sexta-feira, 22 de junho de 2012

PEIXE :Simbolo do Cristianismo



Peixe, Símbolo do Cristianismo?
Entenda porque o peixe é um dos símbolos do cristianismo.
  


Sim, o peixe foi um dos símbolos do Cristia­nismo. O peixe era alimento básico entre os ju­deu. Embora duas vezes tenha sido objeto de mi­lagre, e assim como o pão tornou-se símbolo de Cristo, assim também o peixe pôde ser lembra­do como provisão de Deus. Uma vez que o pei­xe era um alimento essencial, a profissão de pes­cador era comum. O Senhor Jesus usou a figura do pescador e da pesca para exemplificar o discipulado e a abrangência do Reino de Deus.
Os ministros de Deus são chamados pescado­res, porquanto procuram conquistar os homens para Cristo e para o reino (Mt 4:19; Mc 1:17; Lc 5:10).
Como símbolo cristão, a palavra grega para peixe, ichthys, era dividida como segue: / (Je­sus); ch (Cristo); th (de Deus); y (Filho); s (Salva­dor). A frase grega, por inteiro, era: Ieosous Christós Theou hyiós, Soter, ou seja: Jesus Cris­to, Filho de Deus, Salvador.



Tornando o mais famoso acróstico da Antigüidade e de toda a História, sem dúvida, foi criado pelos primitivos cristãos. Tomando as letras iniciais da frase grega Iesous Christós, Theou hyiós, Soter (Jesus Cristo, Filho de Deus, Salvador), que era escrita com uma palavra abaixo da outra, formou-se o acróstico ichthus (peixe), animal adotado como símbolo místico por esses religiosos. Eis o acróstico, em grego:



Além de ser o acróstico mais conhecido, esse foi também o mais perigoso em toda a História. A prática do Cristianismo só se tornou totalmente liberada no início do século IV. Durante o primeiro século da Era Cristã, os cristãos foram perseguidos e presos. Muitos deles faleceram nas arenas romanas, lutando contra leões. A associação de qualquer cidadão romano com esse acróstico, sinal secreto de adesão à doutrina cristã, bastava para que ele se tornasse uma vítima da intolerância religiosa do Estado romano.


Observe a imagem do peixe ainda preservada nas catacumbas romanas, onde os cristãos primitivos se encontravam para praticar secretamente o culto.

O Peixe foi um dos primeiros símbolos cristãos, os cristãos para se identificarem desenhavam no chão o peixe, assim podiam conversar sobre Cristo com outro cristão, sem correr o risco de ser morto por um perseguidor, hoje esse simbolo continua a ser usado por algumas denominações cristãs.


Esse mesmo acróstico foi parte central de uma das mais famosas e duradouras fraudes literárias da História, que alguns estudiosos consideram fundamental para a difusão do Cristianismo em seus primeiros séculos de existência.


Figuras do peixe no chão em mosaico na igreja da multiplicação dos pães em Tabgha - Israel





Também era utilizado como símbolo de identificação dos cristãos.


 Como os cristãos primitivos eram perseguidos, as suas reuniões se davam em locais secretos. E como saber onde seria a reunião? As reuniões não podiam ser em templos, portanto eram realizadas nas casas, catacumbas ou cavernas. E mesmo assim as reuniões não poderiam ser muitos freqüentes em um mesmo lugar, para se evitar chamar atenção. Então a forma de marcarem um lugar para a reunião era desenhando este peixinho nos chão ou paredes indicando para onde deveriam ir, usadas como setas sinalizadoras, ou onde se daria o encontro. Seria um símbolo conhecido somente pelos cristãos.





 

Queridos irmãos, esse e apenas um pedaço de nossa historia, prometo que irei atrás de outros para mante-los mas informados como eu sempre fiz.
O povo que  não conhece a sua historia corre o risco de ficar sem identidade. (Pr. Bruno Gomes)

Mas agora, assim diz o SENHOR que te criou, ó Jacó, e que te formou, ó Israel: Não temas, porque eu te remi; chamei-te pelo teu nome, tu és meu. 
Isaías 43:1
e-mail: prbrunogomes@hotmail.com

Cuidados na interpretação bíblica


Resumo - Os Perigos da Interpretação Bíblica - A Exegese e suas Falácias - D. A. Carson
Sobre o autor:
D. A. Carson é professor de Novo testamento na Trinity Evangelical Divinity School, nos Estados Unidos. Desde que recebeu seu grau de doutor na Universidade de Cambridge, na Inglaterra, ele já escreveu mais de quinze livros. Neste livro, D. A. Carson apresenta uma excelente abordagem de vários tipos de falácias muitas vezes presentes no trabalho de exegese:

* vocabulares
 * gramaticais
 * lógicas
 * históricas
 * e de presupostos

Ele as examina e reflete sobre cada uma de forma bastante prática e objetiva, ilustrando suas considerações teóricas com exemplos extraídos de diversos autores, de maneira que o leitor possa compreender claramente onde e como ocorreu a falha. Ao buscar e revelar abusos e falhas em certos princípios exegéticos, Os Perigos da Interpretação Bíblica mostra-se muito útil e até essencial para professores, pastores, estudantes e todos os cristãos comprometidos com uma interpretação correta das Escrituras, pois ajuda-os e incentiva-os a discutir cuidadosamente as difíceis questões levantadas durante o trabalho do exegeta.
Muitos, quando procuram um sentido nos textos bíblicos, acabam se esquecendo da hermenêutica, o que gera sofismas e armadilhas para uma compreensão correta do texto. O autor mostra as armadilhas lógicas, gramaticais, vocabulares, históricas e pressupostas que se forem conhecidas, podem ser evitadas, fazendo com que o leitor, ao interpretar, corra menos riscos. Neste valioso livro, o autor não tem a intenção de fazer um trabalho hermenêutico nos textos citados como exemplo. Essa não é a proposta do livro. Carson apresenta os vários tipos de falácias que podem ser encontrados em trabalhos de exegese. O autor diz que uma interpretação crítica das Escrituras é aquela que justifica adequadamente os aspectos: lexical, gramatical, cultural, teológico, histórico, geográfico ou outro tipo. Que é importante uma abordagem cuidadosa da Bíblia para nos capacitar à ouvi-la um pouco melhor. Não devemos aplicar ao texto bíblico as interpretações tradicionais que recebemos de terceiros, mas sempre exercer um papel crítico.
O estudo dos erros de interpretação é importante, porém contém seus riscos porque gera um negativismo contínuo é espiritualmente perigoso. O distanciamento, apesar disto, é um componente necessário do trabalho crítico.
Sem dúvidas, é determinante para se entender a Bíblia o desejo e vontade latente de interpretá-la corretamente. Pois quando falamos de Bíblia, não estamos falando de um livro qualquer. É preciso esforço para interpretar e explicar a palavra de Deus com clareza.
Antes de ler este livro já tinha uma idéia parecida da citação (pg. 16) que fala das formulações teológicas contraditórias entre os chamados “evangélicos”, onde se vê de tudo, das doutrinas mais simplórias às mais “sofisticadas”, porém muitas absurdas. Tudo isto por falta da aplicação correta da exegese por parte de alguns ou até por má-fé por parte de outros.
Após a leitura obtive uma visão do que é exegese. Aprendi que exegese é a “arte” de interpretar as escrituras da melhor forma, completa e exaustivamente, enquanto que hermenêutica diz respeito às ferramentas utilizadas ao exercício de exegese.
Achei interessantes os aspectos apontados pelo autor sobre os erros encontrados em diversas exegeses. Dentre eles me chamaram a atenção:
1) Obsolescência semântica: Significado de uma palavra que foi diferente em outra época. Ex. Pedagogo: escravo x professor; A falácia do radical (pg. 26) é uma falácia muito importante a ser observada, nessa falácia o significado é determinado pela etimologia, ou seja, pela raiz ou raízes de uma palavra. Na página 27 temos o exemplo da palavra “ministros” (ou ”servos”-como na NVI) usada pelo apóstolo Paulo em (I Co. 4 v 1), a etimologia dessa palavra conclui que ela significa “o auxiliar de um remador”, alguém que “servia” ou auxiliava o remador. O apóstolo Paulo não estava dizendo que auxiliava alguém em um barco remando de um lado para o outro, até porque sua profissão era fazer tendas (At 18:3), o que está em questão aqui é o contexto em que essa palavra é empregada e não a sua etimologia. Essa palavra na literatura clássica nunca é aplicada a “remador” e certamente não é empregada assim no Novo Testamento. No Novo Testamento é aplicada a um servo. Independente da etimologia de uma palavra (o estudo etimológico também é importante, não deve ser descartado), ela deve ser analisada junto com o contexto aplicativo do texto. Anacronismo semântico: quando um significado mais recente de certa palavra é transportado para a literatura antiga. Obsolescência semântica: aqui, o intérprete atribui a certa palavra de seu texto um significado que o termo em questão costumava ter em tempos passados, mas que não é mais encontrado dentro do atual campo semântico da palavra; ou seja, o significado é semanticamente obsoleto. 
2) Fontes Duvidosas: Utilizar pesquisas insuficientes e dando créditos alheios sem a devida verificação das fontes originais; 
3) Erros lógicos: Inobservância das leis fundamentais da lógica, as quais são universalmente verdadeiras, tais como a lei da não-contradição e a lei do termo médio excluído; Confusão de cosmovisões essa falácia consiste em alguém acreditar que suas experiências e conceitos pessoais são a estrutura correta para a interpretação do texto bíblico; 
4) Falácia baconiana que submete o historiador à uma busca de um objeto impossível por meio de um método impraticável. Destaca que é fundamental não deixarmos de reconhecer nossas próprias suposições, indagações, interesses e preconceitos, mas admitindo todos estes e dialogando com o texto, procurando fazer concessões para evitar confusão de nossa própria cosmovisão com as dos escritores bíblicos; 
5) Distinção entre figurado e literal: É muito comum encontrarmos interpretações que tomam o literal pelo figurado ou vice-versa. A teologia de algumas seitas depende de tais leituras errôneas, propõe uma interpretação literal de muitas aplicações aparentemente figuradas de palavras, por exemplo, “Deus deve ter um corpo, pois o texto fala do poderoso braço direito de Deus”, mas quais são os princípios que determinam entre o figurado e o literal.
O principal que aprendi foi sobre a necessidade de reconhecer a própria bagagem de convicções que cada um de nós traz consigo, especialmente aquelas herdadas, para não deixar interferir num distanciamento necessário do texto. Sempre exercer a crítica e esgotar inteiramente todos os meios disponíveis de consulta e interpretação, com imparcialidade e posturas que sejam baseadas em convicções exegéticas.
Algo muito importante a ser observado é que tanto a hermenêutica quanto a exegese precisam andar com o leitor da Bíblia, caso contrário as falácias tomaram o lugar da verdadeira interpretação das escrituras.



Bibliografia:
CARSON, Donald A. Os Perigos da Interpretação Bíblica. 2. ed. São Paulo: Edições Vida Nova, 2001.
BÍBLIA DE ESTUDO DAKE.

e-mail: prbruno_gomes@hotmail.com