. O retorno de Cristo: a ressurreição do corpo ... e o julgamento final..a renovação de todas as coisas ... a glória eterna!
Falando de uma forma geral, há três visões que buscam apresentar a verdade das Escrituras sobre a segunda vinda de Jesus e o reino que Ele aperfeiçoará. Estas visões diferem de acordo com a interpretação dada à palavra milênio (do latin millenium – mille, mil; eannum, ano). Esta palavra ocorre apenas seis vezes nas Escrituras e todas no capítulo 20 de Apocalipse, uma porção admitidamente difícil e simbólica da Palavra. À palavra milênio são adicionados vários prefixos (pós-, pré- e a-), e dessa forma, designando uma visão particular com respeito aos mil anos. O pré-milenismo toma o milênio literalmente e mantém que Cristo voltará e então reinará sobre esta terra por exatamente mil anos. O pós-milenismo toma a palavra figurativamente, denotando um longo período de tempo pertencente à parte final desta era Cristã, e imediatamente antes do aparecimento de Cristo. O amilenismo também interpreta o milênio simbolicamente; só que ele mantém que o mesmo se refere a toda a era Cristã. Nos propomos chamar vossa atenção a estas posições nesta série de três artigos, sujeitado-os à luz da Escritura, na esperança de que sejam construtivos à nossa fé e esperança. Começaremos com uma consideração do pós-milenismo.
Faremos bem em deixar que um pós-milenista defina sua própria posição: “Pós-Milenismo é aquela visão das últimas coisas que sustenta que o Reino de Deus está sendo agora estendido no mundo através da pregação do Evangelho e da obra salvadora do Espírito Santo; que o mundo será finalmente Cristianizado, e que o retorno de Cristo ocorrerá no término de um longo período de justiça e paz freqüentemente chamado o Milênio” (Loraine Boettner – ver livro online aqui). Esta definição é representativa daqueles que sustentam esta visão. Desejamos desenvolver alguns de seus elementos para que suas implicações estejam claramente diante de nós.
Sem qualquer hesitação, o pós-milenismo declara que a maioria da humanidade será salva em Jesus Cristo. Se isto não foi verdade nos tempos do Antigo Testamento, se isto não foi verdade nos tempos dos apóstolos, certamente não será verdade durante a era final do milênio. O pós-milenismo baseia esta alegação em passagens da Escrituras que falam da universalidade da salvação (Salmos 97:5; Malaquias 1:11; Atos 13:17), o mundo como o objeto da redenção em Cristo (João 1:29 e 3:16; 1 João 2:2), especialmente sobre Mateus 28:18-20, onde Cristo diz: “É-me dado todo o poder no céu e na terra. Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinado-os a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias até a consumação dos séculos.” Neste texto o pós-milenismo vê que Cristo tem tanto a capacidade como o direito de Cristianizar o mundo inteiro. Por causa desta promessa de Cristo, o número dos redimidos será aumentado até que sobrepuje o número dos perdidos.
Novamente, sem hesitação, o pós-milenismo declara que o mundo está se tornando melhor; existem períodos curtos durante os quais pode parecer que as forças do mal estão ganhando, porém, se olharmos para trás, através do estender-se da história, veremos inequivocamente progresso e melhoramento espiritual. Sempre o pecado será encontrado no mundo, até mesmo no fim do tempo. Mas sua influência será diminuída, e os ímpios serão a minoria. Os princípios e as condutas Cristãs se tornarão os padrões aceitáveis, tanto para a vida púbica como para a privada. A educação, os negócios, o governo, a indústria e toda a sociedade estarão sob o domínio da vida e do pensamento Cristão. Isso não pode ser já observado? A escravidão e a poligamia são praticamente inexistentes. A função das mulheres e das crianças melhorou grandemente neste século. As nações têm começado a cooperar de maneira que a arbitração substitui a guerra e o derramamento de sangue. A Bíblia, em outro tempo de preservação privada do clero, tem sido traduzida, e impressa em centenas de línguas nativas. Aproximadamente dez milhões de cópias são vendidas anualmente, de forma que noventa e oito por cento das pessoas do mudo a têm em suas casas. A obra missionária floresce: o Cristianismo está a ponto de se tornar A religião mundial. E se o progresso não tem sido tão rápido ou extensivo como poderíamos desejar, a culpa deve ser posta na Igreja por não lutar seriamente para evangelizar o mundo em resposta ao mandamento de Cristo.
Em lealdade, deve ser também mencionado que o pós-milenismo crê  que estas mudanças acontecerão, não naturalmente, nem devido a algum processo evolucionário operando na raça humana, mas pela pregação do Evangelho de Jesus Cristo e a poderosa obra do Espírito nos corações dos homens. Esse evangelho deve ser pregado. Então, o futuro mostrará que o melhor está por vir; guerra e derramamento de sangue cessarão (Isaías 2:4), a corrupção desaparecerá e um longo período de justiça e paz (o milênio) virá a este mundo! Sua vontade será feita na terra assim como no céu. Cristo retornará ao mundo nessa condição dourada. Ele trará um fim a esta presente era, e os reinos deste mundo serão o reino de Cristo (Apocalipse 11:15).
Estamos convencidos de que o que foi dito anteriormente não  é a verdade da Escritura. Embora o pós-milenismo creia que a Bíblia é a Palavra de Deus, não obstante, ele erra grandemente na interpretação de muitas passagens das Escrituras e, portanto, também cai em erro com respeito ao milênio. No restante deste artigo, mostraremos este erro.
Estranhamente pode ser mostrado a partir dos jornais diários o oposto exato do pós-milenismo; alguém não lê de nações resolvendo disputas por meio da arbitragem. Os Estados Unidos já provou ser uma farsa esta esperança. As guerras continuam, e ainda aumentam! Alguém lê de crimes aumentando geometricamente, de modo que incontáveis áreas desta terra [UE] (supostamente a mais avançada e Cristã, levará outros a Cristo) são inseguras para a vida normal. Os anúncios de filmes e as análises de livros, os atos públicos de violência e desordem estudantis; tudo isto, mostra que a Cristianização destas áreas não começou. Nem jamais passará perto dos níveis otimistas descritos acima. As guerras mundiais passadas mais as numerosas guerras restritas deveriam demolir tal otimismo. Estes eventos continuam a ser assim diariamente. O tempo presente não se compara tão favoravelmente com a Idade Média. O pecado aumentou, embora tenha, talvez, tomado uma forma mais sutil e “refinada.” A civilização não pode ser erroneamente tomada como fruto do evangelho.
O decisivo para o Cristão é o que a Palavra de Deus diz das realidades concernentes à salvação, ao pecado, ao milênio e às últimas coisas. O pós-milenismo ou ignora certas passagens da Escritura ou lhes dá um significado muito forçado e não natural. Certamente Deus revelou Sua vontade de salvar em Jesus Cristo um número relativamente pequeno de homens, enquanto o resto d humanidade perece. O exército de redimidos constituirá uma vasta multidão, não há dúvida; porém, comparado com os perdidos, deve ser chamada uma minoria. Mateus 22:14 declara que muitos são chamados, mas poucos escolhidos. Muitos, nem sequer todos os homens, ouvem a pregação da Palavra, mas poucos são escolhidos para serem salvos pela Palavra para glória. Para a maioria a pregação é meramente um testemunho que lhes deixa sem escusa. A Igreja de Cristo é chamada de um pequeno rebanho (Lucas 12:32) e de uma cabana na vinha (Isaías 1:8). Estes termos nos proíbem dizer que a maioria dos homens será salva, em qualquer era.
Em segundo lugar, há o tremendo testemunho do capítulo 24 de Mateus. Ninguém pode crer nestas palavras e ainda manter uma idade dourada de justiça e paz, a qual será obtida justamente antes do retorno de Cristo. Jesus nos diz aqui que o sinal de Sua vinda e do fim do mundo (eventos simultâneos) envolverá um aumento na guerra, nos distúrbios étnicos, nas fomes, pestilências e terremotos. Em vez de uma influência universal da verdade e da paz, haverá falsos profetas e a iniqüidade abundará. A tribulação será a porção da Igreja naqueles dias. A verdadeira religião estará quase extinta. Quando Jesus retornar, achará fé na terra? (Lucas 18:8). A resposta não é um “sim” ressoante como muitos responderiam; nem é “não”; mas a resposta é um quieto e hesitante “sim, Deus preservará Sua igreja em fé” Mas isto requererá Sua graciosa abreviação daqueles dias.
Rogamos que estudem Mateus 24 e Apocalipse 20, além de outras porções relevantes das Escrituras. Coloque de lado todas opiniões privadas, e se deixem ser guiados pelo Espírito e pela Palavra. Faça isto somente depois de ter orado. Cremos que vocês verão que vivemos perto do final do milênio, esse período de tempo que se estreita desde a primeira vinda de Cristo até o Seu retorno. Nesta era deve ser observado um desenvolvimento duplo: o mundo aumenta em pecado e impiedade até que o Anticristo seja revelado e estiver maduro para a destruição; a Igreja será reunida e salva; todos, até o último dos escolhidos! Então Cristo virá. E com Ele o fim!

COMENTÁRIO PÓS-MILENISTA

peço desculpa,mas me parece que o pré-milenismo não histórico e o dispensacionalismo são as posições mais longe da verdade bíblica,apoiando-se mais em fição criada por homens e em insights de "profetas" que não teem a menor noção de como se deve intrepretar a Escritura...as 7 igrejas da Ásia são 7 igrejas ao longo do tempo?Quem é a besta?hitler?bush?bill gates?a internet (www...) o papa? por favor..se os irmãos forem sinceros verão por quantas alterações este sistema escatológico tem sofrido, como tem sido alterado pelos homens ao longo dos tempos,adaptando os acontecimentos a Escritura e não o contrário..sou pós milenista e preterista não por achar que "convém" mas sim porque estas posições se embasam em verdade bíblica,promessas ao longo do A.T. e N.T.e num estudo profundo e seguindo os principios "a Escritura intrepreta a própria Escritura",sendo a posição ortodoxa do cristianismo primitivo e da Igreja pós-reforma 1525,para além de que os maiores teologos que existiram eram pós milenistas (agostinho,calvino,os puritanos,john owen,spurgeon,só para citar alguns)..e se a Igreja não foi criada pelo Senhor Jesus para influenciar o mundo, ser sal da Terra..então para que estamos aqui??não seria mais fácil irmos diretos ao Céu assim que nos convertessemos?em relaçao a apostasia que acontece hoje em dia,de relembrar que os grandes avivamentos espirituais sempre são precedentes de alturas em que o pecado e a impiedade parecem governar..não foi assim nos dias de Cristo? e na Reforma Protestante? sobre o Cristianismo, ele tem crescido em número SIM ao longo dos tempos,basta ver onde ele começou, naquele pequeno país chamado Israel e onde hoje ele se encontra espalhado..consideram-se poucos os salvos hoje me dia? e depois? não será Deus poderoso para despertar um avivamento jamais visto em todo o mundo?nao sera ele poderoso para salvar nações inteiras e TODOS os individuos ai habitantes?Ele não faz o que lhe aprouve e quem lhe pode questionar (dan 4.35)? eu creio no seu poder salvifico que a obra de Jesus não foi assim tão em vão como a querem fazer e que o grande acontecimento que mudará a história do mundo não sera a vinda do anti-cristo e a segunda vinda do Senhor..na verdade,foi a vinda do Senhor..mas a primeira quando ele venceu a morte e disse "ide"..ai a nossa vitoria foi consumada e as trevas começaram a ser dissipadas.se o mundo hoje nao esta como desejamos,e porque a Igreja nao tem exercido o dominio e a sua influencia que lhe cabe..ao fim de contas,todo o poder nos foi dado,mat 28:18-20,nao e verdade?

RESENHA DO LIVRO: A Escatologia do Novo Testamento



RESENHA DO LIVRO: A Escatologia do Novo Testamento

Russell Shedd nasceu na Bolívia, onde seus pais, Leslie Martin e Della Johnston eram missionários entre os índios. Aos cinco anos Shedd esteve pela primeira vez nos Estados Unidos, onde completou seus estudos e graduou-se em teologia pela Wheaton College. Diplomou-se Ph.D. em Novo Testamento pela Universidade de Edimburgo, Escócia.
É autor de vários livros, dentre os quais estão A Justiça Social e a Interpretação da Bíblia, Disciplina na Igreja, A Solidariedade da Raça, Justificação, A Oração e o Preparo de Líderes Cristãos, Fundamentos Bíblicos da Evangelização, Teologia do Desperdício, Criação e Graça: reflexão sobre as revelações de Deus, todos publicados pelas Edições Vida Nova ou pela Shedd Publicações.
Este livro ( A Escatologia do Novo Testamento) Russell Shedd visa orientar os cristãos sobre a compreensão dos eventos futuros conforme as interpretações dos teólogos com suas defesas e posições, como o pré-milenismo, pré-tribulacionismo, Amilenismo e Pós-milenismo.  Pós-milenismo - essa linha de raciocínio não especifica uma data para o início do Milênio. Tem a concepção de algo parecido com um milênio já inaugurado e a chegada do Reino de Deus de forma gradual, lentamente; Amilenismo - essa outra corrente nega um milênio terrestre propriamente dito, em que Cristo reinará; Pré-milenismo - aquele que crê em um reino literal de Cristo na face da terra por um período de mil anos, que se iniciará com a sua vinda, inaugurando-o. Ele se entende também como o ponto de vista que situam o arrebatamento e a vinda de Cristo antecedendo o Milênio. Pré-tribulacionismo - o que defende o arrebatamento da igreja para antes da Grande tribulação, colocando-a fora de cena no período tribulacional. São posições que se divergem e são capazes de transformar nossa fé e motivação, num viver santo diante de Deus ou num desleixo de má interpretação. Ele leva-nos a refletir biblicamente sobre as coisas futuras ditas por Jesus nos evangelhos em suas parábolas e nas epístolas de Paulo, juntamente com as epístolas de Hebreus as cartas gerais e principalmente o livro do Apocalipse.
A primeira preocupação do autor e definir a hermenêutica correta pois ela é a questão fundamental para uma boa interpretação das Escrituras. Ele mostra o histórico dos teologos que começaram com os questionamentos das coisas futuras ditas na Bíblia e suas profecias. Assim ele analisa as diferenças das posições e o porque foram interpretadas nos textos bíblicos.
O autor destaca a relevância do Novo Testamento dizendo que ele “tem muito a dizer sobre a escatologia, oferecendo campo amplo para os intérpretes da Bíblia criarem seus sistemas ou quadros sobre o fim” (SHEDD, 1999, p.8).
Shedd relata os textos dos evangelhos onde Jesus fala sobre sua segunda vinda, admoestando a Igreja com a esperança verdadeira, dando assim orientações para que não sejam os cristãos enganados pelos falsos profetas.
Quando o autor trata sobre a escatologia nos Evangelhos ele afirma que não tem muita clareza da ordem das coisas que vão acontecer e nem de quando acontecerão. O que eu achei interessante neste capítulo foi a ênfase que o Senhor Jesus deu não no “quando”, mas no “ser”, precisamos sair dessa teologia de escapismo de “arrebatamento” e entendermos de vez que devemos ser santos porque Ele é Santo,e não porque corremos o risco de não sermos “arrebatados”.Ele falou mais sobre a necessidade de nos encontrarmos fiéis no tempo do fim. Ele nos advertiu contra o esfriamento do amor, dos constantes enganos que haveriam, da falta de visão missionária, da infidelidade no ministério, da perseguição por causa de Seu nome. Sua maior preocupação no ensino não era dizer quando tudo isso iria acontecer (apesar da insistência de seus discípulos), mas em que seus seguidores fossem achados fiéis quando ele voltasse, assim como as virgens foram prudentes.
Em Atos o autor mostra os textos que Jesus Cristo fala que para seu retorno ao reinado era necessário que os apóstolos levassem a Boas novas da Salvação até aos confins da terra. E para isso Ele levaria um bom tempo para retornar. Como ele mesmo disse “Cristo está sentado no trono de Seu Pai dirigindo a seus servos e concedendo-lhes o poder para testemunhar das boas novas da sua salvação a todas as raças e povos” (SHEDD, 1999, p.30).
Tempos e épocas são reservados pela autoridade do Pai e Nossa preocupação deve ser testemunhar até os confins da terra e não restabelecimento do reino em Israel Atos 3:20,21 tempos de refrigério, a restauração de todas as cousas. Romanos – 8:18-23 – a restauração dos nossos corpos na ressurreição dos justos vv 19,21,23 – cf Fp3:21; Israel será salvo , Rm11:15,25,26; A salvação deve preceder a ressurreição 11:15; 1Coríntios – 2 Coríntios – 1Co15:23-28. Cristo reina e vai reinar em sua vinda; Os mortos em Cristo e os vivos serão ressurretos e transformados – 1Co15: 51-56; Quando os crentes morrem, eles entram na casa não feita por mãos -2Co5:.
Russell explica os textos paulinos conforme sua interpretação coerente da Palavra de Deus, assim mostrando como ocorrerá a ressurreição dos mortos, ímpios e justos. Como Grier afirma em seu livro sobre escatologia que a vinda de Cristo para julgar foi “o centro e a real substância da pregação de Paulo aos gentios. Logo após estes acontecimentos Shedd relata os textos de Paulo relacionados ao arrebatamento, mostrando como aconteceram conforme os que Paulo disse em suas epístolas. ·Nas epístolas aos Hebreus, Russell Shedd apresenta o ponto de vista dos últimos dias nesta carta, mostrando os relatos dos textos das coisas vindouras que ainda não se cumpriram no livro. Ladd diz em seus estudos que alguns estudiosos insistem que o dualismo espacial dos dois mundos é o verdadeiro centro da teologia de Hebreus, e o dualismo escatológico é a sobra de uma tradição não assimilada. ·As epístolas gerais são avaliadas pelo Russell colocando cada uma em uma seqüência que mostra os acontecimentos conforme sua interpretação bíblica sobre cada um dos livros do Novo Testamento. O autor mostra ainda que na segunda epístola de Pedro parece haver uma flexibilidade na”. Segunda vinda de Cristo, pois esta não dependeria somente de Deus, como também da Igreja que não ficaria só esperando sua volta, mas seria ativa e cooperadora com Deus vivendo de maneira piedosa 2 Pedro 3.10,11,12,14, Atos 10: 37-39. Ladd complementa estes relatos de Shedd dizendo que as bênçãos do século futuro não estão mais exclusivamente no futuro; tornaram-se objetos da experiência presente. A morte de Cristo é um evento escatológico. Devido à morte de Cristo, o homem justificado já está do lado do século futuro no julgamento escatológico, absolvido de toda a culpa.
Ao chegar no livro do Apocalipse o autor mostra as dificuldades de interpretação dos textos relatados por João, assim mostra a dificuldade de má hermenêutica nestes textos. Por causa dos seus vários enigmas. Correndo o risco de muitas suposições sobre os eventos futuros.
Existem diversas interpretações como a Preterista – Mensagem dirigida aos leitores contemporâneos o Histórico – contínua - prediz o curso da história, principalmente da igreja. O dealista – reflete simplesmente o conflito entre o bem e o mal e o Futurista – os capítulos 4-19 falam dos eventos, que precedem a vinda, especialmente a Grande tribulação. O autor defende a possibilidade de a Igreja passar pela tribulação, pois da mesma forma como ocorreu perseguição e grande tribulação para os cristãos da antiguidade como sinal de purificação da igreja e precedência de paz, haveria também a necessidade de perseguição e sofrimento da Igreja antes do tempo de paz do milênio. Acredito que esta alternativa esteja mais baseada na lógica (comparando o que ocorreu com os mártires e que deveria ocorrer com a igreja hoje) do que em evidências da Bíblia. Querendo ou não a Igreja de Cristo está sofrendo, hoje, grande perseguição quer esta seja social, política ou física.
O autor diz que os 144 mil selados são compostos pela Igreja de judeus e gentios, mas outros autores discordam com sua posição por causa da validação do Antigo Testamento sendo cumprido no Novo Testamento, por isso não seriam a Igreja nem gentios, seriam judeus segundo a interpretação pré-milenista.
No momento das trombetas Shedd diz que elas serão como as pragas lançadas sobre o povo do Egito no livro de Êxodo. A visão da mulher e do dragão e as bestas mostrando assim a hostilidade de Satanás. 
Em Apocalipse capítulo 14 aparece um anjo com um evangelho eterno para ser pregado a todos os habitantes da terra, segundo Shedd representa que o fim só  chegará depois que todos os habitantes da terra tiverem o privilégio de terem ouvido as boas novas.
Um anjo vem do trono de Deus e proclama a colheita, todos os inimigos de Deus são lançados fora da cidade de Jerusalém para serem pisados, esses eventos segundo Shedd são a colheita e o lagar do julgamento.
Uma dos assuntos que mais gostei de me aprofundar nesta leitura foi o reinado dos crentes com Cristo durante o milênio defendido pelo prémilenismo. A igreja que voltará já glorificada com Cristo em sua segunda vinda reinará com ele sobre a terra durante mil anos. Os 12 apóstolos também exercerão cargo de governo sobre os judeus em seus 12 tronos prometidos pelo próprio Jesus. A Igreja glorificada também receberá governos e terá terras sob seu domínio. Esse será um tempo de paz e tranqüilidade convivendo entre si a igreja glorificada, os cristãos convertidos na tribulação e até mesmo não cristãos que sobreviveram à tribulação. Estes farão de tudo para andarem na linha não errando para não andarem contra o governo do mundo que será completamente justo e reto.
Eu particularmente gostei pelo fato de serem muito criativos, pois estou mais inclinado para dizer que, eu acredito que o Reino de Cristo já está entre nós Mt 12v28, e que o evangelho do Reino precisa ser pregado a todo mundo Mt 24v14, AP 14v6-8.
Não podemos interpretar o Apocalipse de forma literal devido a alta linguagem simbólica que tem esse livro, mil anos são literais, ou se trata de um período de tempo? E o que dizer de 2 Pe 3v8 Mas, amados, não ignoreis uma coisa, que um dia para o Senhor é como mil anos, e mil anos como um dia.
No entanto ainda tenho dúvidas quanto a esta questão. Se no milênio a promessa é de paz, tranqüilidade e prosperidade, como poderão conviver juntos incrédulos, cristãos contemporâneos e cristãos glorificados? O incrédulo continuará sob a influência do pecado, pois ele continuará sendo seu escravo. O homem incrédulo continuará sendo depravado e tendencioso a fazer o que é errado mesmo vivendo sob um governo justo e reto. Como pode haver paz e tranqüilidade se o pecado ainda estará presente com toda a sua influência maligna? Será que os cristãos convertidos na tribulação poderão apostatar da fé por influência destes pecadores?
Shedd retrata muito bem a questão da Babilônia com vestidos e jóias e um cálice cheio de abominação, a imoralidade de mãos dada com a idolatria, era a estratégia de Roma para atrair os homens para adora-los. Quando muitos pensam que se levantará uma prostituta sensual, vestida de vermelho toda pintada com aparência de prostituição carnal. A prostituta de Apocalipse era o império romano que oferecia benefícios materiais àqueles que adoravam o Imperador e os deuses Romanos, quem não adorasse era forçado a trabalhos escravos e até a morte. Não vamos ser precipitados em afirmar nada, mas no campo das hipóteses pode ser que se levante um governo ou algum tipo de sistema com essas características. O que João vê em Apocalipse é a prostituição espiritual e moral, os adoradores do verdadeiro Deus não se contaminarão com essa prostituição, adorarão unicamente o verdadeiro DEUS.
Segundo Shedd haverá um contraste entre a tristeza dos participantes nos benefícios e pecados da meretriz, e a santa alegria da comunidade de Deus. João viu a alegria de uma grande multidão pela remoção da meretriz, essa multidão  seria a igreja universalmente vitoriosa, provavelmente essa multidão é a mesma apresentada em Ap 7v9. O fim segundo Shedd, Cristo descerá pessoalmente derrotará seus inimigos, satanás será acorrentado então iniciará o reinado de Cristo na terra Ap 19. v19-21 20. v1-3.
No milênio satanás não terá nenhum tipo de influencia nesse mundo, estará acorrentado, os santos vão reinar com cristo e terão autoridade para julgar Ap 20 v3, os que morreram sem Cristo ressuscitaram após o milênio.
Quando Jesus se assentou para julgar os pecadores aterra e os céus fugiram da presença d´Ele Ap 20 v11, significa que a terra que hoje existe será extinguida para a criação de uma nova terra e novo céu II Pe 3v 10 essa será a nova Jerusalém para os cristãos Ap 21.Quem fizer parte dessa comunidade não sofrerá mais nenhum dano Ap 21 v4.
A igreja noiva encontrará com o seu noivo o cordeiro imaculado, JESUS, viverá eternamente ao seu lado o adorando dia e noite para todo o sempre Ap 22 v1-6.

Pastor Bruno Gomes.

BIBLIOGRAFIA:
LIVRO A ESCATOLOGIA DO NOVO TESTAMENTO
BIBLIA DE ESTUDO DAKE

Filosofia: O mito da caverna


Resenha do Livro de Filosofia, Encantamento e Caminho, de Vanildo de Paiva.
Sobre o autor:
Pe. Vanildo de Paiva também é autor do livro Catequese e Liturgia: duas faces do mesmo Mistério (Paulus). O livro traz reflexões e sugestões, que mostram como se dá a interação entre Catequese e Liturgia, na teoria e na vivência diária. Pe. Vanildo atua há muito tempo na formação catequética e litúrgica das comunidades, especialmente de catequistas, e faz parte do Grupo de Reflexão Catequética (GRECAT) da CNBB.

Sobre o livro: FILOSOFIA, ENCANTAMENTO E CAMINHO.
Capitulo Um: FILOSOFIA: O HOMEM NO CAMINHO DA VERDADE
A filosofia é convite e desafio à transcendência.”
O homem em busca da verdade quase sempre se engana quando julga tê-la plenamente alcançado, reduzindo-se a um único estilo de vida, seja religioso e transcendente, ou lógico e cientifico; de acordo com o autor: “a filosofia possibilita o salto para uma vivencia mais plena da vida”.
Despertar o homem para o pensamento é a única maneira de sair das sombras da caverna e enxergar com clareza as questões da vida. A filosofia não é uma ciência de outro planeta, nem tampouco um conhecimento sobrenatural, pelo contrário ela sempre esteve presente em toda história da existência humana, sempre contribuindo para o desenvolvimento do Ser. Localizar o homem em si mesmo, norteá-lo dentro de um universo complexo e por muitos sem resposta para as questões mais amplas e diversas da vida, questionar os dogmas, achar as origens das crises tentando soluciona-las, compreender as necessidades humanas e suas atividades, levar o homem ao rompimento com a ignorância e abrir os horizontes do conhecimento, são esses entre outros objetivos da filosofia.

Capitulo Dois: ENTRE AS SOMBRAS DA CAVERNA
“Uma vida autentica, uma experiência genuinamente humana, exige rompimento com a opacidade do dogmatismo, abertura para o pensamento autônomo.”
Aprendemos que a filosofia tem como objetivo despertar cada indivíduo para o pensamento crítico-analítico, fazendo com que o mesmo deixe o pensamento raso (senso comum), pensamento esse que já faz parte de si sem ao menos questiona-lo antes de aderi-lo. A ausência do pensamento reflexivo torna o individuo uma presa fácil dos pensamentos dogmáticos, todo pensamento precisa ser criticado (não no sentido pejorativo), pra não correr o risco de se tornar uma “verdade” absoluta, inviolável, intransponível, inquestionável.
A maior liberdade do ser humano é ter o direito de ir a busca da verdade, como no mito da caverna de Platão, sair das sombras da verdade, que são apenas acenos e não a verdade em si mesmo.
Falando de mito, entendemos que cada mito tem sua identidade cultural e retrata diversas manifestações da vida humana. O mito não tem um ponto de vista definido, nem uma verdade absoluta, ele deve ser refletido em vários aspectos da vida humana. Do contrário ficará refém da racionalidade.
O mito de narciso, o jovem que passou tanto tempo admirando sua própria beleza e desfaleceu, ilustra muito bem o perigo da fixação por alguma sombra (pensamento), quem fica na sombra está sempre confuso, não tem uma distinção clara das questões da vida e é vulnerável ao pensamento dogmático reducionista.

Capitulo Três: CRISE: A ANGUSTIANTE EXPERIENCIA DA LIBERTAÇÃO
É preferível a angústia da busca à falsa paz da acomodação.”
As cavernas dos dogmatismos nos atrofiam e nos aprisionam, em compensação caminhar para a luz do esclarecimento causará dor aos olhos de quem sempre viveu na escuridão da caverna. A dor da libertação, do rompimento com a ignorância, o fim de um relacionamento com a pobreza da irracionalidade, uma dor necessária. A crise.
Como uma fruta, que só depois de passar pelo processo do amadurecimento estará apta para o consumo. Depois de passarmos pela crise, experiências vividas, selecionaremos melhor nossas atitudes em relação a nossa existência.

Capitulo Quatro: MARAVILHAR-SE DIANTE DA VIDA: ATITUDE BÁSICA DO FILOSOFAR
“Ser homem significa jamais se contentar com o que já é, acreditando na brecha de luz que invade a caverna, convidando à luminosidade que desvela a beleza que as sombras escondem.”
Nem sempre a sombra é boa, depende do contexto. Pra quem anda no deserto a sombra é maravilhosa, um refrigério. Mas se o planeta terra vivesse em plena sombra não teríamos vida em nosso planeta, pois a vida que nele existe depende da luz solar para existir, sem ela nada existiria. Como o homem sem esclarecimento vive nas sombras das dúvidas.
O homem tem evoluído em vários aspectos, tais como ciência, tecnologia, medicina, entre outras, mas no relacionamento com o outro parece que temos regredido, estamos ficando mecanizados e distantes de nós mesmos, deixamos de admirar as coisas simples e belas de vida, homens de gelo, é o que estamos nos tornando. Viver sem admirar a vida parece contraditório, mas é viver sem vida.
“Isso quer dizer que é pela admiração, mais que pelo sistema de interpretação, que o homem se aproxima do ser e com ele comunga.” (pag.50).

Capitulo Cinco: ATITUDE FILOSOFICA: COMUNHÃO COM O REAL
“Enquanto o mundo que nos cerca for afônico para nós, estaremos distantes da sua compreensão. Mas, para que ele nos fale, faz-se necessária a capacidade de plena abertura ao imprevisível e ao imediato da vida.”
De acordo com o mito da caverna, de Platão, sair das sombras da caverna e chegar à realidade é um processo que exige esforço em suas etapas, toda libertação ou crescimento é um processo doloroso, como numa gestação até o parto, são nove meses convivendo com dores, enjoos e etc.. Quando a criança vem à luz toda dor é recompensada pela vida.
A negação e o questionamento são ferramentas fundamentais para que não se estabeleça nenhuma falsa verdade, a filosofia não permite acomodação nem conformidade sem antes averiguar utilizando-se dessas ferramentas. Certezas que não passaram pelo crivo do questionamento ou “não podem passar,” são dogmas e não uma realidade. Nem os filósofos, ou muito menos eles podem achar que são inquestionáveis e donos de toda verdade, seria muito pobre e limitado, estaria matando a filosofia.

Capitulo Seis: A FILOSOFIA COMO TAREFA
“Estranhar a vida é convidá-la a hospedar-se na casa do pensamento.”
Diferente do que muitos pensam a filosofia não é inútil ou é coisa de desocupado. Ela ajuda o ser humano a buscar e achar respostas para as questões mais complexas e amplas da vida quer seja passada, presente ou futura. Na verdade ela se preocupa com os problemas da humanidade. Ignorá-la é jogar fora a reflexão, as tentativas de melhora e todo esforço para o bem da humanidade. É verdade que ela não vai resolver todos os problemas e crises existenciais, mas todo serviço na tentativa de resolvê-los é bem vindo. Todos têm o direito ou dever de pensar sobre si, ninguém tem o direito de ditar como deve ser. todos são livres pra pensar, poucos exercitam o pensamento. Não existe uma norma para a vida, aliás, a filosofia tem como objetivo libertar o Ser dessas regras e despertá-lo para um horizonte mais amplo da vida.



Capitulo Sete: O DESAFIO DAS VERTICAIS
O caminho do homem á filosofia exige um conflito interior contra tudo que lhe foi ministrado desde seu nascimento, um rompimento com a ignorância. Esforço e muita paixão pela busca da verdade é preciso lançar fora o medo do conflito e a preguiça de pensar, ter pré-disposição pra se desfazer das inseguranças que outrora eram certezas. O pensamento é a única coisa que não se pode aprisionar, nesse sentido somos livres até pra voar.

Conclusão:
Filosofar é viver, é ser livre para pensar é pensar a respeito de tudo sem influencias externas. É não ficar preso aos poderes dominantes e buscar compreender o significado da vida. Buscar o melhor caminho sem querer se impor como verdade absoluta, tornar o Ser apaixonado pela vida e ter espírito inquieto na busca pela verdade.




BIBLIOGRAFIA:
Livro: Filosofia, Encantamento e Caminho, de Vanildo de Paiva. Ed. Paulus.





TRABALHO DE FILOSOFIA 1




Por




BRUNO GOMES DE OLIVEIRA