Introdução:
Ø Deus criou o
universo conforme um plano, e tudo o que acontece nele tem fundamento no
Propósito Eterno de Deus.
Ø A Escatologia
trata das questões do fim ou do propósito da vida e do alvo do plano de Deus, a
consumação da história, que se move em direção a um fim determinado.
Ø O objeto de estudo
da escatologia está diretamente relacionado ao futuro da raça humana, da
criação e de cada pessoa individualmente. É a doutrina da consumação.
Definição:
Ø Os termos gregos
por detrás dessa palavra são “éschatos” (último), e “logos” (estudo).
Portanto, a escatologia é o estudo das últimas coisas que haverão de suceder os
lances finais do presente ciclo histórico.
Ø A tradição
profética concentra a atenção sobre o modo como Deus fará fruir e concretizar
os seus propósitos remidores. Isso porá fim a um antigo ciclo (o nosso), dando
início a um novo ciclo.
Ø A consumação de
nossa era, pois, será também o começo de uma nova era. Todos os ciclos
históricos terminam em meio à destruição, e então tem começo um novo ciclo.
A Escatologia Bíblica:
Ø Tanto no Antigo
quanto no Novo Testamento, o tema escatológico mais comum é aquele que diz
respeito ao Messias – que aparece como o Senhor e Governante Universal (Sl 2;
Is 9:6; Mt 24; Apocalipse).
Ø Os pactos do
Antigo Testamento são retratados como tendo conseqüências a longo prazo, e
então são mesclados no Novo Pacto, que abarca a humanidade inteira. As
operações de Deus na história passada e no futuro dizem respeito à redenção dos
homens.
Ø O reino do mal é
descrito como sujeito ao controle futuro do “homem do pecado” (o anticristo),
do falso profeta e do próprio Satanás, formando uma trindade maligna.
Ø O curso da
história da Igreja é predito na escatologia. Esse curso terminará, por uma
parte, na apostasia; e, por outra parte, na plena redenção.
Ø O estado eterno
haverá de caracterizar-se por grande atividade, envolvendo o aspecto da
restauração. Todavia, não se pode dizer até que ponto, e nem por quanto tempo.
A passagem de Ef 1:10, entretanto, parece indicar que um certo número de longos
ciclos estará envolvido nessa realização restauradora.
Ø O Novo Testamento,
principalmente o livro de Atos e as epístolas paulinas, falam sobre um Reino
que nos é acessível, que não espera por eventos cataclísmicos para se tornar
uma realidade espiritual.
Ø Desde agora existe
um Reino pelo qual podemos e devemos viver e lutar. Por isso, não podemos
preocupar-nos somente com a futura crise inerente na escatologia.
Temas Principais da Escatologia:
Ø A Doutrina do
Sheol e da Alma (AT);
Ø O Dia do Senhor
(AT);
Ø A Esperança
Messiânica (AT);
Ø A Restauração de
Israel (AT);
Ø O Reino de Deus
(AT e NT);
Ø O Governo
Messiânico - Milênio(NT);
Ø O Julgamento Final
(NT);
Ø A Ressurreição
(NT);
Ø O Após-Vida (NT);
Ø O Inferno – Hades
(NT);
Ø O Anticristo – A
Tríade Satânica;
Ø A Segunda Vinda –
Parousia (NT);
Ø O Mistério da
Vontade de Deus: Redenção e Restauração
Interpretações Escatológicas:
Ø Interpretação
Idealista (Simbólica) – os símbolos ou acontecimentos descritos não
ocorrerão em qualquer ponto específico da história, mas representam e apresentam
“verdades eternas”, verdades acerca da natureza da realidade ou da existência
humana que são continuamente presentes ou recorrem continuamente. Não se
perguntas “quando?” mas, sim, “o quê?”.
Ø Interpretação
Futurista – relaciona os elementos proféticos e apocalípticos nas
Escrituras primariamente a um “tempo do fim”, quando todos os acontecimentos se
sucederão. A maior parte dele ainda acontecerá no futuro para nós, como
acontecia para os que viviam nos tempos bíblicos.
Ø Interpretação
Historicista – considera que a apocalíptica pertence a acontecimentos
que ainda eram futuros na ocasião em que foram descritos (o período bíblico),
mas que já ocorreram e continuam a acontecer dentro da história da igreja.
Ø Interpretação
Preterista – considera que o cumprimento da apocalíptica ocorreu
aproximadamente no período contemporâneo ao registro bíblico dela. Sendo assim
os “últimos tempos” já teria chegado quando o escritor bíblico os descreveu.
Conceitos Escatológicos:
Ø Posição Cristã
Conservadora – Visão Escatológica centrada na Segunda Vinda de Cristo.
Todos os seres humanos (exceto os que ainda estiverem vivos na volta do Senhor)
devem passar pela morte física e, nesse momento, passam para um estado
intermediário apropriado à sua condição espiritual. Os que se entregaram à obra
salvadora de Jesus Cristo irão para um lugar de bem-aventurança e galardão; mas
os que não se entregaram irão para um lugar de castigo e tormento. Em algum
tempo futuro, Cristo voltará de modo corpóreo. Então todos os mortos serão
ressuscitados e entregue ao seu destino final – o céu ou o inferno. Lá
permanecerão eternamente numa condição inalterável. (Debates e variações sobre
o milênio, arrebatamento e a tribulação).
Ø Escatologia
Consistente (Albert Schweitzer) – Perspectiva do estabelecimento futuro do
Reino de Deus na terra na pessoa de Jesus de Nazaré, o Messias. A entrada nesse
Reino é por meio da transformação moral (arrependimento). Esse Reino, novo
quanto à sua qualidade, repentino quanto à sua vinda, sobrenatural e de valor
infinito, há de se manifestar no fim da história. Ele é altamente moral, e
quando vier através de uma catástrofe cósmica, todo o mal será completamente
vencido. A vinda de Jesus seria um acontecimento surpreendente, envolvendo
distúrbios cósmicos. A chegada do Reino seria um clímax absoluto, não uma
passagem gradual, e transformaria radicalmente as circunstâncias e caráter humano.
Ø Escatologia
Realizada (Charles H. Dodd) – O tema escatológico permeia as
Escrituras Sagradas, especialmente os ensinos de Jesus. Desafia a idéia de futuridade
em conexão com os ensinos de Jesus. Ela não fala de acontecimentos
totalmente futuros que ainda se cumpririam; as “coisas que haviam de vir” já
chegaram. A Escritura contém um contraste drástico entre “esta era” e as “eras
vindouras”. Nos profetas do Antigo Testamento, esse contraste focava-se no dia
do Senhor, que se caracterizava por três aspectos distintos:
Ø O Dia do Senhor
seria sobrenatural;
Ø O Dia do Senhor
envolveria a derrota dos poderes do mal e do pecado;
Ø O Dia do Senhor
traria nova vida àqueles em quem Sua vontade se cumpre;
Ø Escatologia
Realizada (Charles H. Dodd) – de acordo com essa visão há uma
diferença entre as referências do Antigo e as do Novo Testamento. Enquanto no
primeiro , o dia do Senhor é futuro, no segundo esse dia já chegou (Mt 12:28;
At 2:16; II Co 3:18; 5:17; Cl 1:13); Tt 3:5; Hb 6:5; I Pe 1:23; I Jo 2:8,18).
De acordo com a interpretação de Dodd, a nova era está aqui; Deus estabeleceu o
Reino. Aquilo que era futuro no tempo das profecias do Antigo Testamento
tornou-se presente. Em vez de procurar cumprimento futuro das “predições” de
Jesus, deveríamos interpretar essas “predições” à luz de suas declarações de
que o Reino de Deus está aqui – está próximo. Jesus não falava de como seria,
mas de como era. O Dia do Senhor outrora profetizado já raiou.
Ø Escatologia
Realizada (Charles H. Dodd) – nessa perspectiva, o Reino de Deus:
Ø Trata-se de um
Cumprimento (Gl 4:4);
Ø O Sobrenatural
Entrou na História;
Ø O Poder de Deus
Está Abertamente Manifesto Para Derrotar os Poderes do Mal (Lc 10:18; Jo
12:31);
Ø O Evento Cristo
Também Abrange o Julgamento do Mundo;
Ø A Vida Eterna, a
Vida no Porvir, é Realizada Agora em Nossa Experiência (I Co 15:20; Jo 10:10);
Ø O Futuro é Agora!
Jesus falava não daquilo que viria, mas daquilo que já viera.
Ø A força da
Escatologia Realizada é a sua doutrina de que boa parte da escatologia da qual
Jesus falava já foi cumprida ou estava sendo cumprida no tempo dele. Em Cristo,
o futuro viera ou pelo menos começara.
Ø Escatologia
Existencial (Rudolf Bultmann) – a escatologia está colocada dentro do
quadro da mitologia em geral, que deve ser reinterpretada – desmitologização (a
tentativa de entender o mito através do seu significado existencial, em vez de
literal). Para Bultmann, Cristo cria definitivamente num futuro Reino de Deus.
Segundo ele, Jesus indubitavelmente entendia o Reino de Deus como futuro e
esperava a sua chegada acompanhada de julgamento e consumação escatológica no
tempo próximo – se não imediatamente, ou seja, dentro do período de vida da
geração presente. As referências escatológicas devem ser vistas como uma
expressão do entendimento do homem a respeito de sua existência, e de como ele
a vivencia no tempo.
Ø Escatologia
Existencial (Rudolf Bultmann) – a grande força deste tipo de escatologia é a relevância que ela dá aos
ensinos escatológicos. Em vez de referir-se a algo que aconteceu uma vez há
muito tempo, ou que ainda há de acontecer, os ensinos da escatologia são
verdadeiros no presente e têm pertinência imediata. Não são para pessoas que
viviam no passado ou que viverão algum tempo no futuro. São para mim, que vivo
agora. Como conseqüência, podem ser pregados. Bultmann notou corretamente que a
mensagem deve, em certo sentido, ter relação com as formas de pensamento de seus
dias, expressando-se nelas; deve também utilizar conceitos e expressões da
experiência sensorial – ex: ruas de ouro.
Ø Teologia da
Esperança (Jurgen Moltmann) – é uma tentativa de demonstrar a
pertinência da fé cristã ao relacioná-la de algum modo específico com os
questionamentos feitos pelo mundo secular. É a apresentação do Deus da
Esperança, como é testificado na história promissora do Antigo e Novo
Testamentos, que nos leva a assumir a responsabilidade pelos problemas
pessoais, sociais e políticos do presente, para a criação de um novo mundo.
Moltmann considera a escatologia como um espírito, uma perspectiva, uma moldura
dentro da qual toda a teologia deve ser conduzida.
Ø Teologia da
Esperança (Jurgen Moltmann) – Cristo é a antecipação do futuro de
Deus, especialmente no símbolo da ressurreição. A ressurreição de Cristo é o
começo e também a antecipação da libertação final do mundo. O mundo será
transformado. O evangelho não meramente anuncia o fato; realmente intermedia ou
produz a esperança. Podemos falar dele como um sacramento da esperança. Visto
que Cristo é o futuro trazido para o presente, devemos perguntar, ainda, como
ele é presente para nós hoje. Ele está presente de forma verbal e espiritual
quando a congregação está comissionada pela Palavra e quando cumpre sua missão
no mundo necessitado. A Igreja é, pois, chamada a mediar a presença de Cristo,
que por sua vez medeia o futuro de Deus.
Ø Teologia da
Esperança (Jurgen Moltmann) – Mas como mediamos essa esperança? Isso
não ocorre meramente pela espera passiva ou pelo ato de anunciar aquilo que há
de vir. A comunidade tem sido conclamada a levar a efeito esse futuro: “Somos
obreiros de construção e não apenas intérpretes do futuro, cujo poder, tanto na
esperança como na realização, é Deus. Isso significa que a esperança cristã é
uma esperança criadora e militante na história. O horizonte da expectativa
escatológica produz aqui um horizonte de intenções éticas que dá significado a
iniciativas históricas e concretas. O cristão é alguém que espera o futuro de
Deus e a libertação final do mundo. Ele não pode, porém, aguardar esse futuro
de forma passiva; deve buscá-lo, esforçar-se por ele, trazê-lo ao presente.
Conceitos Milenistas:
Pós-Milenismo:
Ø Não é um esquema
amplamente sustentado na atualidade. Sua influência foi bastante significativa
na igreja durante longos períodos de sua história, e nos últimos cem anos tem
sido, às vezes, a posição dominante.
Ø Temas Básicos:
a)
O Reino de Deus – uma realidade presente, está aqui de
modo terreno. É o governo de Cristo no coração dos homens. Não é algo a ser
introduzido de modo cataclísmico em algum tempo futuro.
b)
Conversão de todas as nações antes da volta de Cristo. Não se trata da
conversão plena de toda população. Todas as pessoas em todas as áreas e nações
do mundo virão a crer. Haverá um reavivamento mundial pelo processo de
cristianização do mundo.
c)
A Expectativa de um Longo Período de Paz na Terra,
chamado de Milênio – À medida que cada vez mais pessoas se submetem ao plano
do Senhor e começam a praticar os ensinos e modo de vida que ele estabeleceu, a
paz passa a ser o resultado natural. Não somente cessarão os conflitos entre as
nações, mas também o atrito entre as raças e as classes sociais. O Milênio não
é literal, é um longo período de tempo. O Reino se estabelecerá gradualmente.
d)
O Crescimento Gradual do Reino – a contínua
propagação do evangelho irá gradualmente estabelecer o Reino. Alguns
pós-milenistas dizem que o Milênio abrange todo o período da igreja. No
entanto, os que não pensam assim entendem que a era presente simplesmente irá
se mistura com a era milenar. O casamento, a família, o nascimento, os
problemas econômicos, sociais e educacionais estarão presentes.
e)
A Existência de um período de apostasia e explosão do
mal que acontecerá em conexão com a vinda do Anticristo no fim do Milênio – Deus permitirá
essa manifestação do mal para demonstrar novamente e de modo mais claro que
coisa terrível é o pecado e o quanto esse ato merece punição.
f)
O término do Milênio com o retorno corpóreo de Cristo.
g)
A volta do Senhor será imediatamente seguida pela
ressurreição de todos – Justos e injustos serão ressuscitados e julgados de
acordo com sua condição.
Ø A distinção entre
o Pré-Milenismo e o Pós-Milenismo é maior do que a diferenciação entre “antes”
e “depois”. Para o pré-milenista, o Milênio é uma qualidade de existência muito
diferente das demais eras, é até mesmo um tipo diferente de mundo. Para o
pós-milenista, o Milênio difere da era presente apenas quanto ao grau.
Ø A conversão da
nação judaica é um tema defendido também por alguns pós-milenistas. Não é a
mesma idéia ensinada por alguns pré-milenistas de que a Aliança de Deus é
basicamente com os judeus e que depois de um intervalo de tratar com a igreja
Deus restaurará Israel à sua posição especial e favorecida. É uma crença de que
certas profecias prevêem que grandes números de judeus serão convertidos e
entrarão na igreja como os gentios
Ø Doutrinas do
Pós-Milenismo:
a)
A Divulgação do Evangelho – a mensagem será
levada ao mundo inteiro e terá uma recepção favorável (Is 42:22-25; Os 2:23; Sl
42,72 e 110; Mt 24:14; 28:18-20). A universalidade do Reino do Messias não será
cumprido em alguma vinda futura cataclísmica, mas dentro da era presente. Não
precisamos buscar um tempo futuro em que Cristo será capaz de trazer
completamente o Reino profetizado. Ele é tão capaz de fazê-lo agora quanto o
será no futuro. Pré-milenistas afirmam que Cristo, o Rei, está ausente e que
fará grandes coisas quando retornar; pós-milenistas, entretanto, afirmam que
Cristo está presente e estará até o fim dos tempos. Por isso aquele pode de
conquistar e reinar está à nossa disposição do presente.
b)
A Divulgação do Evangelho – a prometida
conversão nacional dos judeus não acontecerá “até que chegue a plenitude dos
gentios” (Rm 11:25). Uma das evidências de que está evangelho está acontecendo
é o aprimoramento do mundo. Não só indivíduos tem sido redimidos, mas ao mesmo
tempo e por conseqüência o mundo também tem sido redimido. A tendência é que o bem
progrida e o mal decresça. Antes da volta de Cristo, veremos um mundo
cristianizado.
c)
A Natureza do Reino – o Reino de Deus é uma realidade
terrena presente, e não uma realidade celestial futura. É aqui e agora e cresce
gradualmente. Não é algo que está ausente no momento e ainda será inaugurado
por um único acontecimento relevante. Pelo contrário, está chegando aos poucos,
quase de forma imperceptível.
d)
A Natureza do Reino – a Segunda Vinda do Senhor não é
vista, como no caso dos pré-milenistas, um passo tão culminante no processo – o
alcance da introdução final e completa do Reino – como é uma proclamação do
Reino. Cristo voltará após ter sido cumprida a grande comissão e todas as
nações terem sido discipuladas e batizadas.
e)
A Natureza do Milênio – para o
pós-milenista, os mil anos de Apocalipse 20 são de natureza simbólica. O
significado é qualitativo e não quantitativo. Haverá um longo período de tempo,
indefinido quanto à duração, quando o Senhor reinar sobre a terra. Esse Reino
será estabelecido progressivamente, e por causa desse início gradual, a exata
duração do período será difícil de medir ou de calcular.
Ø Avaliação do
Pós-Milenismo:
1)
Aspectos Positivos – atenção à dimensão presente do
Reino de Deus que nos leva a um estilo de vida caracterizado por confiança e
otimismo; encorajamento a um ativismo engajante da parte dos crentes; promove o
otimismo em oposição ao pessimismo; nos chama à expressão de uma ética transformadora.
2)
Aspectos Negativos – o otimismo a respeito da
conversão do mundo que não parece muito realista à luz dos acontecimentos
mundiais recentes; não tem havido progresso ético e social; a aparente
negligência de certas passagens bíblicas (Mt 24:9-14); artificialidade no
tratamento das duas ressurreições e ao Milênio em Apocalipse 20.; dificuldade
em manter um sobrenaturalismo genuíno.
Ø O Pós-Milenismo
compartilha muitos aspectos com o Pré-Milenismo ou com o Amilenismo, ou com os
dois. Talvez seu aspecto mais distintivo seja o otimismo. Os pré-milenistas
acreditam que as condições espirituais piorarão e que a descrença aumentará, e
os amilenistas tendem a pensar da mesma forma. Os pós-milenistas acreditam que,
através da pregação do evangelho, o mundo será cristianizado e, com isso, virão
a paz e outros fenômenos do Reino de Deus.
Amilenismo:
Ø Para o Amilenismo
não haverá um retorno terreno de Cristo de mil anos de duração. Tem muitas
similaridades com o pós-milenismo:
§
A Segunda Vinda de Cristo inaugurará a era e o estado
finais tanto para cristãos como para não cristãos (ressurreição e julgamento).
Não haverá período de transição, nenhum reinado terreno e pessoal de Cristo,
nenhum milênio.
§
Os mil anos em Apocalipse 20 são simbólicos e não literais;
é atemporal. O pós-milenista acredita num reinado terrestre de Cristo, todavia
nele Cristo está ausente em vez de presente.
§
As duas ressurreições em Apocaplise 20 não requerem, como
argumenta o pré-milenista, um milênio entre elas.
§
As profecias do AT são menos literais do que a maioria dos
pré-milenistas as considera. Essas profecias estão propensas a cumprir-se na
história da igreja, não nos mil anos.
Ø Possui também
alguns pontos de congruência com o pré-milenismo:
§
A perspectiva pessimista. Não haverá um crescimento mundial
da justiça que se estenderá a todas as áreas da sociedade. Os amilenistas
variam quanto às estimativas de quão bem-sucedida será a pregação do evangelho.
§
O amilenista acredita na iminente Segunda Vinda de Cristo.
Para o pós-milenista, o Senhor não voltará até que o evangelho tenha sido
levado a todos os lugares da terra e o mundo tenha desfrutado de um período de
paz. O amilenista e o pré-milenista, no entanto, não acreditam que esses
fenômenos precederão a vinda do Senhor. Logo, sem acontecimentos de maior
importância, de longa duração ainda a serem cumpridos, o Senhor poderia vir a
qualquer momento. O amilenista não lastima a decadência das condições do mundo
e da cultura pois não se atém tanto a esses temas.
Ø Com o declínio do
pós-milenismo durante o século XX, um razoável número de ex-defensores do
pós-milenismo acharam necessário ajustar suas escatologia. Visto que o
pré-milenismo representava uma ruptura muito radical, a maioria optou pelo
amilenismo.
Ø Doutrinas do
Amilenismo:
§
As Duas Ressurreições – a primeira
ressurreição, de acordo com os amilenistas, é espiritual; a segunda é
físico-corpórea ou espiritual. A interpretação de Apocalipse 20 deve ser visto
no contexto mais amplo do livro inteiro. Devemos começar nos perguntando: “o
que significava a mensagem do livro àqueles a quem foi originalmente dirigido?”
O livro foi escrito na última década do primeiro século para cristãos na Ásia
Menor, que estavam sob severa perseguição nas mãos de um governo romano que
esperava destruir o cristianismo. O propósito do livro era assegurar ao povo de
Deus que Cristo triunfaria sobre toda a oposição. Assim, a primeira
ressurreição simboliza a vitória dos mártires.
§
A Natureza do Milênio – o amilenista vê
o apocalipse como sendo composto por várias seções (normalmente sete), cada uma
das quais recapitula os acontecimentos do mesmo período em vez de descrever os
acontecimentos de períodos sucessivos. Cada um trata da mesma era – o período entre
a Primeira e a Segunda Vinda de Cristo – retoma temas anteriores, elabora-os e
desenvolve-os ainda mais. Apocalipse 20, portanto, não fala de acontecimentos
futuros tão distantes, e o significado dos mil anos deve ser encontrado em
algum fato passado e/ou presente. O número sagrado sete em combinação com o
número igualmente sagrado três forma o número da santa perfeição, dez, e quando
esse dez é lavado à terceira potência para formar mil, o profeta já disse tudo
quanto podia transmitir à nossa mente a idéia da plenitude absoluta.
§
A Interpretação da Profecia – o amilenista
aborda a interpretação da profecia de modo diferente do pré-milenista. O
amilenista tende a não esperar um cumprimento literal da profecia em algum
tempo futuro. Ele considera que muitas das profecias foram cumpridas
relativamente pouco tempo depois da própria profecia ou que muitas delas
descrevem condições contínuas. Os pré-milenistas frequentemente estão
“examinando as Escrituras” e estudando os acontecimentos atuais, procurando alinhar
os dois para descobrir quão perto o fim pode estar. De modo geral, os
amilenistas não tem, nem de longe, um interesse profético tão intenso.
Ø Avaliação do
Amilenismo:
§
Aspectos Positivos – reconhece que a profecia e a
escatologia bíblicas fazem grande uso de simbolismo e lidam com isso em
concordância. Procura levar a sério a natureza da literatura bíblica e tem
perguntado o que estava sendo transmitido dentro daquele ambiente cultural,
reconhecendo que o simbolismo pode estar presente e operante, mesmo ainda
quando não é óbvio. Procura determinar o devido significado dos símbolos ao
estudar a cultura em vez de atribuir um significado de modo arbitrário. Faz um
séria exegese de Apocalipse 20, tendo uma filosofia realista da história. Sua
visão daquilo que virá e de qual direção a história está tomando encaixa-se bem
com os recentes desenvolvimentos e com as tendências que podem ser discernidas
na atualidade. Leva em conta uma deterioração, ou uma melhoria das condições,
não ensinando que o mundo inteiro será convertido antes da volta de Cristo.
§
Aspectos Negativos – a interpretação convencional
amilenista é de que há dois tipos diferentes de ressurreição, uma espiritual e
uma física.
Pré-Milenismo:
Ø No pré-milenismo
temos uma perspectiva bastante popular, especialmente nos círculos evangélicos
ou conservadores.
Ø O primeiro aspecto
importante do sistema pré-milenista é o estabelecimento de um reino terreno de
Cristo na ocasião de sua Segunda Vinda. Em comum com o pós-milenismo, o
pré-milenismo afirma que haverá um período em que a vontade de Deus será feita
na terra, um período em que o Reino de Cristo será uma realidade entre os
homens. Esse Reino implica a existência de perfeita paz, retidão e justiça
entre os homens. Alguns pré-milenistas consideram que o período é literalmente
de mil anos. Outros são menos literais considerando-o apenas como um período
extenso de tempo.
Ø No pré-milenismo o
Reino será na terra, e Jesus Cristo estará fisicamente presente. De acordo com
concepção pós-milenista, o Reino de Deus será na terra, mas Cristo não terá
voltado fisicamente.
Ø O milênio se
inaugurado pela Segunda Vinda, de modo surpreende ou cataclísmico. Enquanto os
pós-milenistas entendem que o milênio esperado pode começar de forma tão
gradual, sem que se perceba de fato seu início, os pré-milenistas entendem que
não haverá dúvidas quanto ao início do milênio. A volta de Cristo será
semelhante à sua partida – surpreendente e visível, facilmente observável por
qualquer pessoa e, como conseqüência, inconfundível.
Ø O milênio será
precedido por uma deterioração, e não uma melhoria das condições espirituais,
como também sociais (Mt 24:12).
Ø Na Segunda Vinda
as condições serão transformadas de modo sobrenatural, e Deus usará seu próprio
poder, em vez de meios humanos, para realizar seus propósitos.
Ø Os pré-milenistas
acreditam que uma “grande tribulação” imediatamente precederá o milênio e que
isso, na realidade, intensificará os efeitos do milênio. Eles diferem se a
Igreja de Jesus estará presente na terra durante a tribulação ou se Deus a
removerá da terra imediatamente antes da Grande Tribulação (pós-tribulacionismo
ou pré-tribulacionismo).
Ø A Segunda Vinda de
Cristo trará Satanás e seus ajudadores sob controle, prendendo-os por mil anos,
que após será solto por um breve tempo e se empreenderá numa luta final
desesperada.
Ø É dentro dos
círculos conservadores, e especialmente nos segmentos não reformados, que o
pré-milenismo tem experimentado um grande crescimento durante aproximadamente
os últimos cem anos. Os liberais eram quase universalmente pós-milenistas, e
muitos conservadores consideravam suspeita qualquer coisa associada ao
liberalismo. Aproximadamente nesse período, surgiu a vertente
dispensacionalista do pré-milenismo. Tendo sido propagada especialmente pela
Bíblia de Estudo Scofield e pelos institutos bíblicos, a popularidade dessa
vertente aumentou rapidamente. O pré-milenismo, especialmente nessa forma, é
muito popular hoje nos movimentos batistas conservadores e é quase
universalmente aceito entre as igrejas independentes e fundamentalistas.
Ø Doutrinas do
Pré-Milenismo:
Ø As Duas
Ressurreições – o pré-milenista é categórico em afirmar que as duas
ressurreições em Apocalipse 20:4-6 são de natureza física. Ele adota uma
hermenêutica relativamente literalista na interpretação das Escrituras,
especialmente no Apocalipse. Tem uma forte tendência a uma interpretação
futurista do Apocalipse, ao invés de uma interpretação preterista, histórica ou
idealista. Já o Pré-Milenismo
Histórico combina as visões futuristas e preterista, sustentando que o
livro de Apocalipse tinha uma mensagem para a própria época de João e que
representa a consumação da história da redenção. Assim, compreender a mensagem
do Apocalipse é entender os acontecimentos ainda por vir.
Ø A Natureza do
Milênio – embora haja variações, há certos elementos comuns em todos os pontos
de vista pré-milenistas do milênio. O primeiro diz respeito ao controle
absoluto de Jesus Cristo durante esse período. As forças principais que se
opunham a ele e ao seu domínio no intervalo entre ascensão e Segunda Vinda
terão sido efetivamente eliminadas. Satanás terá sido preso, e o Anticristo (a
Besta) e o Falso Profeta terão sido destruídos por Cristo na Segunda Vinda. Por
consequência, todos os que estiverem vivos durante esse período se submeterão
ao domínio do Messias (Fp 2:10-11). Será um período de domínio em justiça. Esse
Reino de Cristo terá dimensão política, promovendo a paz no mundo. Esse fato,
por si mesmo, demarcará o milênio como claramente distinto do restante da história
(Is 2:4, 11:8-9, 65:25; Mq 4:3; Rm 8:22-23).
Ø Israel no Milênio – os
pré-milenistas vêem uma condição especial para Israel durante o milênio, embora
discordem entre si quanto à natureza exata dessa condição. De um lado, os
pré-milenistas dispensacionalistas sustentam que haverá praticamente uma
restauração da economia do Antigo Testamento. Jesus literalmente se assentará
sobre o trono de Davi e de Jerusalém, e reinará sobre o mundo. Serão
restaurados o culto no templo e a ordem sacerdotal do Antigo Testamento,
inclusive o sistema sacrificial. Já o pré-milenista histórico dá uma ênfase
menor à nação de Israel do que os dispensacionalistas. Acredita que a Igreja se
tornou o Israel espiritual e que muitas das profecias e promessas que dizem
respeito a Israel são agora cumpridas na Igreja. O sistema sacrificial do
Antigo Testamento passou para sempre, porque Cristo, a realidade, já veio.
Ainda assim acredita que o Israel literal ou nacional será salvo.
Ø Avaliação do
Pré-Milenismo:
Ø Aspectos Positivos – revela mais
seriedade escatológica do que muitos representantes de sistemas competitivos. A
Bíblia realmente coloca grande ênfase na era do porvir, e os pré-milenistas
certamente não negligenciam essa ênfase. Eles levam a sério a exegese. Talvez o
exame mais minucioso dos textos bíblicos relevantes, e especialmente o Livro do
Apocalipse, é feito por pré-milenistas.
Ø Aspectos Negativos – raridade das
referências bíblicas ao milênio. É explicitamente referido somente em
Apocalipse 20. Jesus nunca predisse um reino terreno de mil anos, nem sequer
predisse quaisquer acontecimentos que requeiram semelhante período para serem
cumpridos. A outra objeção é o modo relativamente literal de os pré-milenistas
interpretarem as profecias do Antigo Testamento. Os dispensacionalistas aplicam
essa hermenêutica de modo mais rigoroso e radical que os pré-milenistas
históricos.
Ø Aspectos Negativos – outro problema
é que um milênio terreno é teologicamente supérfluo, questão essa levantada
especialmente pelos amilenistas. Por que deveria haver um Reino terreno de
Cristo? Por que não devemos avançar diretamente da Segunda Vinda para o
julgamento e depois para o estado final do destino dos justos e dos injustos? A
supremacia de Cristo não poderia ser também demonstrada pelo estabelecimento de
um reino espiritual eterno? Especialmente tendo em vista a carência de
referências textuais, o milênio parece dispensável. Além disso, o pré-milenista
deve tomar cuidado para evitar que o Israel literal retenha um lugar de tanta
relevância no plano e programa de Deus a ponto de praticamente substituir a
Igreja como objeto primário de operação de Deus. Deve também acautelar-se de
interpretar o Novo Testamento pelo Antigo, anulando assim a Revelação
Progressiva.
Conceitos Tribulacionistas:
Dispensacionalismo:
Ø O
Dispensacionalismo exerce uma forte influência sobre as conclusões milenistas e
tribulacionistas.
Ø Em seus inúmeros
aspectos está a crença de que há várias dispensações – uma economia
distinguível da realização do propósito de Deus. É uma mordomia da luz de Deus,
um passo na revelação da verdade de Deus.
Ø O movimento
dispensacionalista é de origem razoavelmente recente. Nenhum sinal dessa
teologia encontra-se na história primitiva da igreja. Todavia, por várias
razões, esse fato por si mesmo não deve ter influência demasiada em relação à
veracidade do dispensacionalismo.
Ø Doutrinas do
Dispensacionalismo:
Ø A Interpretação da
Escritura – A Bíblia deve ser interpretada literalmente (resposta à alta
crítica). Nessa perspectiva, toda Escritura Profética deve ser tratada
literalmente. Toda profecia será cumprida literalmente e com detalhes. Se a
Bíblia diz que Cristo, tendo descido, ficará em pé sobre o Monte das Oliveiras,
e que o monte se rachará, então Cristo literalmente ficará em pé sobre o monte
físico, e o monte se rachará. Simultânea a essa interpretação literal da
profecia há uma interpretação tipológica das passagens históricas ou
narrativas, que às vezes se assemelha fortemente ao antigo método alegórico. Os
tipos acham-se em tanta profusão e recebem significados tão esotéricos que o
dispensacionalista vai muito além do significado literal dos acontecimentos
narrados. Um exemplo disso é a interpretação do Livro de Ester, em que Assuero
representaria o poderia gentio supremo. Outro exemplo é o livro de Cantares de
Salomão.
Ø Israel e a Igreja – Distinção
nítida e específica entre Israel e a Igreja. Segundo esse conceito, Deus fez
uma aliança especial com Israel (originalmente com Abraão) que é incondicional.
Não importa qual seja sua resposta, essa nação permanece sendo o povo especial
de Deus e no fim receberá a benção. O termo Israel visto no Novo Testamento,
deve ser entendido do modo mais literal possível – ou seja, o Israel étnico,
nacional e político – e nunca num sentido espiritualizado – isso é, a Igreja.
Segundo o dispensacionalismo, a igreja não é prevista no Antigo Testamento.
Isso ocorre em parte por causa de sua distinção como uma entidade desta era
presente, e em parte por causa de sua base ou origem. Os dispensacionalistas afirmam
que o povo de Deus que foi batizado no Corpo de Cristo e que assim forma a
igreja é distinto dos santos de dias anteriores e dos santos de um tempo
futuro.
Ø Israel e a Igreja – Isso significa
que a Igreja não é mencionada em lugar algum do Antigo Testamento, e nem mesmo
profetizada. É um “parêntese” que se encaixa, especificamente, entre a
sexagésima nona semana e a septuagésima semana de Daniel. Nenhuma profecia foi
cumprida desde o tempo de Cristo. O relógio profético não moveu os ponteiros
desde o Pentecoste. Isso implica o adiamento do Reino. Tanto João Batista
quanto Jesus pregavam que o Reino estava próximo. Esse Reino terreno foi
oferecido aos judeus, o povo escolhido segundo a aliança, e eles o rejeitaram. Depois de Israel ter
rejeitado o Reino, Deus o ofereceu à igreja. A igreja era, por assim dizer, o
substituto de Israel que Deus preparou, “enxertando-a”. Para Israel, no
entanto, o Reino foi simplesmente adiado e será oferecido de novo ao povo de
Deus, depois de ser completado o tempo dos gentios.Deus não esqueceu Israel
Ø Os Dois Reinos – o
dispensacionalismo clássico distingue entre o Reino de Deus e o Reino dos Céus.
Segundo Scofield, o Reino dos Céus é judaico, messiânico e davídico. Fora
prometido a Davi, foi adiado e acontecerá no milênio. Por outro lado, o Reino
de Deus é universal, incluindo todas as inteligências morais que livremente se
sujeitam à vontade de Deus, sejam anjos, igreja ou santos das dispensações
passadas ou futuras.
Ø O Propósito do
Milênio – é mais do que meramente um reino de Cristo de mil anos sobre a
terra. Ocupa um lugar claro e específico no plano de Deus: a restauração da
nação de Israel ao seu lugar favorecido no programa de Deus e o cumprimento das
promessas de Deus a Israel. O milênio, portanto, tem um tom muito judaico, como
o tempo em que Israel realmente recebe seu louvor merecido. Muitas profecias
serão cumpridas durante o milênio.
Ø Dispensacionalismo
Progressivo:
Ø O Plano de Deus de
Salvação na História – enfatiza a natureza unificada da atuação de Deus. O
Reino de Deus se torna o fator central. Deus está operando seu senhorio através
de períodos de tempos diferentes da história, e em todos esses períodos seu
alvo é derrotar o pecado e seus efeitos. Todas as dispensações estão
relacionadas à dispensação final, por isso seu desenvolvimento gradual.
Ø Israel e a Igreja – a igreja é algo
que está acontecendo em continuidade com a obra de Deus em Israel, como algo
que inaugura as promessas dadas no Antigo Testamento. A igreja não deve ser
vista como um novo grupo de pessoas, mas sim como a humanidade redimida,
incluindo judeus e gentios.
Ø Questões
Hermenêuticas – pratica uma abordagem literal da Escritura Sagrada,
principalmente nos textos proféticos.
Ø Avaliação do
Dispensacionalismo:
Ø Aspectos Positivos – o aspecto
positivo deste sistema é ser de fato um sistema. Os dispensacionalistas tem
procurado sintetizar ou integrar o testemunho bíblico em um todo unificado. Tem
procurado levar à sério a idéia da revelação progressiva e desenvolveu uma
teologia baseada nela. Busca ser bíblico de forma genuína e completa.
Ø Aspectos Negativos – a inserção de
um arranjo interino no plano de Deus para Israel. Houve um desvio no plano. A
inconsistência da distinção entre Israel e a Igreja. Tendência de usurpar
certas posições, de negligenciar o pré-milenismo histórico. A abordagem
história é pouco incluída e as representatividades da interpretação futurista
são suas variantes.
Pré-Tribulacionismo:
Ø Cristo voltará
para levar sua igreja do mundo antes da tribulação ou a igreja passará por
todos os acontecimentos? Ou será que a igreja experimentará parte da tribulação
e então será liberta do mundo antes do período principal (e mais severo) desse
momento?
Ø Teoricamente, as
visões tribulacionistas poderiam ser ligadas a quaisquer posições milenistas.
Trataremos das visões tribulacionistas como subdivisões do pré-milenismo.
Ø Pré-Tribulacionismo
está invariavelmente ligado com o Dispensacionalismo. Logicamente, porém, são
um pouco independentes. O arrebatamento pré-tribulacional pode ser baseado em
fundamentos exegéticos independentes de pressuposições dispensacionalistas.
Ø Para os
pré-tribulacionistas a “Grande Tribulação” será uma tribulação inigualável na
história. Eles vêem essa grande tribulação de forma tão intensa que não pode
ser confundida com outras tribulações vistas na história. Afirmam que o ensino
bíblico de um período futuro de tribulação sem precedentes ofuscará todos os
tempos anteriores de aflição, envolvendo três classes de pessoas: 1) a nação de
Israel; 2) o mundo gentio pagão; 3) os santos ou eleitos que viverão nesse
tempo de tribulação.
Ø Essa Grande
Tribulação tem um propósito definido e duplo: 1) concluir “os tempos dos
gentios” (Lc 21:24) e 2) preparar para a restauração e reunião de Israel no
reinado milenar de Cristo após o segundo advento. A tribulação, portanto, serve
como um período de transição no plano de Deus.
Ø Jesus virá para
sua igreja antes da Grande Tribulação para “arrebatá-la” do mundo (I Ts 4:7).
Essa vinda de Cristo para a igreja significará o arrebatamento dos crentes da
terra para se encontrar com ele no ar. Cristo não descerá completamente à terra
como o fará na Segunda Vinda (a vinda com a igreja) quando descerá ao Monte das
Oliveiras.
Ø O efeito do
arrebatamento é retirar a igreja da cena da história do mundo durante os setes
anos de tribulação. Com sua distinção entre Israel e a Igreja, o
dispensacionalismo considera que a tribulação fará a transição entre a trato
(temporário) de Deus com a igreja e a continuação de seu trato primário com a
nação de Israel. A “bendita esperança” do crente, portanto, é a libertação da
grande tribulação para os galardões.
Ø A Segunda Vinda,
portanto, tem duas etapas ou fases. Na primeira fase, Cristo vem para a
igreja, para removê-la do mundo. Na segunda fase, Ele chega com a
igreja, para estabelecer o Reino terreno, estabelecer seu governo e iniciar o
milênio.
Ø Uma doutrina
crucial do pré-tribulacionismo é a doutrina da iminência, segundo a qual a
volta de Cristo pode acontecer a qualquer tempo.
Ø Doutrinas do
Pré-Tribulacionismo:
Ø A Ausência da
Igreja Durante a Tribulação (Mt 24:31; Ap 7:4-9);
Ø A Igreja Será
Removida do Mundo (I Ts 1:7-10; 4:15-17; 5:3-9; Ap 3:10);
Ø A Volta Iminente
de Cristo (Rm 8:19-25; I Co 1:7; Fp 4:5; Tt 2:13; Tg 5:8; Jd 21).
Ø Avaliação do
Pré-Tribulacionismo:
Ø Aspectos Positivos – em seu conceito
da iminência a qualquer momento, o pré-tribulacionismo dá um senso de
expectativa à fé cristã. Trata-se de uma esperança purificadora. Dá um caráter
de urgência à tarefa missionária da igreja. Mantém a discussão escatológica em
tempos em que outros se calam.
Ø Aspectos Negativos – a fraqueza da
evidência que defende o conceito da iminência a qualquer momento; alguns
trechos bíblicos usados pelos pré-tribulacionistas não parecem apoiar essa
idéia.
Pós-Tribulacionismo:
Ø Tanto o
pós-tribulacionismo como o pré-tribulacionismo são em princípio uma subdivisão
do pré-milenismo. Em termos técnicos, todos os não pré-milenistas são
pós-tribulacionistas.
Ø Seu principal
aspecto está no fato de a Igreja não ser retirada do mundo antes da tribulação,
tendo de passar por ela, suportando-a pela graça e força de Deus. Somente
depois desse grande e terrível período é que Cristo virá.
Ø O
pós-tribulacionista não acreditam que o arrebatamento seguirá a tribulação,
pois não empregam os termos arrebatamento e transladação. Não que
ele deseje suportar a tribulação, mas não encontra evidência na Bíblia para
esse tipo de livramento da grande aflição.
Ø No fim da
tribulação, Cristo virá pela segunda vez. Essa é a esperança do cristão.
Implícito nessa crença há o conceito de que a volta do Senhor será um
acontecimento unitário. Não terá duas etapas ou duas fases – uma vinda para e
uma vinda com a igreja. Essa vinda concluirá o período da grande tribulação,
estabelecerá o Reino de Deus na terra e prescederá o período do milênio. Quando
Cristo vier, os santos que já morreram serão ressuscitados. Eles, junto com os
santos que estiverem vivos, serão levados a encontrar-se com o Senhor e depois
voltarão à terra para reinar com Ele.
Ø Portanto, para o
pós-tribulacionista, há apenas duas ressurreições: a de todos os mortos justos
no começo do milênio e a de todos os restantes (ímpios) no fim do milênio.
Ø O
pós-tribulacionista é geralmente menos literal na abordagem das últimas coisas
do que o pré-tribulacionista. Tem dúvida quanto à duração do milênio. Sua
certeza é a de que o Senhor pessoalmente regerá a terra por um período extenso
de tempo. O milênio desempenha um papel bem menos crucial em sua teologia.
Ø No esquema
pós-tribulacionista, há sinais ou indicações da proximidade da vinda do Senhor
– em especial, a grande tribulação.
Ø O
pós-tribulacionista tem uma esperança, mas não a do livramento da tribulação
vindoura. Sua esperança é que, ocorra o que ocorrer, o Senhor virá e trará tudo
a um fim. Sua esperança está na Segunda Vinda do Senhor.
Ø O
pós-tribulacionismo combina elementos de dois outros pontos de vista em seu
entendimento do Reino de Deus. Como o pós-milenismo, vê o Reino como presente
na terra ou no coração do homem e no tempo. Como o pré-milenismo
pré-tribulacionista, vê o Reino como futuro e pertencente a outro mundo. O
Reino não está crescendo e se espalhando gradualmente; virá de forma dramática
quando o Senhor voltar. O Reino é tanto presente quando futuro.
Ø Doutrinas do
Pós-Tribulacionismo:
Ø A Presença da
Igreja na Tribulação – a igreja estará presente na tribulação. Ela será poupada
da ira de Deus, mas não da tribulação (Ap 14:8,19; 15:1,7; 16:1.19; Rm 5:9; I
Ts 5:9). A tribulação não é ira de Deus contra
os pecadores, mas a ira de Satanás, do Anticristo e dos ímpios contra os santos
(Mt 24:9,21,29; Mc 13:19-24; Ap 7:14).
Ø O Encontro nos
Ares
– os crentes serão arrebatados para um encontro com o Senhor no fim da
tribulação e imediatamente o acompanharão na sua descida triunfante para a
terra.
Ø A Remoção Daquele
que Detém – aquele que detém é o Espírito Santo, mas sua retirada não acarreta a
remoção da Igreja ou aquele que o detém não é o Espírito Santo.
Ø Avaliação do
Pós-Tribulacionismo:
Ø Aspectos Positivos – não exige uma
interpretação forçada de alguns textos bíblicos. Lida com a Escritura de modo mai regular do que o
pré-tribulacionismo. Não oferece escape, por meio de um arrebatamento, das
adversidades que podem acometer a Igreja.
Ø Aspectos Negativos – falta de
clareza de grande parte de suas afirmações. A relativa ausência de significados
inequívocos para os símbolos escatológicos nas Escrituras dá menos
persuasividade retórica. Considera as matizes sutis de significado e definições
precisas como algo menos importante, não tem ressaltado o estudo intensivo da
escatologia como tem feito o pré-tribulacionismo.
O REINO DE DEUS
Conceituação:
Ø A expressão Reino
de Deus deriva-se do livro de Daniel 2:34-36, 44; 7:27, que alude ao Reino
divinamente estabelecido que põe fim ao sistema mundial humano. Esse foi o
Reino que Deus prometeu a Davi, que foi descrito nos escritos dos profetas e
que foi confirmado a Jesus Cristo mediante o anjo Gabriel (Lc 1:32).
Ø O Reino de Deus é
o domínio redentor de Deus, ativo dinamicamente, visando estabelecer seu
governo entre os homens, sendo que este Reino aparecerá como um ato
apocalíptico na consumação dos tempos, mas, ao mesmo tempo, ele já entrou para
história humana na pessoa e missão de Jesus com a finalidade de sobrepujar o
mal, de libertar os homens do seu poder e propiciar-lhes a participação das
bênçãos da soberania de Deus sobre suas vidas.
Ø O Reino de Deus
envolve dois grandes momentos: cumprimento no cenário da história humana e
consumação ao fim da história. E na época presente o Reino terá um sucesso
apenas parcial, e este sucesso depende de uma resposta humana.
Ø Este Reino chegou
em Jesus de Nazaré e em breve se concretizará, tendo, entretanto, um
cumprimento preliminar nesta dispensação e apontando para um tempo profético em
que esse Reino será estabelecido definitivamente na Segunda Vinda de Cristo
(parousia).
Ø Nos evangelhos
sinóticos a pregação do Reino de Deus é o tema central. João Batista, Jesus e
os seus discípulos viam como certo o estabelecimento do Reino de Deus na terra.
Ø Esse Reino é
composto por aqueles que reconhecem, adoram, amam, obedecem e se submetem ao
Rei do Reino, como único Deus vivo e verdadeiro. Portanto, esse Reino pode ser
concebido como existente no céu, ou então no coração dos homens regenerados. Os
remidos compõem o povo do Reino, onde a Igreja é a coletividade formada por
esses remidos, nos céus e na terra. Sem importar qual forma assuma, esse Reino
incorpora a luz do mundo, sendo a vida e o sal da terra.
Ø Jesus nasceu para
ser Rei e de muitas maneiras, onde ele consegue impor-se como tal, aí está o
Reino de Deus. Por essa razão, o Reino de Deus é chamado de Reino de Cristo, o
Filho, por causa de sua administração. Mas é chamado Reino de Deus, porque Deus
é a autoridade final por detrás desse Reino.
Ø Esse Reino é
composto por aqueles que reconhecem, adoram, amam, obedecem e se submetem ao
Rei do Reino, como único Deus vivo e verdadeiro. Portanto, esse Reino pode ser
concebido como existente no céu, ou então no coração dos homens regenerados. Os
remidos compõem o povo do Reino, onde a Igreja é a coletividade formada por
esses remidos, nos céus e na terra. Sem importar qual forma assuma, esse Reino
incorpora a luz do mundo, sendo a vida e o sal da terra.
Ø Jesus nasceu para
ser Rei e de muitas maneiras, onde ele consegue impor-se como tal, aí está o
Reino de Deus. Por essa razão, o Reino de Deus é chamado de Reino de Cristo, o
Filho, por causa de sua administração. Mas é chamado Reino de Deus, porque Deus
é a autoridade final por detrás desse Reino.
Ø O objetivo do
governo divino é a redenção dos homens e a sua libertação dos poderes do mal. O
reinado de Cristo significa a destruição de todos os poderes hostis, o último
dos quais é a morte. O Reino de Deus é o reinado de Deus em Cristo, destruindo
tudo que é hostil ao governo divino. Assim, o Reino de Deus é o governo
redentor de Deus em Cristo, derrotando Satanás e os poderes do mal, e
libertando os homens do domínio do mal. Traz aos homens justiça, paz e alegria
no Espírito Santo (Rm 14:17). A entrada no Reino de Cristo implica a libertação
do poder das trevas (Cl 1:13) e ela se dá mediante o arrependimento e o novo
nascimento (Mt 3:2; Jo 3:3-5).
Ø O Reino não é um
princípio abstrato, é antes de tudo um princípio dinâmico; por isso que se diz
que o Reino Vem. É o domínio de Deus invadindo ativamente o domínio de
Satanás. A vinda do Reino, conforme João Batista pregava, significa um ato
divino poderoso: um batismo de julgamento e de fogo que mostra que Deus está
pronto para manifestar Seu governo soberano nAquele que veio com salvação e
julgamento – Jesus Cristo. Assim, o Reino vem no fim dos Tempos e o Reino já
entrou na história humana.
Ø Como atividade
dinâmica do domínio de Deus o Reino é sobrenatural. É o ato de Deus, pois
somente o ato sobrenatural de Deus pode destruir Satanás, derrotar a morte,
ressuscitar os mortos em corpos incorruptíveis e transformar a ordem do mundo.
Ø Os homens podem
lançar a semente mediante a pregação do Reino, podem persuadir os homens a
respeito do Reino, mas não conseguem edificá-lo. É o ato de Deus. Os homens
podem receber o Reino, mas nunca dizer que eles o estabeleceram. Os homens
podem rejeitar o Reino e recusar-se a recebê-lo ou a entrar nele, mas não podem
destruí-lo. Podem esperá-lo, orar pela sua vinda, e buscá-lo, mas nunca poderão
trazê-lo. O Reino é um ato totalmente divino, embora opere nos homens e através
deles.
Ø Um reinado precisa
ter uma esfera de ação dentro da qual a sua autoridade é exercida. Sendo assim,
o governo redentor de Deus cria esferas dentro das quais as bênçãos do reinado
divino são desfrutadas. No Reino há uma esfera futura e uma esfera presente. Os
aspectos presente e futuro do Reino estão ligados inseparavelmente. O Reino já
chegou entre os homens, e suas bênçãos são oferecidas na Pessoa de Jesus.
Aqueles que agora recebem essa oferta do Reino com total confiança como a de
uma criança entrarão no futuro reino escatológico da vida.
Ø O Reino não é a
Igreja. A Igreja é a comunhão dos homens que aceitaram a Sua oferta do Reino,
submeteram-se ao Seu domínio, e participam de Suas bênçãos. Essa oferta foi
feita numa base pessoal, em termos de aceitação pessoal, em vez de ser feita em
termos de família ou de nação. Assim, o Reino de Deus cria a Igreja. O domínio
redentor de Deus traz à existência um povo novo que recebe as bênçãos do
reinado divino.
Ø O Reino é o ato de
Deus. Entrou no mundo em Cristo e opera no mundo através da Igreja. Quando a
Igreja tiver proclamado o evangelho do Reino em todo o mundo, como testemunho a
todas as nações, Cristo voltará e trará o Reino em plenitude e em glória.
Ø Os profetas do
Antigo Testamento fixaram as suas vistas em direção ao futuro para o Dia do
Senhor e de uma visitação divina para purificar o mundo do mal e para
estabelecer o Reino perfeito de Deus na terra. No AT encontramos um contraste
entre a presente ordem de coisas e ordem redimida do Reino de Deus, a Era
Vindoura.
Ø A Era Presente,
que abrange o período desde a criação até o Dia do Senhor, a qual, nos
Evangelhos, é designada em termos da parousia de Cristo, ressurreição e
julgamento, é a era da existência humana em fraqueza e mortalidade, do mal, do
pecado e da morte. A Era Vindoura será a realização de tudo aquilo que o Reino
de Deus significa, e será a era da ressurreição para a vida eterna no Reino de
Deus.
Ø A vinda do Reino
de Deus é uma intervenção divina sobre a experiência humana dominada pelo
pecado, pelo mal e pela morte, dos quais a humanidade precisa ser resgatada. A
sua proclamação inclui a esperança de uma Nova Era na qual os males da era
presente serão extintos da existência humana e terrena pelo ato expresso de
Deus.
Ø O homem
encontra-se numa situação de escravidão a um poder pessoal maior que ele
próprio. No próprio centro da missão do Senhor, encontra-se a necessidade de
resgatar os homens da escravidão ao poder satânico e de trazê-los para a esfera
do Reino de Deus.
Ø O que se fez
presente não foi o eschaton, mas o poder real de Deus atacando o domínio
de Satanás, e libertando os homens do poder do mal. Jesus invadiu o império de
Satanás e “aprisionou” o homem forte (Mt 12:29). Em lugar de esperar até o fim
dos tempos para revelar o seu poder real e destruir o mal satânico, Jesus declara
que Deus já atuou em seu poder real para colocar um freio ao poder de Satanás.
Em outras palavras, o Reino de Deus, nos ensinos de Jesus, tem uma dupla
manifestação: ao fim dos tempos, destruir Satanás; e na missão de Jesus,
aprisionar Satanás. Antes da destruição final de Satanás, os homens podem ser
libertados de seu poder. Esse aprisionamento é uma metáfora e designa uma
vitória sobre Satanás de tal forma que o seu poder é freado. Ele não está
desprovido de poder, mas o seu poder está enfraquecido.
Ø A missão de Jesus
como um todo, inclusive suas palavras, feitos, morte e ressurreição, constituem
uma derrota inicial do poder satânico que torna a vitória e triunfo final do
Reino de Deus como coisa liquida e certa. Assim, toda ocasião em que Jesus
expulsa um espírito demoníaco constitui-se uma antecipação da hora na qual
Satanás será visivelmente despido de seu poder na sua destruição final no fim
dos tempos.
Ø A mensagem de
Jesus é que na sua própria pessoa e missão, Deus invadiu a história humana e
triunfou sobre o mal, muito embora a libertação final venha a ocorrer somente
na consumação dos tempos.
Ø A missão de Jesus
colocou em operação um poderoso movimento. O poder de Deus encontra-se operando
poderosamente entre os homens e ele exige uma reação igualmente poderosa (Mt
11:11-13). Deus operou poderosamente na missão de Jesus e, em virtude de o
poder dinâmico do Reino ter invadido o mundo, os homens devem responder com uma
reação radical. A presença do Reino requer uma reação radical.
Ø A missão de Jesus
de salvar os perdidos tem uma dimensão presente e, ao mesmo tempo, futura. Ele
procura o pecador não só para salvá-lo da ruína futura, mas para conferir-lhe
uma salvação presente e real. O Reino de Deus preocupa-se não somente com as
almas dos homens, mas com a salvação do homem em sua totalidade.
Ø A missão de Jesus
não significou um novo ensino, mas um novo evento. Ela trouxe aos homens uma
prova real e presente da salvação escatológica. Jesus não prometeu o perdão dos
pecados, Ele o conferiu. Ele não somente assegurou aos homens a comunhão
futura; convidou-os à comunhão com a sua própria pessoa como aquele que
inaugurou o Reino. Não somente prometeu-lhes vindicação no dia do juízo;
conferiu-lhes uma justiça presente. Ele não apenas ensinou um livramento
escatológico do mal físico; veio demonstrando o poder remidor do Reino,
livrando os homens da enfermidade e até mesmo da morte.
Ø A essência do
Reino de Deus foi a experiência interior de Jesus a respeito de Deus como Pai.
Sua missão foi partilhar essa experiência com os homens. À medida que os homens
participam da experiência que Jesus tinha de Deus, o Reino de Deus, seu
governo, “vem” a eles. À medida que um número cada vez maior de indivíduos
passa a participar desta experiência, o Reino de Deus cresce e se estende no
mundo.
Ø A mensagem de
Jesus a respeito do Reino de Deus é a proclamação por palavras e atos de que
Deus está agindo e manifestando dinamicamente sua vontade redentora na
história. Deus está buscando os pecadores: Ele os está convidando a entrar no
Reino e participar da benção messiânica; Ele está solicitando deles uma
resposta favorável à Sua oferta graciosa.
Ø Deus visitou a
humanidade na pessoa e missão de Jesus a fim de conferir-lhe as bênçãos do
Reino. Mas quando o oferecimento gracioso de Deus é jogado fora, uma visitação
de juízo há de seguir-se: um que será realizado na história e outro no plano
escatológico, na consumação dos tempos.
Ø O mistério do
Reino é um novo descortinamento do propósito de Deus para o estabelecimento do
Seu Reino. A nova verdade, agora dada aos homens pela revelação na pessoa e
missão de Jesus, é que o Reino deveria acontecer em poder apocalíptico em
caráter final, como previsto em Daniel, tem de fato entrado na história do
mundo em uma forma oculta, para atuar secretamente dentro dos homens e entre os
homens.
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