quarta-feira, 18 de setembro de 2013

JOGOS E VIÍCIOS

Texto Bíblico: Js 14.1,2 / 1Cr 24.5 / Pv 1.14 Lv 16.8 / At 1.23-26 / Gl 5.1,13 O contexto de sorte no Antigo Testamento está atrelado à ideia de que Deus vai fazer a melhor escolha (Pv 16.33). Em algumas passagens o Eterno vai fazer a sorte cair sobre aquele que receberá a justiça Divina (justiça nesse caso significa “condenação ou castigo”). Logo não tem haver com nenhum tipo de jogatina. Já no Novo Testamento, justiça está mais ligado à justificação ou salvação, entendendo que o Eterno condenou o pecado em Cristo Jesus para salvar o homem, (Js 7.16-18 / 2Co 5.21). ATOS 1.23-26 A escolha de Matias como substituto de Judas, é contestada por alguns, porque apesar de não ter sido escolhido por meio de um jogo, a sorte lançada sobre ele não foi um método tão nobre ou que condiga com princípios cristãos. Esse talvez seja o motivo pelo qual o Eterno, tenha posteriormente escolhido Paulo, segundo opinião de alguns estudiosos. As estatísticas mostram que, nos Estados Unidos da América do Norte, cerca de cinquenta milhões de cidadãos envolvem-se em alguma forma de jogo, de maneira mais do que esporádica. Isso significa cerca de uma quinta parte da população total do país. Dentre esses, calcula-se que cerca de seis milhões são jogadores compulsivos, para quem o jogo é um vicio tão difícil de interromper quanto qualquer vício. ALGUNS MOTIVOS - PRAZER E COBIÇA. O jogador é alguém que possui as seguintes características: trata-se de uma pessoa que gosta de se arriscar, divertindo-se com situações arriscadas. Da mesma forma que há pessoas que participam ou assistem feitos esportivos de modo prazenteiro, assim também os jogadores derivam prazer do jogo, torcendo com entusiasmo, mesmo que se saiam perdedores. Para eles, o prazer está no risco de perder, e não tanto• na remota possibilidade de ganhar. Tanto é assim que aqueles que ganham algo em um jogo de azar não se satisfazem enquanto não perdem tudo nas apostas seguintes. Contudo, mostram-se sempre otimistas; e suas tristezas, em vista das perdas (sempre muito mais numerosas do que os ganhos), derivam-se do fato de que, isso os leva a dividas, algumas vultosas. Também são supersticiosos, empregando toda a espécie de esquema para tentar ganhar. Alguns jogadores, pois, sentem um estranho prazer no senso de humilhação e derrota, quando se saem perdedores. O Apostolo Paulo, diferente do que alguns pensam, não condena o dinheiro em si mesmo, o que ele nos alerta é quanto aos caminhos que o homem vai percorrer para adquiri-lo. O dinheiro não tem vida mais, infelizmente ele pode ser motivo para levar o homem a tirar avida de alguém. Veja o que Paulo escreve sobre o amor ou cobiça ao dinheiro. Mas os que querem ser ricos caem em tentação, e em laço, e em muitas concupiscências loucas e nocivas, que submergem os homens na perdição e ruína. Porque o amor ao dinheiro é a raiz de toda a espécie de males; e nessa cobiça alguns se desviaram da fé, e se traspassaram a si mesmos com muitas dores. 1 Tm 6. 9,10. A única coisa que pode ser dita em prol de certos jogos é que muitas obras são assim efetuadas. Quando não há elementos criminosos, envolvendo corrupção presentes nessa forma de atividade, não precisamos considerá-la má em si mesma. Além disso, muitos pensam que é bom que as pessoas deem dinheiro para causas boas (esportes, obras sociais e etc..), ainda que, para isso, tenham de ser agitadas por seu auto interesse e pelo seu prazer de arriscarem-se. Contra o jogo, contudo, pode-se afirmar que a porcentagem de indivíduos que ganha alguma coisa com o jogo é extremamente reduzida, e que, por períodos muitos longos, um dinheiro que poderia ser empregado em coisas úteis, perde-se para sempre. Em alguns casos, o jogo transmuta-se em um vicio poderosíssimo, capaz de ser a causa de muitos males, como perda de emprego, separação doméstica, perda de propriedades, etc. Mas, o pior de tudo, é que um jogador inveterado joga até a própria mulher, no seu prazer de arriscar-se sem necessidade. Um forte argumento cristão contra o jogo é que exibe falta de fé no suprimento dado pelo Senhor. No entanto, os aficcionados do jogo retrucam que Deus é capaz de suprir algum dinheiro através do jogo. Mas, não nos devemos esquecer que o Novo Testamento exalta o trabalho árduo e a boa mordomia, o que elimina totalmente a prática do jogo, em qualquer de suas formas. Ver 11 Tes. 3:10-12; Ef. 4:28; I Co. 10:23; Gl 5:13,14; Ma. 22:37; I Ts. 5:22 e Ro. 12:9. Ro 16.6,12 Mc 13.34. O próprio Cristo afirmou: ”meu Pai trabalha até agora, e eu trabalho também”. (Jo 5.17) Drogados não são drogas. O ETHOS ÁGAPE. A ética surge do contato com o outro (alteridade), o “outro” nos obriga a uma atitude prática, ou seja, de acolhida, de indiferença, rechaço ou de destruição. É o outro que faz surgir o ethos que ama. (Co 13. 1-13, 1Jo 4.7,8) A ética de convivência coletiva ensinada por Jesus (Sermão do monte) nos Evangelhos difere do conjunto ético do Antigo Testamento (Decálogo), pois nela Cristo nos ensina a amar até os nossos inimigos. (Mt 5.43,44) Quem ama cuida. O cuidado tem dupla função: prevenção de danos futuros e reparação dos danos passados. Sociólogos contemporâneos dizem que estamos vivendo a “era do descartável e da invisibilidade”. O que é isso? O conceito de descartável é usar as pessoas até quando nos servem para alguma coisa, o ser humano está sendo utilizado como “material descartável”. Quando a sociedade em geral vê drogados, viciados mendigos, pedintes e etc.. Jogados pelas ruas e isso se torna indiferente, esse conceito é chamado de “invisibilidade”. Apesar de vermos pessoas sem cuidado algum, também não fazemos nada para ajuda-los, ou seja, estão ali, mais é como se não estivessem. Vemos, mais não enxergamos a dimensão do problema a ponto de tentar soluciona-los. O tempo que Jesus viveu entre nós, Ele valorizou de todas as maneiras a vida humana e procurou resgatar a dignidade do ser humano. (At 10.38) Em várias passagens dos evangelhos Jesus nos ensinou o ethos que cuida, vejamos algumas: A parábola do bom samaritano Lucas 10.25-37. Nessa parábola, Jesus nos ensina a empreendermos esforços para cuidar até daqueles que não conhecemos. O julgamento das nações Mateus 25. 31-46. Nessa parábola, Jesus nos ensina que quem cuidar de um de seus pequeninos irmãos será chamado justo. O ethos que ama se completa com o ethos que cuida. Conclusão: Sabemos que os vícios em geral não fazem bem para o ser humano criado a imagem de Deus. Como disse Salomão: “o homem inventou maneiras de pecar”(Ec 7.29). Deus enviou Seu Filho para resgatar o homem do pecado e reconcilia-lo consigo mesmo. Jesus veio a esse mundo e fundou uma “instituição” para recuperar a humanidade caída, a Igreja tem o remédio do Eterno. Se alguém diz: Eu amo a Deus, e odeia a seu irmão, é mentiroso. Pois quem não ama a seu irmão, ao qual viu, como pode amar a Deus, a quem não viu? E dele temos este mandamento: que quem ama a Deus, ame também a seu irmão. (1Jo 4.20,21) PR. BRUNO GOMES DE OLIVEIRA

Nenhum comentário: