quarta-feira, 18 de setembro de 2013

MÁRTIRES DO CRISTIANOSMO

Mártires do Cristianismo 09 de Março: Santos Quarenta Mártires de Sebaste, na Armênia († 322) Lembramos hoje o testemunho dos quarenta Mártires que deram tão grande testemunho de fé e coragem que Santo Éfrem disse a seu respeito: “Que desculpa poderemos apresentar ao tribunal de Deus, nós, que , livres de perseguição e torturas, deixamos de amar a Deus e trabalhar na salvação de nossas almas?” O martírio dos Santos 40 Mártires de Sebaste é uma rica lição de fé cristã, perseverança, sacrifício e amor. A história deste martírio tem início no século 4º, quando os cristãos ainda sofriam perseguição. Em 313 os Imperadores Constantino e Licinio, assinaram o Edito de Milão, que dava a liberdade às religiões para a manifestação pública. Próximo ao ano 320, as tropas romanas se estabeleceram na cidade de Sebaste, na Armênia. Entre seus soldados estavam 40 cristãos oriundos da Capadócia (atualmente Turquia). O general romano Agricola os obrigava a prestar culto aos ídolos, porém estes soldados se negavam. Foram então encarcerados e levados como prisioneiros a um lado da cidade de Sebaste. Era inverno e entardecia. Tiraram suas roupas e os puseram sobre o gelo que cobria o lago. O frio imobilizou suas articulações e começaram a se congelar. Na margem do lago havia uma pequena fogueira e só poderia ir até ela para se aquecer quem abjurasse sua fé em Cristo. Durante toda a noite os soldados cristãos suportaram com coragem o frio intenso, consolando-se mutuamente e glorificando a Deus com Salmos e hinos. Quando amanheceu, um dos soldados não suportou a tortura e apressou-se sair do lago, mas antes de chegar próximo à fogueira caiu morto. Logo em seguida, o carcereiro viu que sobre os mártires brilhava uma intensa luz. Agaio, o carcereiro, ficou tão impressionado com aquele milagre que professou sua fé em Cristo. Tirou suas roupas e foi juntar-se aos outros 39 cristãos que estavam dentro do lago congelado. Logo depois, chegaram outros torturadores e observaram que os soldados cristãos não tinham morrido; resolveram então quebrar as suas pernas com martelos e depois lhes atearam fogo. Os ossos carbonizados foram lançados em um rio. Três dias depois, o bispo de Sebaste ficou sabendo do ocorrido com os mártires através de uma visão e ordenou que juntassem os ossos dos soldados cristãos e os sepultou solenemente. De acordo com registros deste martírio, os nomes dos quarenta soldados eram: Viviano, Cândido, Leôncio, Cláudio, Nicolau, Lisiníaco, Teófilo, Quirão, Donulo, Dominicano, Eunóico, Sisínio, Heráclito, Alexandre, João, Anastásio, Valente, Heliano, Ecdício, Euvico, Acácio, Hélio, Teódulo, Cirilo, Flávio, Severiano, Valério, Cuidão, Prisco, Sacerdão, Etíquio, Êutiques, Esmaragdo, Filotiman, Aécio, Xantete, Angias, Hesíquio, Caio e Gorgônio.. A memória dos 40 mártires de Sebaste é celebrada solenemente, mesmo que revestida de simplicidade por cair no tempo da Quaresma Tradução e publicação neste site com permissão de www.ortodoxia.org Trad.: Pe. Pavlos Tamanini II – Os quarenta mártires de Sebaste Terminara o terceiro século da Era Cristã, com todos os horrores dos seus martírios. Já fazia anos que o cristianismo era ao menos tolerado, se não mesmo considerado legítimo; que cada um praticasse a religião que mais lhe agradasse. Contudo podia ainda acontecer que qualquer pequeno chefe se considerasse autorizado a proibir alguma religião, só porque lhe desagradava. Foi o caso de Sebaste, pequena cidade da Armênia, na Ásia Menor. Licínio, governador daquela região, considerou-se no direito de proibir o Cristianismo, e como havia exemplos recentes de cristãos que tinham pago com a vida o atrevimento de se declarar tais, assim também ele autorizou o prefeito de Sebaste, Agrícola, fazer o levantamento religioso de todo seu povo. Por volta do ano 320, entre os soldados que moravam naquela cidade, uns quarenta estranharam a ordem. Decidiram entre eles não esconder a verdade, mas antes apresentar uma carta coletiva, que por boa sorte, foi-nos guardada como verdadeira relíquia, pois nos transmitiu os nomes de quarenta soldados. Eles declaravam-se felizes, se tivessem de padecer qualquer coisa: “Até o presente combatemos e vencemos a serviço dum senhor mortal como nós; agora queremos lutar e vencer sob a bandeira de Cristo, que é o Deus verdadeiro, a quem devemos obediência e adoração”. Seguem ao texto as quarenta assinaturas. Viviano, Cândido, Leôncio, Cláudio, Nicolau, Lisiníaco, Teófilo, Quirão, Donulo, Dominicano, Eunóico, Sisínio, Heráclito, Alexandre, João, Anastásio, Valente, Heliano, Ecdício, Euvico, Acácio, Hélio, Teódulo, Cirilo, Flávio, Severiano, Valério, Cuidão, Prisco, Sacerdão, Etíquio, Êutiques, Esmaragdo, Filotiman, Aécio, Xantete, Angias, Hesíquio, Caio e Gorgônio. Mais de uma vez, na hora de se realizar um batismo, não se concorda na escolha do nome: eis que será um bom serviço, guardar esta folha de jornal. Dará para escolher: um dos 40 santos mártires de Sebaste. Não foi só horrendo o martírio porque doloroso, como também pela duração. Tendo chegado Lísia, o comandante da legião, a esse não faltava iniciativa bastante, para tornar impossível a resistência dos condenados. Estava-se no frio invernal e Sebaste aparecia coberta de gelo. Os coitados foram despidos e assim deixados a tremer. A mais, foi preparado, a alguns metros de distância, abrigo aquecido. Bastava um sinal, que se negava a Cristo e de imediato recebia-se todo alívio que merece um amigo do imperador. Mas ao contrário os mártires animavam-se, rezando: “Somos quarenta, Jesus; mas escolhemos morrer de frio, em honra dos quarenta dias de jejum, do nosso Senhor e Deus”. Um dos sentenciados não aguentou e correu abrigar seu miserável resto de vida; ao passo que a sentinela, que estava lá, só para vigiar, tirou sua roupa e lançou-se no gelo, voltando a completar os quarenta a sofrerem martírio. Bibliografia: Pe. Donato Vaglio – PIME, Capelão da Vila São Vicente de Paulo. Tradução e publicação neste site com permissão de www.ortodoxia.org Trad.: Pe. Pavlos Tamanini Mensagem: Pastor Bruno Gomes Queridos, vimos nestes soldados romanos um exemplo de fé e obediência a Cristo, não vamos ser hipócritas, com toda perseguição que temos hoje não é nada em vista do que passaram esses nossos irmão que morreram num lago congelado, mas não apagaram a chama do Espírito Santo que ardia no seu interior. Que os prazeres oferecidos pelo mundo não apague a chama do Espirito Santo que arde em nossos corações. Leia os textos abaixo, que Deus nos abençoe. Pela fé Moisés, sendo já grande, recusou ser chamado filho da filha de Faraó, Escolhendo antes ser maltratado com o povo de Deus, do que por um pouco de tempo ter o gozo do pecado; Tendo por maiores riquezas o vitupério de Cristo do que os tesouros do Egito; porque tinha em vista a recompensa. Pela fé deixou o Egito, não temendo a ira do rei; porque ficou firme, como vendo o invisível. Hebreus 11:24-27 O fogo arderá continuamente sobre o altar; não se apagará. Levítico 6:13 Não extingais o Espírito. 1 Tessalonicenses 5:19 E eu, em verdade, vos batizo com água, para o arrependimento; mas aquele que vem após mim é mais poderoso do que eu; cujas alparcas não sou digno de levar; ele vos batizará com o Espírito Santo, e com fogo. Mateus 3:11.

HEBREUS 11.1

TRANSLITERAÇÃO E TRADUÇÃO DO TEXTO DE HEBREUS 11.1. Transliteração: ’Έστιν Se πίσ ις έλπιζομένων ΰπόστασ ις , πραγμάτων έ λεγχος ον βλεπομενών. Tradução: É e (a) fé, de coisas esperadas (a) certeza, de fatos (a) prova não vistos. “... a fé é a certeza de coisas que se esperam...” Upostásis : natureza real ou natureza essencial de alguma coisa, também usado para indicar substancia. A fé é o titulo de propriedade das coisas esperadas. ...a conviccao de fatos que se nao veem... O termo grego traduzido aqui por convicção e elegchos, isto e, prova, mas também usado com o sentido de convicção. A fé e uma demonstração convincente, para a mente espiritual, acerca das realidades e da importância do mundo eterno, sobretudo de Cristo. Trata-se de um ser convencido. A palavra fé ocorre por duzentas e quarenta e quatro vezes nas paginas do N.T.; mas o conceito de fé, mediante o uso de outros termos, ainda e mais frequente. A fé, em seus muitos aspectos, é um dos princípios mais importantes do N.T. Por toda a parte se insiste sobre essa qualidade e se requer a mesma. A fé indica a apropriação de tudo quanto Deus nos oferece por meio de Cristo. E a completa outorga da alma aos cuidados do Senhor. BIBLIOGRAFIA: INTERLINEAR GREGO-PORTUGUES LÉXICO GREGO NOVO TESTAMENTO INTERLINEAR GREGO-PORTUGUES TRADUZIDO VERSÍCULO POR VERSÍCULO. R.N. CHAMPLIM Pr. BRUNO GOMES DE OLIVEIRA

A ARMADURA DO CRISTÃO

ARMAS ESPIRITUAIS Texto Bíblico: Efésios 6.10-17 O apóstolo Paulo em suas muitas viagens pelas províncias romanas, e principalmente preso em Roma observou de perto as armaduras dos soldados. Os romanos podiam prendê-lo, mas não podiam deter a propagação das boas novas. A carta de Paulo aos efésios é escrita da prisão domiciliar em que Paulo se encontrava, nela a igreja é descrita como; A família de Deus (Ef 2:19); Um edifício, santuário, morada (Ef 2:21,22); O corpo de Cristo (Ef 1:22,23.5:22-33). A igreja é vista como uma comunidade, um grupo, um organismo vivo que cresce e tem a capacidade de reproduzir-se. No capítulo seis, Paulo descreve uma igreja um pouco diferente, ele tem em mente um exército bem equipado avançando contra o inimigo. O Cenário Bíblico é de uma Guerra • O alistamento (2 Tm 2:1,3-5). • As armas (Ef 6:13-17). • A luta (Ef 6:10-12). Efésios 6:10-17. Parece que a figura desse soldado bem equipado, era conhecida aos leitores do antigo testamento, conforme a profecia de Isaías a respeito do Messias: “na sua cabeça, e por vestidura pôs sobre si vestes de vingança, e cobriu-se de zelo, como de um manto”. Is 59:17 Deus, a fonte da nossa força v.10. (gr. Endunamoo, pass. adquirir força, fortalecer em, usado para o corpo, como ser fortalecido depois de estar fraco, tornar-se forte, 2 Tm 2:1, 4:17,2 Cr 20:6, Sl 46:1). Duplamente vestidos v.11. (gr. Enduo, endusaste, revestidos, colocar sobre, ser vestido com, um sobretudo), a Panóplia (gr. Armadura completa, Lc 11,21,22). Ciladas, estratégias, armadilhas e laços do diabo v.11. (gr. Methodeias, maquinações, métodos, planos e esquemas usados para enganar, corromper, escravizar e etc..). Principados e potestades v.12. A nossa luta é contra o archon (gr. Príncipe das potestades do ar Ef 2:2). Preparados para a próxima v.13 Paulo faz referencia a um soldado fisicamente preparado para suportar a fadiga do serviço militar, e consequentemente de uma guerra. O cinto da verdade e couraça da justiça v.14 (gr. Osfun, lombos, quadris onde o cinto é usado), os orientais, para correr ou trabalhar com maior comodidade, estavam acostumados a cingir bem junto ao corpo suas longas vestes; donde ter os lombos cingidos indica estar de prontidão, preparados para alguma coisa. Adequadamente calçados v.15 (gr. etoimasia, estar preparado, prontidão; preparados para levar o evangelho da reconciliação com Deus). Quão formosos são, sobre os montes, os pés do que anuncia as boas novas, que faz ouvir a paz, do que anuncia o bem, que faz ouvir a salvação, do que diz a Sião: O teu Deus reina! Is 52:7 Escudo (gr. thureos, escudo, para proteger o corpo de golpes e cortes.) protetor contra os dardos inflamados v.16 (gr. belos, dardos, ou qualquer projétil arremessado. Os dardos inflamados provavelmente se referem às cabeças das flechas inflamáveis.) Protegendo a mente e atacando o inimigo v.17. (gr. Perikephalaian, capacete protetor, I Tss 5:8, Is 59:17). Espada (gr. Machaira, espada para Guerra; a única arma ofensiva descrita por Paulo. Outras armas ofensivas eram usadas tais como, lança, machado, arco, flecha e fundas, porém não foram usadas por Paulo como exemplo de armas espirituais). A Igreja instituída por Jesus (Mt 16:18), é mais do que um sinal histórico de Reino, ela é um agente de Reino de Deus. A Igreja na atual dispensação é militante e está convocada e comprometida numa “guerra santa” contra todas as forças espirituais das trevas. Agente vem do verbo latino agere, “agir”. É uma palavra de ação. Pastor Bruno Gomes

DROGAS

DROGAS - Definição e o Ponto de vista cristão I. DEFINIÇÃO Uma droga é um produto químico que é ingerido ou administrado por causa de sua capacidade de produzir um efeito desejado sobre algum sistema do organismo. Carboidratos, lipídios e proteínas podem ser substâncias tóxicas. Mas, se se encontram nos alimentos, não são classificados como drogas, embora sejam assim classificados se isolados dos alimentos e em forma concentrada. Algumas drogas servem para curar certas doenças, mas o uso das mesmas depende dos benefícios que produzem, em contraste com possíveis efeitos colaterais prejudiciais. Há drogas que exercem um efeito psíquico, produzindo alterações no humor, nas emoções, na percepção dos sentidos e no comportamento. Algumas drogas não são consideradas um risco, mas há outras que, mesmo em intimas quantidades, têm efeitos radicais, de tal modo que do proibidas por lei, e seu tráfico ou mesmo possessão faz podem levar à detenção. Alguns estudos sobre o texto do Apocalipse preveem que o fim desta era seria/será assinalado por alcoolismo generalizado e pelo uso excessivo de drogas. Essa época será a mais alcoólatra e drogada de todas, declara alguns estudiosos. Atualmente, o tráfico de drogas é o negócio mais rendoso que há no mundo. Cada geração gosta de acreditar que sua juventude é um tanto pior que a geração anterior. Os filósofos morais atacam as instituições humanas em todas as gerações, e dizem: Agora está pior do que antes. Eles sempre conseguem exagerar. No entanto, hoje em dia, é quase impossível exagerar. A depravação, em todas as linhas de conduta, é tio maior hoje em dia que até aqueles que não gostam de reconhecer as coisas têm de confessar que as condições atuais são diferentes e piores do que eram, por exemplo, há quarenta anos. Os estudiosos da Bíblia não se surpreendem diante disso. Talvez se sintam consternados ao observarem como as profecias bíblicas relativas ao último tempo estio sendo cumpridas, porquanto sabem que grandes tribulações aguardam o mundo, - não muito longe no futuro. Ficam consternados, mas não ficam surpreendidos. Por isso que estamos esperando: o fim desta era com sua violência e depravação extraordinárias. Grandes julgamentos, criados pelo homem ou determinados por Deus, parecem estar às portas. Um dos açoites criados pelo homem sem dúvida é a radiação solta na atmosfera, pelas usinas nucleares mal controladas, como o caso de Chemobil, na União Soviética, que afetará a humanidade e a ecologia, por cinquenta anos, conforme se noticiou amplamente em medeados de 1986. O Ponto de Vista Cristão A maioria dos evangélicos aceita o uso de drogas para efeitos médicos, para tratamento físico ou mental. Mas alguns grupos radicais rejeitam qualquer tipo de cura, exceto aquele de natureza espiritual, supondo que o uso de drogas exibe falta de fé. Ver o artigo geral sobre as Curas. Os crentes que merecem o titulo opõem-se ao uso de drogas como um prazer, e não para o alivio de determinadas aflições. Uma área ainda não bem definida é a do uso de alucinógenos com finalidades psiquiátricas e no caso de pacientes terminais, ou para aliviar as dores ou combater os estados depressivos. A pesquisa é algo urgentemente necessário nessas áreas, de tal modo que os problemas morais possam ser mais apropriadamente definidos. Alguns têm usado alucinógenos para investigar estados de consciência alterados, que com frequência resultam em experiências tipo místicas. Dentre todos os usos legítimos, propostos pelos cientistas, esse é o mais perturbador. Não há certeza se essas experiências são: a. diferentes das alucinações; b. legitimas moralmente, ainda que genuínas, por serem provocadas dessa maneira artificial; c. prejudiciais, física ou mentalmente, sem importar se são meras alucinações ou se são experiências legitimas. Estou supondo que, no nosso atual estágio cientifico, não podemos ter certeza nenhuma quanto a essas questões, embora sentindo que todas essas experiências são prejudiciais. Pessoalmente, acredito que qualquer tipo de droga, usada criteriosamente pelos médicos, é legitima para aliviar as dores de pacientes terminais. Drogas como a morfina tanto aliviam as dores quanto animam os pacientes, aspectos valiosos em qualquer tratamento, e em consonância com a misericórdia. No caso de pacientes terminais que estejam padecendo de muitas dores, pouca diferença faz se as pessoas tornam-se dependentes de alguma droga. Outras drogas também deveriam ser permitidas com esse propósito, mesmo que tenham efeitos colaterais como alucinações.

JOGOS E VIÍCIOS

Texto Bíblico: Js 14.1,2 / 1Cr 24.5 / Pv 1.14 Lv 16.8 / At 1.23-26 / Gl 5.1,13 O contexto de sorte no Antigo Testamento está atrelado à ideia de que Deus vai fazer a melhor escolha (Pv 16.33). Em algumas passagens o Eterno vai fazer a sorte cair sobre aquele que receberá a justiça Divina (justiça nesse caso significa “condenação ou castigo”). Logo não tem haver com nenhum tipo de jogatina. Já no Novo Testamento, justiça está mais ligado à justificação ou salvação, entendendo que o Eterno condenou o pecado em Cristo Jesus para salvar o homem, (Js 7.16-18 / 2Co 5.21). ATOS 1.23-26 A escolha de Matias como substituto de Judas, é contestada por alguns, porque apesar de não ter sido escolhido por meio de um jogo, a sorte lançada sobre ele não foi um método tão nobre ou que condiga com princípios cristãos. Esse talvez seja o motivo pelo qual o Eterno, tenha posteriormente escolhido Paulo, segundo opinião de alguns estudiosos. As estatísticas mostram que, nos Estados Unidos da América do Norte, cerca de cinquenta milhões de cidadãos envolvem-se em alguma forma de jogo, de maneira mais do que esporádica. Isso significa cerca de uma quinta parte da população total do país. Dentre esses, calcula-se que cerca de seis milhões são jogadores compulsivos, para quem o jogo é um vicio tão difícil de interromper quanto qualquer vício. ALGUNS MOTIVOS - PRAZER E COBIÇA. O jogador é alguém que possui as seguintes características: trata-se de uma pessoa que gosta de se arriscar, divertindo-se com situações arriscadas. Da mesma forma que há pessoas que participam ou assistem feitos esportivos de modo prazenteiro, assim também os jogadores derivam prazer do jogo, torcendo com entusiasmo, mesmo que se saiam perdedores. Para eles, o prazer está no risco de perder, e não tanto• na remota possibilidade de ganhar. Tanto é assim que aqueles que ganham algo em um jogo de azar não se satisfazem enquanto não perdem tudo nas apostas seguintes. Contudo, mostram-se sempre otimistas; e suas tristezas, em vista das perdas (sempre muito mais numerosas do que os ganhos), derivam-se do fato de que, isso os leva a dividas, algumas vultosas. Também são supersticiosos, empregando toda a espécie de esquema para tentar ganhar. Alguns jogadores, pois, sentem um estranho prazer no senso de humilhação e derrota, quando se saem perdedores. O Apostolo Paulo, diferente do que alguns pensam, não condena o dinheiro em si mesmo, o que ele nos alerta é quanto aos caminhos que o homem vai percorrer para adquiri-lo. O dinheiro não tem vida mais, infelizmente ele pode ser motivo para levar o homem a tirar avida de alguém. Veja o que Paulo escreve sobre o amor ou cobiça ao dinheiro. Mas os que querem ser ricos caem em tentação, e em laço, e em muitas concupiscências loucas e nocivas, que submergem os homens na perdição e ruína. Porque o amor ao dinheiro é a raiz de toda a espécie de males; e nessa cobiça alguns se desviaram da fé, e se traspassaram a si mesmos com muitas dores. 1 Tm 6. 9,10. A única coisa que pode ser dita em prol de certos jogos é que muitas obras são assim efetuadas. Quando não há elementos criminosos, envolvendo corrupção presentes nessa forma de atividade, não precisamos considerá-la má em si mesma. Além disso, muitos pensam que é bom que as pessoas deem dinheiro para causas boas (esportes, obras sociais e etc..), ainda que, para isso, tenham de ser agitadas por seu auto interesse e pelo seu prazer de arriscarem-se. Contra o jogo, contudo, pode-se afirmar que a porcentagem de indivíduos que ganha alguma coisa com o jogo é extremamente reduzida, e que, por períodos muitos longos, um dinheiro que poderia ser empregado em coisas úteis, perde-se para sempre. Em alguns casos, o jogo transmuta-se em um vicio poderosíssimo, capaz de ser a causa de muitos males, como perda de emprego, separação doméstica, perda de propriedades, etc. Mas, o pior de tudo, é que um jogador inveterado joga até a própria mulher, no seu prazer de arriscar-se sem necessidade. Um forte argumento cristão contra o jogo é que exibe falta de fé no suprimento dado pelo Senhor. No entanto, os aficcionados do jogo retrucam que Deus é capaz de suprir algum dinheiro através do jogo. Mas, não nos devemos esquecer que o Novo Testamento exalta o trabalho árduo e a boa mordomia, o que elimina totalmente a prática do jogo, em qualquer de suas formas. Ver 11 Tes. 3:10-12; Ef. 4:28; I Co. 10:23; Gl 5:13,14; Ma. 22:37; I Ts. 5:22 e Ro. 12:9. Ro 16.6,12 Mc 13.34. O próprio Cristo afirmou: ”meu Pai trabalha até agora, e eu trabalho também”. (Jo 5.17) Drogados não são drogas. O ETHOS ÁGAPE. A ética surge do contato com o outro (alteridade), o “outro” nos obriga a uma atitude prática, ou seja, de acolhida, de indiferença, rechaço ou de destruição. É o outro que faz surgir o ethos que ama. (Co 13. 1-13, 1Jo 4.7,8) A ética de convivência coletiva ensinada por Jesus (Sermão do monte) nos Evangelhos difere do conjunto ético do Antigo Testamento (Decálogo), pois nela Cristo nos ensina a amar até os nossos inimigos. (Mt 5.43,44) Quem ama cuida. O cuidado tem dupla função: prevenção de danos futuros e reparação dos danos passados. Sociólogos contemporâneos dizem que estamos vivendo a “era do descartável e da invisibilidade”. O que é isso? O conceito de descartável é usar as pessoas até quando nos servem para alguma coisa, o ser humano está sendo utilizado como “material descartável”. Quando a sociedade em geral vê drogados, viciados mendigos, pedintes e etc.. Jogados pelas ruas e isso se torna indiferente, esse conceito é chamado de “invisibilidade”. Apesar de vermos pessoas sem cuidado algum, também não fazemos nada para ajuda-los, ou seja, estão ali, mais é como se não estivessem. Vemos, mais não enxergamos a dimensão do problema a ponto de tentar soluciona-los. O tempo que Jesus viveu entre nós, Ele valorizou de todas as maneiras a vida humana e procurou resgatar a dignidade do ser humano. (At 10.38) Em várias passagens dos evangelhos Jesus nos ensinou o ethos que cuida, vejamos algumas: A parábola do bom samaritano Lucas 10.25-37. Nessa parábola, Jesus nos ensina a empreendermos esforços para cuidar até daqueles que não conhecemos. O julgamento das nações Mateus 25. 31-46. Nessa parábola, Jesus nos ensina que quem cuidar de um de seus pequeninos irmãos será chamado justo. O ethos que ama se completa com o ethos que cuida. Conclusão: Sabemos que os vícios em geral não fazem bem para o ser humano criado a imagem de Deus. Como disse Salomão: “o homem inventou maneiras de pecar”(Ec 7.29). Deus enviou Seu Filho para resgatar o homem do pecado e reconcilia-lo consigo mesmo. Jesus veio a esse mundo e fundou uma “instituição” para recuperar a humanidade caída, a Igreja tem o remédio do Eterno. Se alguém diz: Eu amo a Deus, e odeia a seu irmão, é mentiroso. Pois quem não ama a seu irmão, ao qual viu, como pode amar a Deus, a quem não viu? E dele temos este mandamento: que quem ama a Deus, ame também a seu irmão. (1Jo 4.20,21) PR. BRUNO GOMES DE OLIVEIRA

DIVÓRCIO, SIM OU NÃO ?

TRABALHO DE ÉTICA CRISTÃ TEMA: DIVÓRCIO NO BRASIL Divórcio é uma palavra surgiu no final da década de oitenta no século passado. No início do século passado não existia o divórcio na legislação Brasileira, o repúdio era a palavra da época para esses casos, mas não com o mesmo efeito. O repúdio não permitia a separação nem um novo casamento legal, o que havia era uma separação de corpos onde ambos os cônjuges passavam a morar em locais diferentes. O máximo que os ex-cônjuges poderiam fazer se quisessem um novo companheiro era viver amigado, ou seja, morar junto com outra pessoa sem está casado legalmente. Com o divórcio incluído na legislação Brasileira a partir de 1977, fica permitido a separação e um novo casamento legal. É um fato que o numero de divórcio tem aumentado nesses últimos anos, inclusive no meio evangélico, mais porque? Porque o casamento tem se dissolvido tão fácil, se Deus disse que os dois seriam uma única carne? O que a bíblia diz sobre isso, em que condições a bíblia permite o divórcio, o que a antiga aliança diz sobre o divórcio e o que Jesus disse sobre esse assunto que era tão comum na época? NO ANTIGO TESTAMENTO Na lei de Moisés existe um único texto que trata sobre o divórcio e Deuteronômio 24:1-4. Hillel e Shammai, que viveram na geração anterior à de Jesus, assumiram lados bem opostos na interpretação dessa passagem. A grande discussão está na interpretação do que permite o divórcio segundo o texto de deuteronômio 24:1, “coisa feia” ou “falta de decência”, que significa a nudez de alguma coisa. O problema aqui é que a natureza do problema não está especificada, embora eu acredite que para o contexto da época estivesse bem clara pra quem a recebeu. INTERPRETAÇÕES Já vi diversas interpretações desse texto e das mais variadas possíveis, como por exemplo, que a “coisa feia” é algo relacionado a um problema físico, tal como a incapacidade de gerar filhos. Outros entendem que a “coisa feia” é o homem depois de se casar com uma mulher descobrir que ela não é virgem. A escola de Shmmai interpretava esse termo com mais rigidez, dizia que a única razão para o divórcio era a imoralidade, adultério, ou má conduta. A escola de Hillel era mais abrangente e cria que tudo que desagradasse o marido era motivo para divorciar-se. Uma comida mal feita, se outra mulher agradasse mais ao marido, sair na rua com o cabelo desarrumado e até mesmo se não houvesse motivo, bastava apenas que homem estivesse cansado de sua mulher, entre outra coisas fúteis levavam ao divórcio segundo a escola de Hillel. Havia apenas duas situações que proibiam o divórcio: 1. Quando um homem tivesse acusado falsamente sua esposa de ter tido relações sexuais ilícitas antes do casamento (Dt 22:13-19). 2. Quando um homem tivesse relações sexuais com uma donzela num ato de estupro (Dt 22:28,29). NO NOVO TESTAMENTO (Jesus e os evangelhos) Para os judeus o direito de divorciar-se concedia o direito de casar-se novamente, o que era aceiro sem nenhum questionamento por todo Israel. A questão aqui não é o direito de casar-se novamente, mas somente o direito de divorciar-se. Os fariseus queriam saber em qual lado da controvérsia Jesus estava. Para os fariseus Jesus disse que Moisés por causa da dureza do coração do homem (falta de perdão) permitiu dar carta de divórcio. (Mc 10:5) Diferentemente do que disse para os fariseus, quando chegou em casa os discípulos voltaram a lhe perguntar sobre o assunto (Mc 10:10).Pelos textos de Marcos 10:11,12 e Lucas 16:18 nenhuma permissão é dada por Jesus para o divórcio, leia: E Ele lhes disse: Qualquer que deixar a sua mulher e casar com outra adultera com ela. E, se a mulher deixar o seu marido e casar com outro, adultera. (Mc 10:11,12) Qualquer que deixa sua mulher e casa com outra adultera; e aquele que casa com a repudiada pelo marido adultera também. (Lc 16:18) Lembrando-nos de que Marcos foi o primeiro evangelho a ser publicado e foi usado por Mateus e Lucas como base histórica da vida de Jesus para a confecção de seus respectivos evangelhos. Lucas manteve-se fiel ao evangelho de Marcos quanto á resposta de Jesus sobre o divórcio, nenhuma permissão é dada, e qualquer segundo casamento estando os cônjuges do primeiro casamento vivos resulta em adultério, dessa forma torna-se ilícito o segundo casamento de pessoas divorciadas. Alguns eruditos. acreditam que a questão do divórcio causado pelo adultério não é narrada por Marcos porque era bem conhecida na época de Jesus, já que essa era uma ideia da escola de Shammai, que viveu na geração anterior á de Cristo. Como não é possível confirmar nem negar essa ideia, o melhor é ficar com o texto Bíblico. Já vimos a posição de Jesus nos evangelhos de Marcos e Lucas, vamos analisar agora o de Mateus (Mt 19:1-90.) A questão do divórcio era uma discussão constante na época de Jesus, o evangelista Mateus registra no capitulo dezenove a pergunta de alguns fariseus prováveis discípulos da escola de Hillel; “é lícito ao homem repudiar sua mulher por qualquer motivo? (Mt 19:3) Jesus muito sabiamente evitou a controvérsia Hillel-Shammai, pois certamente o texto em questão é o de deuteronômio 24. Mas, alguns estudiosos das escrituras acreditam que a exceção dada por Jesus para o divórcio nesse evangelho, foi uma construção da igreja primitiva, que era composta quase que inteira por judeus, para preservar a posição da escola de Shammai. Isso quer dizer que as palavras de Cristo para o divórcio no texto de Mateus, foi a igreja primitiva que colocou nos lábios de Jesus sem Ele nunca ter realmente falado. Se acreditamos que as Escrituras são inspiradas, acreditamos que essa exceção foi permitida e também inspirada por Deus, já que essa tem sido a medida adotada pela igreja ao longo de séculos. A resposta de Jesus aos fariseus foi duas perguntas em forma de afirmação: “não tendes lido que no princípio, o Criador os fez macho e fêmea”, Jesus se reporta ao princípio, ou seja, ao éden. Jesus está dizendo que nós temos um princípio, uma origem, um início onde Deus o criador estabeleceu um padrão de vida e conduta, onde foram estabelecidos os princípios para a humanidade. Lá no princípio, onde tudo começou, Deus fez um homem para uma mulher e uma mulher para um homem, eles seriam uma só carne, teriam uma relação tão profunda de unicidade, é como se derretessem dois ferros e fizessem uma única peça. O casamento é uma união bio-psico-social e espiritual, e como em qualquer contrato rompido antes do término existe uma multa, o contrato do casamento que não fica somente no campo da burocracia, o rompimento deste contrato certamente acarretará em danos nas áreas em que ele se une. Pesquisas demonstram que os filhos de famílias desfeitas têm mais problemas em diversas áreas. Os estudos mostram que 60% dos estupradores crescem em lares sem pais, com também 72% dos assassinos e adolescentes e 70% de todos os presos com penas longas, tanto homens quanto mulheres divorciados têm uma probabilidade cinco vezes maior de sucumbir ao uso de drogas, e muitos problemas de depressão e solidão. O casamento é algo tão profundo que a união entre Cristo e a Igreja é comparado a um casamento (Ef 5: 24). Nos vrs. 7 e 8 surge a discussão em torno da permissão dada por Moisés para o divórcio, Ele diz:” Moisés, por causa da dureza do vosso coração, vos permitiu repudiar vossa mulher; mas, ao princípio não foi assim”. Jesus é bem claro nesse texto quando diz: “Moisés permitiu”, ou seja, não foi isso que o Criador estabeleceu no princípio, isso aí é coisa de Moisés, não de Deus. Mais de mil anos depois de Moisés ter dado a permissão para o divórcio, quando os judeus estavam deixando suas mulheres para se casarem com mulheres pagãs, O Criador disse através do profeta Malaquias que abomina o divórcio, sendo Ele mesmo testemunha do casamento (Ml 2: 14). Não acredito que Jesus era a favor do divórcio nem em casos de adultério. A carta de divórcio só foi permitida por causa da dureza do coração (falta de perdão), o melhor é tentar perdoar, pelo menos tente perdoar, se não conseguir não tem outra saída, mas não é bom o homem separar o que Deus uniu. No antigo Testamento a mulher era tão desvalorizada em relação ao homem, que ela era contada entre casa, boi, jumenta e servos, como propriedade dele (Ex 20:17). No novo Testamento Jesus valoriza as mulheres ao libertar uma prostituta (Maria Madalena) de sete demônios, e conversar com uma mulher e samaritana em público. O apóstolo Paulo escrevendo aos gálatas e aos colossos coloca em nível de igualdade homens e mulheres (Cl 3:11,Gl 3:28). Com a mulher valorizada pela Nova aliança e os direitos igualados, o apóstolo Paulo estende a questão do divórcio. Antes, somente o homem podia escrever uma carta com palavras contrárias àquelas que ele escreveu no casamento, palavras do tipo, “eu a repudio, eu a odeia ou ela não é mais minha mulher”. Na carta de Paulo aos Corintios no capitulo sete ele diz que o marido deve pagar à mulher o que lhe é devido e vice-versa, que a mulher tem autoridade sobre o corpo do marido da mesma forma que o marido tem autoridade sobre o da mulher, a mulher não é apenas um objeto sexual, eles tem os mesmos direitos. Paulo diz aos Corintios: “toda, via aos casados, mando, não eu, mas o Senhor, que a mulher não se aparte do marido; se, porém, se apartar, que fique sem casar, ou se reconcilie com o marido; e que o marido não deixe a mulher” (Co 7: 10,11). No vr.15 parece que temos uma razão legal e bíblica para o divórcio e um novo casamento. Se o descrente se negar a continuar casado por causa do cristianismo e por vontade própria quiser divorciar-se, nessas condições nem homem, nem mulher tem culpa alguma na rebelião do outro. CASOS NÃO MENCIONADOS NA BÍBLIA Existem alguns casos que nós vivenciamos hoje que a bíblia não faz menção, como por exemplo a violência física e/ou verbal. Paulo recomenda a Timóteo que o obreiro não seja violento (I Tm 3.3). Se nós não somos a favor de nenhum tipo de violência, imagine Deus. Não acredito que Deus seja a favor de um relacionamento nessas condições, já está mais do que provado que a violência entre casais tem progredido para um estágio de homicídios. Outro ponto dessa situação é que, como alguém vai adorar a Deus ou servi-Lo sendo maltratado dessa maneira. Ficar aprisionado a um relacionamento infeliz como esse, e o que é pior, morrendo, só pra dizer que não se divorcia, na minha opinião é tentar a Deus. Jesus disse que Deus procura verdadeiros adoradores para o adorarem em espírito e em verdade (Jo 4;23). CONCLUSÃO A vontade de Deus é que os casais permaneçam unidos até que a morte os separe, a morte natural é lógico, não aquela provocada por violência do cônjuge e que poderia ser evitada. Se houver infidelidade, o melhor caminho é conceder o perdão como Ele nos concede todos os dias, dando continuidade a família que é o esteio, a célula de sociedade. O desejo de Deus é que não haja infidelidade nem tampouco algum tipo de violência, o melhor é nos ajustarmos aos padrões bíblicos respeitando os espaços uns dos outros, dessa maneira seremos mais felizes com uma família sólida. BIBLIOGRAFIA: Enciclopédia de Bíblia Teologia e Filosofia, Ed. Vida Nova. O Cristão na Cultura de Hoje, Ed. CPAD. Comentário Judaico do Novo Testamento, Ed. Templos. Comentário Bíblico Antigo e Novo Testamento, Ed. Central Gospel. Bíblia de Estudo DAKE, Ed. CPAD. Pr. BRUNO GOMES DE OLIVEIRA

O idiota e a moeda

REFLEXÃO: O IDIOTA E A MOEDA Conta-se que numa cidade do interior um grupo de pessoas se divertia com o idiota da aldeia. Um pobre coitado, de pouca inteligência, vivia de pequenos biscates e esmolas. Diariamente eles chamavam o idiota ao bar onde se reuniam e ofereciam a ele a escolha entre duas moedas: uma grande de 400 RÉIS e outra menor de 2.000 RÉIS. Ele sempre escolhia a maior e menos valiosa, o que era motivo de risos para todos. Certo dia, um dos membros do grupo chamou-o e lhe perguntou se ainda não havia percebido que a moeda maior valia menos. - Eu sei, respondeu o tolo. "Ela vale cinco vezes menos, mas no dia que eu escolher a outra, a brincadeira acaba e não vou mais ganhar minha moeda". Podem-se tirar várias conclusões dessa pequena narrativa. A primeira: Quem parece idiota, nem sempre é. A segunda: Quais eram os verdadeiros idiotas da história? A terceira: Se você for ganancioso, acaba estragando sua fonte de renda. Mas a conclusão mais interessante é: A percepção de que podemos estar bem, mesmo quando os outros não têm uma boa opinião a nosso respeito. Portanto, o que importa não é o que pensam de nós, mas sim, quem realmente somos. O maior prazer de um homem inteligente é bancar o idiota diante de um idiota que banca o inteligente. Preocupe-se mais com sua consciência do que com sua reputação. Porque sua consciência é o que você é, e sua reputação é o que os outros pensam de você. E o que os outros pensam... É problema deles. Arnaldo Jabor.

ECLESIOLOGIA

ECLESIOLOGIA Resenha do Livro A Comunidade do Rei Sobre o Autor Howard Snyder é um dos maiores especialistas em eclesiologia, é autor de Vinho Novo, Odres Novos, Snyder explica como deve ser o relacionamento da igreja com o Senhor já que ela é parte do plano de Deus de reconciliar consigo todas as coisas. Sobre o livro Para que agora, pela igreja, a multiforme sabedoria de Deus seja conhecida dos principados e potestades nos céus, segundo o eterno propósito que fez em Cristo Jesus nosso Senhor, no qual temos ousadia e acesso com confiança, pela nossa fé nele. (Ef 3:10-12) O termo ekklesia surgiu na Grécia antiga, quando algumas pessoas eram chamadas para fora da massa do povo com o objetivo de ajudar a resolver alguns problemas da pólis, questões de administração da cidade, seu surgimento foi aproximadamente por volta do século oitavo antes de Cristo. No grego clássico era empregada para indicar “assembleia”, “reunião convocada pelo arauto”, “assembleia legislativa”. Em Atenas, essas assembleias governantes eram eleitas pelos seus concidadãos por determinado período de tempo. Portanto a “assembleia” pode ser legislativa, política, social ou religiosa. Nessa época a cada ano era feita uma espécie de “eleição” onde escolhiam um administrador, quem se destacou nessa época foi Péricles permanecendo no cargo por quarenta anos por ser um ótimo gestor. A preposição ek na palavra ekklesia “ser tirado de entre a massa do povo”; uma “assembleia dos cidadãos de uma localidade” traduz muito bem essa ideia. A igreja, portanto, são os eleitos convocados por Deus e tirados do mundo para fazer sua vontade. A igreja é a comunidade do Rei onde vivemos e refletimos o caráter de cristo, é também a ação poderosa de Deus para reconciliar consigo mesmo todas as coisas por meio de Jesus Cristo. É o agente do reino de Deus na terra para levar a mensagem do evangelho com o propósito de religar a Deus todas as coisas, e colocar todos os povos sob o domínio e liderança de Cristo (Ef 1:10). Ser igreja significa ser o corpo místico de cristo no mundo e para o mundo, é o meio pelo qual Deus se expressa no mundo. É através da ação evangelizadora da igreja que Deus reconcilia consigo a humanidade perdida (Ef 2:1). A igreja universal, mística, composta de todos os crentes de todos os tempos e de todos os lugares. Os quais aceitam Cristo como cabeça. Essa igreja é considerada como um organismo espiritual que tem Cristo por centro; e a união mística da igreja com Cristo se dá através do seu Espirito (Ef 2:18), e não devido a alguma organização. Portanto transcende a denominações evangélicas que defendem determinadas crenças ou governos eclesiásticos, (ver Mat. 16:18;Atos 9:31; I Cor. 6:4; Ef. 1:22; 3:10,21; 5:23 e ss,5:27,29,32; Col. 1:18,24; Fil. 3:6; I Tim. 5:16). Quando está em foco a «igreja universal», são utilizadas expressões como «a igreja de Deus» ou «a igreja de Cristo», ver I Cor. 1:2; 10:32; 11:16.22;15:9; 11Cor. 1:1; Gál. 1:13 quanto à expressão «igreja de Deus»; e Rom, 16:16 e I Tes. 1:1 quanto à expressão «igreja de Cristo». Outros nomes empregados são «igreja dos santos» (ver I Cor. 14:33); «igreja dos primogênitos» (ver Heb. 12:23); e «igreja primeira e espiritual» (ver 11 Clemente 14:1). O vocábulo grego figura nas páginas do N.T. por cento e quinze vezes. A igreja como agente do reino, indica que Deus deseja através do seu plano reconciliador usar pessoas (igreja) reconciliadas para agir de maneira que possa levar outras pessoas a se reconciliarem com Ele (2 Co 5:18,19) . Quando Jesus prometeu poder, ou virtude, aos discípulos em Lucas (Lc 24:49), essas palavras (virtude, poder) são interpretadas da palavra grega dunamys que significa gerador, poder de reproduzir-se, dínamo , ou seja, Jesus disse que a sua igreja seria dinâmica, ativa, estaria o tempo todo em movimento e jamais seria estática. Ser igreja é está trabalhando para o crescimento do reino. A igreja e a consciência do reino A consciência do reino indica que a igreja precisa estar atenta e atuante em todos os seguimentos da sociedade. Como dizia Lutero: “um evangelho que não trata dos assuntos atuais não é o verdadeiro Evangelho”. Isso quer dizer que o evangelho por meio da igreja tem que exercer seu poder transformador na politica, nas artes, esporte, educação, economia, ciência e até servindo de apoio em caso de catástrofe natural (chuvas, enchentes, terremotos, fome e etc.), com a intenção de restaurar e consequentemente reconciliar com Deus todas as esferas da sociedade. A igreja nunca foi tão grande em número de seguidores de Cristo como nos dias de hoje, diante desse fato é preciso que a maior igreja da história se torne também a mais relevante. No inicio do século XX no EUA surgiu o Movimento do Evangelho Social, pensamento ético baseado na ideia de que Jesus conduz a história humana rumo a crescente cooperação entre homens. Modelos de Igrejas A igreja como instituição é física e tem vida legal perante a sociedade, com seus direitos e deveres. Ela é burocrática, denominacional, e com suas configurações eclesiásticas, essa é a igreja organizada. A igreja como organização precisa trabalhar de maneira que favoreça o desenvolvimento e o crescimento da igreja espiritual, que é o organismo. Diferente da igreja instituição que é visível e estática, a igreja como organismo é o corpo místico de Cristo, a comunidade dos santos eleitos em Deus espalhada por toda terra. A igreja como instituição é individual em suas variadas configurações legais, eclesiásticas e denominacionais. Como organismo vivo é única em Jesus Cristo. se alguma área da igreja-instituição estiver prejudicando o desempenho da igreja-organismo deverá ser repensada, do contrário será difícil alcançar o aperfeiçoamento dos santos e a unidade da fé (Ef 4:12,13). Modelos de Igrejas a partir de 1975 É possível identificar pelo menos três modelos de igrejas a partir de 1975, são eles; modelos de libertação, modelos pentecostal-carismático e perspectivas trinitárias. Modelos de Libertação Modelos de libertação porque tem o seu trabalho voltado para teologia da libertação, teologia essa articulada por Latino-americanos como Gustavo Gutiérrez, Juan Luis Segundo, José Miguez Bonino e o Brasileiro Leonardo Boff. Essa corrente traz uma reflexão para a igreja se devemos apenas dizer qual é a “doutrina correta” ou praticar a todos os homens o serviço cristão verdadeiro. Lutando contra todo o tipo de injustiça social, racismo, desigualdade, estruturas opressoras a fim de construir uma sociedade mais justa. Levar o indivíduo a liberdade e salvação reconciliando-o com o seu Criador, sem cargas nem fardos (Mt 11:28,29). Esse modelo de igreja tem tido êxito em comunidades cristas de origem popular entre os pobres. Modelos Pentecostal-Carismático Esse modelo tem o seu trabalho baseado nos dons e no poder do Espirito Santo pra curar e libertar os homens, podemos dizer que é um trabalho “mais espiritual”. Os modelos de libertação começam o seu trabalho na área física pra obter em consequência a libertação espiritual, os modelos de libertação iniciam o trabalho no campo espiritual pra obterem consequentemente a libertação física. Para essas igrejas os dons são equipamentos (armas) para a evangelização, acreditando que cheios de Espirito Santo (batizados) vencerão os obstáculos e terão mais sucesso em sua missão. A igreja cheia de dons e do poder do Espirito Santo, divulgando as boas novas do reino, é um sinal histórico de que o fim está próximo, é o que afirmam os modelos pentecostal-carismático. Modelos de Igrejas como Imagem da Trindade Nesses modelos a igreja é comparada a vivencia e atuação da Trindade. O que Deus fez na criação, o que faz por intermédio de Jesus Cristo e obra do Espírito Santo, e como eles se relacionam. Aqui a igreja deve ser uma “perichorise”, (interação mutua compartilhada), uma ideia de que ninguém está permanentemente sobre outras pessoas, todos servem e todos lideram, a atuação na comunidade é de acordo com o dom de cada indivíduo. Num momento subordinado, em outro supervisor, depende do dom que está em exercício. O apóstolo Paulo escreve algo parecido aos coríntios, leia: Mas a manifestação do Espírito é dada a cada um, para o que for útil (1Co 12:7). Uma verdadeira koinonia (comunidade) dirigida pelos dons, vivendo em amor e harmonia trabalhando para a redenção da humanidade. Quem lidera de maneira absoluta é o Espirito Santo. A igreja no plano de Deus Descobrindo-nos o mistério da sua vontade, segundo o seu beneplácito, que propusera em si mesmo, de tornar a congregar em Cristo todas as coisas, na dispensação da plenitude dos tempos, tanto as que estão nos céus como as que estão na terra; (Ef 1:9,10) A igreja é a casa ou família que Deus como Senhor escolheu pra ser o principal instrumento do reino na obra de reconciliação. Engana-se quem pensa que Deus deseja restaurar apenas os humanidade caída, a bíblia diz que o propósito de Deus é reunir em Cristo todas as coisas, tanto as que estão nos céus como as que estão na terra (Ef 1:9,10), tanto homens quanto natureza, e todas as coisas danificadas pela queda. Quando Deus colocou o homem no éden três mandatos foram dados por Deus; mandato espiritual, o homem sempre em contato com Deus; mandato social, o homem multiplicando-se sobre toda terra; mandato cultural, o homem desenvolveria suas culturas. Em todos os mandatos o homem deveria estar debaixo do governo de Deus, esses mandatos deveriam ser desenvolvidos com a cultura do reino de Deus. A queda quebrou a aliança e afastou a humanidade do seu Criador. A igreja como corpo de Cristo é o elo de ligação, ou melhor, de reconciliação em Cristo entre a criação e o seu Criador. A igreja é parte do plano de reconciliação executado, afinal a igreja teoricamente vive debaixo do governo e dos propósitos de Deus. Conclusão: Independente de qual seja o modelo de igreja uma coisa é fato, Deus nos chamou para uma grande obra, temos muito trabalho a fazer, Jesus disse que a seara é grande, mas os trabalhadores são poucos (Mt 9:37,38). A igreja não é negócio nem lugar de cuidarmos de nossos interesses pessoais, somos uma comunidade harmônica chamada pra cuidar dos interesses do Rei e Jesus Cristo. A igreja é segundo o apóstolo Paulo o “mistério da sua vontade” pra execução do seu plano de restauração total que começou com Jesus Cristo. Que a igreja possa se levantar e cumprir o seu papel de agente de Deus no mundo lutando com beligerância, avante! Bibliografia: Livro: A Comunidade do Rei, Ed. ABU 2004. Bíblia versão ARCF. Pr. BRUNO GOMES DE OLIVEIRA

A Igreja de Cristo

Para que agora, pela igreja, a multiforme sabedoria de Deus seja conhecida dos principados e potestades nos céus, segundo o eterno propósito que fez em Cristo Jesus nosso Senhor, no qual temos ousadia e acesso com confiança, pela nossa fé nele. (Ef 3:10-12) O termo ekklesia surgiu na Grécia antiga, quando algumas pessoas eram chamadas para fora da massa do povo com o objetivo de ajudar a resolver alguns problemas da pólis, questões de administração da cidade, seu surgimento foi aproximadamente por volta do século oitavo antes de Cristo. No grego clássico era empregada para indicar «assembleia», «reunião convocada pelo arauto», «assembleia legislativa». Em Atenas, essas assembleias governantes eram eleitas pelos seus concidadãos por determinado período de tempo. Portanto a «assembleia» pode ser legislativa, política, social ou religiosa. Nessa época a cada ano era feita uma espécie de “eleição” onde escolhiam um administrador, quem se destacou nessa época foi Péricles permanecendo no cargo por quarenta anos por ser um ótimo gestor. A preposição ek na palavra ekklesia “ser tirado de entre a massa do povo”; uma “assembleia dos cidadãos de uma localidade” traduz muito bem essa ideia. A igreja, portanto, são os eleitos convocados por Deus e tirados do mundo para fazer sua vontade. A igreja é a comunidade do Rei onde vivemos e refletimos o caráter de cristo, é também a ação poderosa de Deus para reconciliar consigo mesmo todas as coisas por meio de Jesus Cristo. É o agente do reino de Deus na terra para levar a mensagem do evangelho com o propósito de religar a Deus todas as coisas, e colocar todos os povos sob o domínio e liderança de Cristo (Ef 1:10). Ser igreja significa ser o corpo místico de cristo no mundo e para o mundo, é o meio pelo qual Deus se expressa no mundo. É através da ação evangelizadora da igreja que Deus reconcilia consigo a humanidade perdida (Ef 2:1). A igreja universal, mística, composta de todos os crentes de todos os tempos e de todos os lugares. Os quais aceitam Cristo como cabeça. Essa igreja é considerada como um organismo espiritual que tem Cristo por centro; e a união mística da igreja com Cristo se dá através do seu Espirito (Ef 2:18), e não devido a alguma organização. Portanto transcende a denominações evangélicas que defendem determinadas crenças ou governos eclesiásticos, (ver Mat. 16:18;Atos 9:31; I Cor. 6:4; Ef. 1:22; 3:10,21; 5:23 e ss,5:27,29,32; Col. 1:18,24; Fil. 3:6; I Tim. 5:16). Quando está em foco a «igreja universal», são utilizadas expressões como «a igreja de Deus» ou «a igreja de Cristo», ver I Cor. 1:2; 10:32; 11:16.22;15:9; 11Cor. 1:1; Gál. 1:13 quanto à expressão «igreja de Deus»; e Rom, 16:16 e I Tes. 1:1 quanto à expressão «igreja de Cristo». Outros nomes empregados são «igreja dos santos» (ver I Cor. 14:33); «igreja dos primogênitos» (ver Heb. 12:23); e «igreja primeira e espiritual» (ver 11 Clemente 14:1). O vocábulo grego figura nas páginas do N.T. por cento e quinze vezes. A igreja como agente do reino, indica que Deus deseja através do seu plano reconciliador usar pessoas (igreja) reconciliadas para agir de maneira que possa levar outras pessoas a se reconciliarem com Ele (2 Co 5:18,19) . Quando Jesus prometeu poder, ou virtude, aos discípulos em Lucas (Lc 24:49), essas palavras (virtude, poder) são interpretadas da palavra grega dunamys que significa gerador, poder de reproduzir-se, dínamo , ou seja, Jesus disse que a sua igreja seria dinâmica, ativa, estaria o tempo todo em movimento e jamais seria estática. Ser igreja é está trabalhando para o crescimento do reino. A igreja e a consciência do reino: A consciência do reino indica que a igreja precisa estar atenta e atuante em todos os seguimentos da sociedade. Como dizia Lutero: “um evangelho que não trata dos assuntos atuais não é o verdadeiro Evangelho”. Isso quer dizer que o evangelho por meio da igreja tem que exercer seu poder transformador na politica, nas artes, esporte, educação, economia, ciência e até servindo de apoio em caso de catástrofe natural (chuvas, enchentes, terremotos, fome e etc.), com a intenção de restaurar e consequentemente reconciliar com Deus todas as esferas da sociedade. A igreja nunca foi tão grande em número de seguidores de Cristo como nos dias de hoje, diante desse fato é preciso que a maior igreja da história se torne também a mais relevante. No inicio do século XX no EUA surgiu o Movimento do Evangelho Social, pensamento ético baseado na ideia de que Jesus conduz a história humana rumo a crescente cooperação entre homens. Modelos de Igrejas: A igreja como instituição é física e tem vida legal perante a sociedade, com seus direitos e deveres. Ela é burocrática, denominacional, e com suas configurações eclesiásticas, essa é a igreja organizada. A igreja como organização precisa trabalhar de maneira que favoreça o desenvolvimento e o crescimento da igreja espiritual, que é o organismo. Diferente da igreja instituição que é visível e estática, a igreja como organismo é o corpo místico de Cristo, a comunidade dos santos eleitos em Deus espalhada por toda terra. A igreja como instituição é individual em suas variadas configurações legais, eclesiásticas e denominacionais. Como organismo vivo é única em Jesus Cristo. se alguma área da igreja-instituição estiver prejudicando o desempenho da igreja-organismo deverá ser repensada, do contrário será difícil alcançar o aperfeiçoamento dos santos e a unidade da fé (Ef 4:12,13). Modelos de Igrejas a partir de 1975 É possível identificar pelo menos três modelos de igrejas a partir de 1975, são eles; modelos de libertação, modelos pentecostal-carismático e perspectivas trinitárias. Modelos de Libertação: Modelos de libertação porque tem o seu trabalho voltado para teologia da libertação, teologia essa articulada por Latino-americanos como Gustavo Gutiérrez, Juan Luis Segundo, José Miguez Bonino e o Brasileiro Leonardo Boff. Essa corrente traz uma reflexão para a igreja se devemos apenas dizer qual é a “doutrina correta” ou praticar a todos os homens o serviço cristão verdadeiro. Lutando contra todo o tipo de injustiça social, racismo, desigualdade, estruturas opressoras a fim de construir uma sociedade mais justa. Levar o indivíduo a liberdade e salvação reconciliando-o com o seu Criador, sem cargas nem fardos (Mt 11:28,29). Esse modelo de igreja tem tido êxito em comunidades cristas de origem popular entre os pobres. Modelos Pentecostal-Carismático: Esse modelo tem o seu trabalho baseado nos dons e no poder do Espirito Santo pra curar e libertar os homens, podemos dizer que é um trabalho “mais espiritual”. Os modelos de libertação começam o seu trabalho na área física pra obter em consequência a libertação espiritual, os modelos de libertação iniciam o trabalho no campo espiritual pra obterem consequentemente a libertação física. Para essas igrejas os dons são equipamentos (armas) para a evangelização, acreditando que cheios de Espirito Santo (batizados) vencerão os obstáculos e terão mais sucesso em sua missão. A igreja cheia de dons e do poder do Espirito Santo, divulgando as boas novas do reino, é um sinal histórico de que o fim está próximo, é o que afirmam os modelos pentecostal-carismático. Modelos de Igrejas com Imagem da Trindade: Nesses modelos a igreja é comparada a vivencia e atuação da Trindade. O que Deus fez na criação, o que faz por intermédio de Jesus Cristo e obra do Espírito Santo, e como eles se relacionam. Aqui a igreja deve ser uma “perichorise”, (interação mutua compartilhada), uma ideia de que ninguém está permanentemente sobre outras pessoas, todos servem e todos lideram, a atuação na comunidade é de acordo com o dom de cada indivíduo. Num momento subordinado, em outro supervisor, depende do dom que está em exercício. O apóstolo Paulo escreve algo parecido aos coríntios, leia: Mas a manifestação do Espírito é dada a cada um, para o que for útil (1Co 12:7). Uma verdadeira koinonia (comunidade) dirigida pelos dons, vivendo em amor e harmonia trabalhando para a redenção da humanidade. Quem lidera de maneira absoluta é o Espirito Santo. A igreja no plano de Deus: Descobrindo-nos o mistério da sua vontade, segundo o seu beneplácito, que propusera em si mesmo, de tornar a congregar em Cristo todas as coisas, na dispensação da plenitude dos tempos, tanto as que estão nos céus como as que estão na terra; (Ef 1:9,10) A palavra às vezes traduzida por “plano” ou “proposito” é oikonomia (Gr.), que vem da palavra que significa “casa”, “ família”. A figura de linguagem usada por Paulo é especialmente adequada, pois em outro momento ele se refere à igreja como “família de Deus”, oikeios (Ef 2:19). A igreja é a casa ou família que Deus como Senhor escolheu pra ser o principal instrumento do reino na obra de reconciliação. Engana-se quem pensa que Deus deseja restaurar apenas os humanidade caída, a bíblia diz que o propósito de Deus é reunir em Cristo todas as coisas, tanto as que estão nos céus como as que estão na terra (Ef 1:9,10), tanto homens quanto natureza, e todas as coisas danificadas pela queda. Quando Deus colocou o homem no éden três mandatos foram dados por Deus; mandato espiritual, o homem sempre em contato com Deus; mandato social, o homem multiplicando-se sobre toda terra; mandato cultural, o homem desenvolveria suas culturas. Em todos os mandatos o homem deveria estar debaixo do governo de Deus, esses mandatos deveriam ser desenvolvidos com a cultura do reino de Deus. A queda quebrou a aliança e afastou a humanidade do seu Criador. A igreja como corpo de Cristo é o elo de ligação, ou melhor, de reconciliação em Cristo entre a criação e o seu Criador. A igreja é parte do plano de reconciliação executado, afinal a igreja teoricamente vive debaixo do governo e dos propósitos de Deus. Conclusão: Independente de qual seja o modelo de igreja uma coisa é fato, Deus nos chamou para uma grande obra, temos muito trabalho a fazer, Jesus disse que a seara é grande, mas os trabalhadores são poucos (Mt 9:37,38). A igreja não é negócio nem lugar de cuidarmos de nossos interesses pessoais, somos uma comunidade harmônica chamada pra cuidar dos interesses do Rei e Jesus Cristo. A igreja é segundo o apóstolo Paulo o “mistério da sua vontade” pra execução do seu plano de restauração total que começou com Jesus Cristo. Que a igreja possa se levantar e cumprir o seu papel de agente de Deus no mundo lutando com beligerância, avante! Pr. Bruno Gomes

A morte de Herodes

EUSÉBIO DE CESARÉIA LIVRO I, PARTE VIII. O autor e a obra: Eusébio, bispo de Cesaréia, nasceu em cerca de 270, fale¬ceu no ano 339/340. A data de seu nascimento só pode ser inferida de sua obra, pois ele narra a perseguição dos cristãos sob Valeriano (258-260) como sendo algo do passado, e os even¬tos seguintes como sendo contemporâneos seus. Não se sabe onde nasceu, mas passou a maior e mais impor¬tante parte de sua vida em Cesaréia, na época a maior cidade romana da Palestina. Era de família desconhecida mas certa¬mente cristã, como indica seu nome. Eusébio nada fala de si mesmo em sua extensa obra. Foi bispo de Cesaréia de 313 ou 315 em diante. Em 303 começa a última e maior perseguição aos cristãos, durando até 311. Não se sabe em que circunstâncias Eusébio atravessou essa tormenta. Assistiu pessoalmente a martírios em Tiro e na Tebaida (Egito), ele próprio foi preso mas não executa¬do, tendo sido posteriormente acusado de apostasia. Sua formação teológica foi baseada no estudo da obra de Orígenes. Durante os debates contra o arianismo Eusébio foi um dos principais defensores de uma posição mediadora, que procurava manter unificada a indefinição dogmática dos pri¬meiros pais da Igreja. Para a dogmática posterior ele é suspeito de ser semi-ariano, o que pode ter sido a causa do rápido desa¬parecimento de muitos de seus escritos. Sua obra se constitui de livros históricos, apologéticos, de exegese bíblica e doutrinários. Escreveu mais de 120 volumes, a maioria dos quais perdidos, alguns são conhecidos ape¬nas por traduções. Dos originais restam nada mais do que frag¬mentos. Tratou de todos os temas e personalidades ligados à Igreja, citando extensamente e comentando cerca de 250 obras de muitos autores que de outra maneira estariam perdidos, sendo conhecidos apenas através de Eusébio. Eusébio de Cesaréia [Do infanticídio cometido por Herodes e o final catastrófico de sua vida] 1. Nascido Cristo em Belém de Judá, conforme as profecias no tempo men¬cionado, Herodes, ante a pergunta dos magos vindos do Oriente que queriam saber onde se achava o nascido rei dos judeus - porque tinham visto sua estrela, e o motivo de sua viagem tão longa era seu empenho em adorar como Deus ao recém-nascido -, bastante perturbado pelo assunto, como se estivesse em perigo sua soberania - ao menos era o que ele realmente pensava -, depois de informar-se com os doutores da lei dentre o povo onde esperavam que haveria de nascer o Cristo, assim que soube que a profecia de Miquéias indicava Belém, ordenou mediante um edito matar os meninos de peito de Belém e redondezas, de dois anos para baixo, segundo o tempo exato indicado pelos magos, pensando que também Jesus, como era natu¬ral, teria certamente a mesma sorte que os outros meninos de sua idade. 2. Mas o menino, levado para o Egito, adiantou-se ao plano: um anjo apareceu a seus pais indicando-lhes de antemão o que iria acontecer. Isto é o que nos ensina a Sagrada Escritura do Evangelho . 3. Mas, além disso, é conveniente dar uma olhada na resposta pelo atrevimento de Herodes contra Cristo e os meninos de sua idade. Imediatamente depois, sem a menor demora, a justiça divina o perseguiu quando ainda transbordava de vida e lhe mostrou o prelúdio do que o aguardava para depois de sua saída desta vida. 4. Não é possível resumir agora as sucessivas calamidades domésticas com que se enevoou a suposta prosperidade de seu reino: os assassinatos de sua mulher, de seus filhos e de outras pessoas muito próximas a sua família por parentesco e por amizade. O que se pode supor a respeito disso deixa à sombra qualquer representação trágica. Josefo o explica extensamente em seus relatos históricos. 5. Mas sobre como um flagelo divino o arrebatou e ele começou a morrer já desde o momento em que conspirou contra nosso Salvador e contra os demais meninos, será bom escutar as palavras do próprio escritor, que no livro XVII de suas Antigüidades judaicas descreveu o final catastrófico da vida de Herodes como segue: "A doença de Herodes fazia-se mais e mais virulenta. Deus vingava seus crimes. 6. Com efeito, era um fogo suave que não denunciava ao tato dos que o apal¬pavam um abrasamento como o que por dentro aumentava sua destruição; e logo uma vontade terrível de comer algo, sem que nada lhe servisse, ulcerações e dores atrozes nos intestinos, e sobretudo no ventre, com inchaço úmido e reluzente nos pés. 7. Em torno do baixo-ventre tinha uma infecção parecida; mais ainda, suas partes pudendas estavam podres e criavam vermes. Sua respiração era de uma rigidez aguda e extremamente desagradável pela carga de supuração e por sua forte asma; em todos os membros sofria espasmos de uma força insuportável. 8. O certo é que os adivinhos e os que têm sabedoria para predizer estas coisas diziam que Deus estava fazendo-se pagar pelas muitas impiedades do rei." Isto é o que o autor citado anota na mencionada obra. 9. E no livro segundo de seus relatos históricos nos dá uma tradição parecida acerca do mesmo assunto, escrevendo assim: "Então a enfermidade se apoderou de todo o seu corpo e foi destroçando-o com variados sofrimentos. A febre na verdade era fraca, mas era insuportável a comichão em toda a superfície do corpo, as dores contínuas do ventre, os edemas dos pés, como de um hidrópico, a inflamação do baixo-ventre e a podridão verminosa de suas partes pudendas, ao que se deve acrescentar a asma, a dispnéia e espasmos em todos seus membros, ao ponto de os adivinhos dizerem que estes sofrimentos eram um castigo. 10. Mas ele, mesmo lutando com tais padecimentos, ainda se aferrava à vida, e esperando salvar-se imaginava curas. Atravessou o Jordão e utilizou as águas termais de Calirroe. Estas vão desaguar no mar do Asfalto , e como são doces são também potáveis. 11. Ali os médicos decidiram aquecer com azeite quente todo seu purulento corpo em uma banheira cheia de azeite; desmaiou e revirou os olhos, como se estivesse acabado. Armou-se grande alvoroço entre os criados, e com o ruído voltou a si. Renunciando desde então à cura, mandou distribuir a cada soldado 50 dracmas e muito dinheiro aos chefes e a seus amigos. 12. Regressou então e chegou a Jericó, já vítima da melancolia e ameaçado pela morte. Pôs-se a tramar uma ação criminosa. De fato, fez reunir os notáveis de cada aldeia de toda a Judéia e mandou encerrá-los no chamado hipódromo. 13. Chamando depois sua irmã Salomé e seu marido Alexandre, disse: Sei que os judeus festejarão minha morte, mas posso ainda ser pranteado por outros e ter uns funerais esplêndidos se vocês atenderem minhas ordens. Assim que eu expirar, fazei com que cada um dos homens aqui detidos seja imediatamente cercado por soldados e fazei com que os matem, para que a Judéia inteira e cada casa, ainda que à força, chore por mim." 14. E um pouco mais adiante diz: "Depois, torturado também pela falta de alimento e por uma tosse espasmódica e abatido pelas dores, tramava antecipar a hora fatal. Pegou uma maçã e pediu uma faca, pois tinha o costume de cortá-la para comê-la. Depois, olhando em volta por medo de que houvesse alguém para impedi-lo, levantou sua mão direita com a intenção de ferir-se." 15. Além destes detalhes, o mesmo escritor refere que, antes de morrer de todo, mandou que matassem outro de seus filhos legítimos, terceiro que somou aos outros dois já assassinados anteriormente , e no mesmo momento, de repente e entre enormes dores, expirou . 16. Assim foi o final de Herodes, justo e merecido pelo infanticídio perpetrado em Belém por atentar contra nosso Salvador. Depois disto, um anjo se apresentou em sonhos a José, que vivia no Egito, e ordenou-lhe partir com o menino e sua mãe para a Judéia, explicando-lhe que estavam mortos os que buscavam a morte do menino, ao que acrescenta o evangelista: Porém, ouvindo que Arquelau reinava no lugar de seu pai Herodes, temeu ir para lá, mas avisado em sonhos, retirou-se para a região da Galiléia .

A águia e a galinha

A águia e a galinha Nós somos águias ; Vamos, finalmente, contar a história narrada por James Aggrey. O contexto é o seguinte: em meados de 1925, James havia participado de uma reunião de lideranças populares na qual se discutiam os caminhos da libertação do domínio colonial inglês. As opiniões se dividiam. Alguns queriam o caminho armado. Outros, o caminho da organização política do povo, caminho que efetivamente triunfou sob a liderança de Kwame N'Krumah. Outros se conformavam com a colonização à qual toda a África estava submetida. E havia também aqueles que se deixavam seduzir pela retórica* dos ingleses. Eram favoráveis à presença inglesa como forma de modernização e de inserção no grande mundo tido como civilizado e moderno. James Aggrey, como fino educador, acompanhava atentamente cada intervenção. Num dado momento, porém, viu que líderes importantes apoiavam a causa inglesa. Faziam letra morta de toda a história passada e renunciavam aos sonhos de libertação. Ergueu então a mão e pediu a palavra. Com grande calma, própria de um sábio, e com certa solenidade, contou a seguinte história: ."Era uma vez um camponês que foi à floresta vizinha apanhar um pássaro para mantê-lo cativo em sua casa. Conseguiu pegar um filhote de águia. Colocou-o no galinheiro junto com as galinhas. Comia milho e ração própria para galinhas. Embora a águia fosse o rei/rainha de todos os pássaros. Depois de cinco anos, este homem recebeu em sua casa a visita de um naturalista. Enquanto passeavam pelo jardim, disse o naturalista: – Esse pássaro aí não é galinha. É uma águia. – De fato – disse o camponês. É águia. Mas eu a criei como galinha. Ela não é mais uma águia. Transformou-se em galinha como as outras, apesar das asas de quase três metros de extensão. – Não – retrucou o naturalista. Ela é e será sempre uma águia. Pois tem um coração de águia. Este coração a fará um dia voar às alturas, – Não, não – insistiu o camponês. Ela virou galinha e jamais voará como águia. Então decidiram fazer uma prova. O naturalista tomou a águia, ergueu-a bem alto e desafiando-a disse: – Já que você de fato é uma águia, já que você pertence ao céu e não à terra, então abra suas asas e voe! A águia pousou sobre o braço estendido do naturalista. Olhava distraidamente ao redor. Viu as galinhas lá embaixo, ciscando grãos. E pulou para junto delas. O camponês comentou: – Eu lhe disse, ela virou uma simples galinha! – Não – tornou a insistir o naturalista. Ela é uma águia. E uma águia será sempre uma águia. Vamos experimentar novamente amanhã. No dia seguinte, o naturalista subiu com a águia no teto da casa. Sussurrou lhe: -Águia, já que você é uma águia, abra suas asas e voe! Mas quando a águia viu lá embaixo as galinhas, ciscando o chão, pulou e foi para junto delas. O camponês sorriu e voltou à carga: – Eu lhe havia dito, ela virou galinha! – Não – respondeu firmemente o naturalista. Ela é águia, possuirá sempre um coração de águia. Vamos experimentar ainda uma última vez. Amanhã a farei voar. No dia seguinte, o naturalista e o camponês levantaram bem cedo. Pegaram a águia, levaram-na para fora da cidade, longe das casas dos homens, no alto de uma montanha. O sol nascente dourava os picos das montanhas. O naturalista ergueu a águia para o alto e ordenou-lhe: – Águia, já que você é uma águia, já que você pertence ao céu e não à terra, abra suas asas e voe ! A águia olhou ao redor. Tremia como se experimentasse nova vida. Mas não voou. Então o naturalista segurou-a firmemente, bem na direção do sol, para que seus olhos pudessem encher-se da claridade solar e da vastidão do horizonte. Nesse momento, ela abriu suas potentes asas, grasnou com o típico kau-kau das águias e ergueu-se, soberana, sobre si mesma. E começou a voar, a voar para o alto, a voar cada vez para mais alto. Voou... voou.. até confundir-se com o azul do firmamento... " E Aggrey terminou conclamando: – Irmãos e irmãs, meus compatriotas! Nós fomos criados à imagem e semelhança de Deus! Mas houve pessoas que nos fizeram pensar como galinhas. E muitos de nós ainda achamos que somos efetivamente galinhas. Mas nós somos águias. Por isso, companheiros e companheiras, abramos as asas e voemos. Voemos como as águias. Jamais nos contentemos com os grãos que nos jogarem aos pés para ciscar. Bibliografia: Autor: BOFF, Leonardo. A águia e a galinha, a metáfora da condição humana. . Petrópolis, RJ.( Co-autor: James Aggrey - Natural de GAMA,pequeno pais da África Ocidental. Político que defendia a liberdade. Mensagem: Pastor Bruno Gomes Mesmo que a águia não percebesse, naturalmente ela era diferente das galinhas, ainda que tendo o mesmo tipo de vida, seu tamanho e plumagem eram diferentes das galinhas. Quando a águia viu do alto da montanha, a infinidade do horizonte percebeu que não podia ficar presa ao limitado quintal do camponês. Há um horizonte infinito de sonhos e projetos fora dos nossos quintais culturais e ideologistas. Sonhe, trabalhe pelos seus sonhos, não pare de sonhar, não desista dos seus sonhos e sobre tudo sonhe os sonhos de Deus. Vão tentar te parar, vão te vender, falar mentiras a teu respeito e até te lançar numa prisão, mas como José, levantado como governador do Egito Deus vai conosco até o final. Lembrem-se sempre, os sonhos de Deus nunca morrem. IS 40.30-31/ SL 126.1 Os jovens se cansarão e se fatigarão, e os moços certamente cairão; Mas os que esperam no SENHOR renovarão as forças, subirão com asas como águias; correrão, e não se cansarão; caminharão, e não se fatigarão. Isaías 40:30-31 [cântico dos degraus] Quando o SENHOR trouxe do cativeiro os que voltaram a Sião, estávamos como os que sonham. Salmos 126:1